A "Casa Aguiar" foi fundada em 1898, na Rua do Carmo, 17, em Lisboa. Comercializava móveis, maples, tecidos e papéis pintados. No anos 30 do século XX, já tinha ampliado as suas instalações ao nº 19
"Casa Aguiar" no nº 17 da Rua do Carmo (primeira porta à esquerda na foto)
A "Casa Aguiar", viria a promover obras de renovação do seu espaço assim como dos artigos para decoração que comercializava, inaugurando as novas instalações em 14 de Novembro de 1938.
Contudo, em 1942, o estabelecimento é trespassado, para um salão de chá e pastelaria de seu nome "Aguiar", que foi inaugurado em 10 de Março de 1942. O estabelecimento de móveis, que até então ali tinha estado instalado, tinha sido transferido para a Avenida Álvares Cabral, 8-12.
23 de Dezembro de 1943
Exemplo flagrante desse desenvolvimento comercial é a "Casa Aguiar", na Rua do Carmo, 17 e 19.»
A nova "Casa Aguiar" (mantendo o mesmo nome de 1898), viria a ser inaugurada em 18 de Novembro de 1944, sendo propriedade da firma "Casa Aguiar, Lda." constituída pelos seguintes sócios: Manuel Conde, António Aguiar Ramalho, José Rodrigues e Alexandre de Campos Nogueira, sócio da fábrica de cardação "Fazenda & C.ª ", na Covilhã. Ocupava o piso térreo e o primeiro andar do edifício.
A direcção técnica da "Casa Aguiar" ficou entregue a José Rodrigues. Empregado na "Casa Pinheiro", transitou depois para a "Eduardo Martins & C.ª " onde chefiou algumas secções, tendo-lhe sido dada, por um dos chefes dessa firma, sociedade na firma "Dias Neves, Lda.", da qual se afastou para ingressar na "Casa Aguiar, Lda.".
A fachada da "Casa Aguiar" foi da autoria do arquitecto Raúl Tojal (1899-1969), e os interiores foram da responsabilidade pintora Estrela Faria (1910-1976), «duma delicadeza que realça todo o luxuoso estabelecimento, com salões alcatifados, destinados á passagem de modêlos, onde os ricos estofos se aliam às "carpettes" e grandes e brilhantes lustres de cristais, tudo enriquecido pelos artísticos altos relêvos do conhecido escultor Euclides Vaz (1916-1991).» in: "Diario de Lisbôa".
No entanto, outras divisões existem, reservadas a depósitos de várias especialidades e artigos, estando ainda o primeiro andar ocupado pelas oficinas de confecção e escritórios.»
A "Casa Aguiar", viria ser uma das vítimas do grande incêndio do Chiado, no dia 25 de Agosto de 1988, tendo sido completamente destruída pelo fogo, e a sua actividade terminado definitivamente naquele dia.
fotos in: Hemeroteca Digital, Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca da Universidade de Coimbra "Almamater"
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