Restos de Colecção: janeiro 2025

23 de janeiro de 2025

Ourivesaria J.J. Nunes

A extinta "Ourivesaria J.J. Nunes" foi fundada em 2 de Fevereiro de 1861, na Rua Bella da Rainha, ou Rua dos Ourives da Prata, 171, (actual Rua da Prata) em Lisboa, pela firma "José Baptista d'Almeida & C.ª " .



Listagem de ourives da prata no "Almanach Commercial de Lisboa" de 1885 


Excerto da listagem de ourives no "Almanach Commercial de Lisboa" de 1886

No jornal "A Capital" de 06 de Fevereiro de 1917 acerca da história da "Ourivesaria Francisco Isidoro Nunes" podia-se ler:

«Estabelecimentos ha que, narrar a historia dos seus proprietarios, o mesmo é que contar a historia da prosperidade ou da decadencia da casa. Está n'este caso a ourivesaria e joalheria da rua da Prata,171.
Fundada em 2 de Fevereiro de 1861 pelo sr. José Baptista d'Almeida, contando portanto 56 annos e dias de existencia, a ourivesaria da rua da Prata, 171, pertence hoje ao sr. Francisco Izidoro Nunes. Como conseguiu vir a ser do seu actual proprietario, dizem-no de sobejo a sua vida de trabalho improbo e indefesso e a sua honestidade e seriedade inconoussas.
Entrando para ali aos 12 annos, o sr. Francisco Izidoro Nunes o primeiro trabalho que executou foi o arear um tinteiro. E é com desvanecido orgulho que o estimado industrial narra esse facto, como com orgulho bem justificado diz que foi ali que aprendeu a ler, que foi ali que se fez homem.
Que melhor elogio a fazer-lhe? Ha apenas um, com que o sr. Francisco Izidoro Nunes tambem justamente se desvanece; o de ser um dos mais prestimososos fundadores da Juncção do Bem, a benemerita instituição de caridade da freguesia de S. Nicolau, que tantos serviços está prestando, e o de ser um dos directores das escolas de S. Nicolau.
Nada mais é preciso acrescentar para aquilatar das qualidades do estimado industrial. E por isso o seu estabelecimento, á testa do qual está actualmente um seu filho, gosa da melhor e mais merecida reputação tendo a preferencia de todos os moradores da freguezia, e não só d'esses, como de todos os que conhecem o sr. Francisco Izidoro Nunes.
E quanto à excellencia dos productos que a sua ourivesaria e joalheria vende nada é preciso acrescentar, porque não os ha melhores nos estabelecimentos similares, bastando dizer, aliaz escusadamente, que a todas as transacções preside a mais escrupulosa honestidade, o que não admira, porque o gerente da casas segue os exemplos de seu pae, um bom e um honesto no mais amplo sentido da palavra.»

Em 1903, Francisco Izidoro Nunes já aparece no "Almanach Palhares" (para 1904) como proprietário do estabelecimento de ourivesaria fundado pelo seu patrão José Baptista d'Almeida.


Francisco Izidoro Nunes, em excerto de listagem de ourives no "Almanach Palhares", para 1904 (elaborado em 1903)


Ourivesaria de Francisco Izidoro Nunes


Foto original, donde foi recortada a anterior. No 1º andar do edifício ao lado (173), a firma "João M.M. Paiva"


29 de Janeiro de 1905

E ao seu lado o "Armazem Chinez" de "J.J. da Cunha" ...


1906

Em 1919, a "Ourivesaria Francisco Izidoro Nunes", passa, definitivamente, para a posse de seu filho Joaquim José Nunes, como como foi referido anteriormente, já trabalhava e dirigia o estabelecimento de seu pai. A ourivesaria, após profundas obras de remodelação, iniciadas em Dezembro desse ano, muda de designação para "Ourivesaria J.J. Nunes" - ourives  joalheiro, em finais de Julho de 1920, aquando da sua reinauguração.


Joaquim José Nunes em foto de 1920


17 de Julho de 1920


23 de Dezembro de 1922

«Devido á tenacidade e porseverança no trabalho do homem novo - póde assim dizer se - vae Lisboa ser enriquecida com um estabelecimento completamente transformado no que ha do mais moderno, e assim a rua da Prata irá possuindo elegantes estabelecimentos com a do nosso amigo J.J. Nunes, joalheiro distintissimo que em breve apresentará ao publico um colossal sortido de joias de fino gosto e por preços sensacionaes, no seu antigo estabelecimento agora restaurado e que em breve será o ponto de rounião da sociedade elegante.
Aqui registamos aos nossos leitores a proxima inauguração da joalharia J.J. Nunes, na R. da Prata, 171.» in "Folha de Lisboa"



Anúncio no jornal "Folha de Lisboa" de 25 de Dezembro de 1921

As duas páginas anteriores foram publicadas em simultâneo no jornal "Folha de Lisboa" e a segunda folha refere: «Para mais informações trata-se na Joalheria de J.J. Nunes - Rua da Prata,171». E antes aparece a referência «Empreza Automobilista S. Sebastião da Pedreira». Ora, no mesmo jornal também aparece pela primeira vez o seguinte anúncio relativo à mesma empresa ...


E em 1933 ...


16 de Janeiro de 1933

... o que me leva a pensar que Joaquim José Nunes terá feito uma incursão pelo mercado automobilístico, a "explodir" na altura, e constituiu a referida  empresa "Automobilista, Lda." ... o "São Sebastião da Pedreira" é que está a complicar ... já que a rua Alves Correia (ex e futura Rua São José) não pertencia a essa freguesia. Coincidência? ...


"Ourivesaria J.J. Nunes" (dentro do rectângulo amarelo) em foto de 1951

A joalheria e "Ourivesaria J.J. Nunes" terá encerrado definitivamente entre os anos 50 e 60 do século XX, visto que já não aparecia mencionada na lista de joalherias e ourivesarias de 1967, cujo excerto  publico de seguida.


1967


Actualmente, uma loja de transferências internacionais e câmbios, no lugar da ourivesaria e joalharia "J.J. Nunes"

20 de janeiro de 2025

Jardim Mythologico

O "Jardim Mythologico" abriu pela primeira vez em 11 de Junho de 1851, na Rua Direita do Calvario. O empresário do recinto era Jose Osti, com a sua firma "Jose Osti & Companhia", o «pyrothecnico da epocha», que tinha, alegadamente, introduzido a indústria dos fósforos em Portugal. A concessão do «fabrico de palitos phosphoricos» tinha-lhe sido concedida em 3 de Julho de 1843 com término em 3 de Julho de 1855.

«José Osti era um italiano engenhoso e cheio de iniciativa, popularíssimo na capital que festejava e aplaudia sempre as suas habilidades pirotécnicas. Foi o primeiro que introduziu em Portugal a indústria dos fósforos, montando uma fábrica desses utilíssimos cooperadores das delícias do fumar, no sítio da Cruz de Pau.
Um dia, em julho de 1842, pegou fogo na fábrica, e os fósforos, cumprindo o seu dever, arderam todos.» in: "Depois do Terramoto" Subsídios para a história dos bairros ocidentais de Lisboa,
Vol II, de Gustavo de Matos Sequeira (1917).

2 de Agosto de 1844

10 de Junho de 1851


Planta de Novembro de 1857 com o local onde funcionou o "Jardim Mythologico" (área delimitada a vermelho)


 Uma ideia aproximada do ambiente no "Jardim Mythologico". Aqui em Londres, "A ball at Vauxhall garden in London " , pintura de Isaac Robert & George Cruikshank 

Este recinto veio substituir o "Tivoli da Flor da Murta", que tinha começado a funcionar em Julho de 1835, na Rua Flor da Murta e que tinha vendido em leilão todos os seus moveis e utensílios em 1841.

25 de Julho de 1835

Em 7 de Junho de 1851 no  "A Revolução de Setembro":

«A «nova Cintra " ainda ficava longe; por isso improvisou-se outra Cintra, tão perto como é daqui a Santo Amaro, no caminho da carreira do omnibus para Belem, na quinta dos condes. de S. Lourenço. Denomina-se «Jardim Mythologico», e parece que ha já lá coisas fabulosas. Tem suas similhancas, porem muito melhoradas com o antigo «Tivoli». Ha labyrinthos, jogos, kioskes, lagos, e fogos de artificio Osti, sendo o primeiro na noite de Santo Antonio; montanha russa, para os cavalleiros treparem etc. Para complemento das recreações que naquelle bosque fabuloso se vão patentear ao publico, o Matta, o nosso Savarin, publicou hoje o seguinte cartel:
João da Matta, com casa de pasto no Caes do Sodré, tendo visto o Jardim Mythologico na rua direita do Calvario, não só lhe achou belleza, mas tambem capacidade no local, para ahi estabelecer casa de pasto, tendo bellas salas e bons gabinetes para o dito fim, e por isso annuncia aos amadores, que na quarta feira 11 do corrente mez, installará a dita casa com mesa redonda a 960 réis cada pessoa, ás quatro horas da tarde; devendo só neste dia ser por bilhetes os quaes se acharão á venda na sua casa do Caes do Sodré até á noite do dia 9. Dahi por diante haverá todos os dias de comer por lista, e quem quizer algum jantar naquelle sitio, o encommendará, nas vesperas, na sua casa do Caes do Sodré. Tambem na mesma quinta se acha um armazem de vinhos com os competentes petiscos.
A inauguração annuncia-se para domingo. Julga-se que a concorrencia será relativamente tão numerosa como a da exposiçao de Londres. Que productos de industria … não teremos de vêr neste Hyde Park da occiosidade e do janotismo?»


5 de Julho de 1851


Na revista "A Semana" de Setembro de 1851


4 de Outubro de 1851

Por outro lado, a revista "A Semana" de Agosto seguinte ...

«Pique-nique aristocratico. - O 'Jardim mythologico', continua a ser frequentado pela boa companhia, graças ao decoro e policia que os empresarios tem sabido manter, ainda nos dias e noites de maior afluencia.
O Matta, depois que regenerou a sua cosinha e copa, tem ganhado mais popularidade. O 'jardim' é um logar mui asado para ir jantar, ou, ao uso burguez. merendar. Tem por isso havido alli já muitos banquetes de nomeada.
O de quarta-feira promettia ser fallado, pelo grande numero e qualificação das pessoas. Faltaram porem muitas, e ainda assim esteve magnifico. Foi um 'lanche-dansante', que principiou ás seis horas da tarde, e acabou á meia noite. Parece que o numero das polkas, mazurkas, shottises, valsas e contradansas excedeu o dos guisados. A sala do baile (a que no diccionario do jardim mythologico se chama mansão das musas), estava vistosamente illuminada, e todo aquelle extenso vergel banhado do mais delicioso luar.
No numero dos convivas, contavam-se as sras. - duqueza da Terceira - D. M. Amalia Figueira - D. M. Ponte - Brederodes - Cantagallo - Asseca - Pinto Bastos, etc. Os srs.
- duqne da Terceira- visconde de A. Garrelt - Asseca - A. da Cunha - D. Jose Coutinho - Pinto Bastos - Lopes de Mendonça - Biester etc.»


1853


1 de Outubro de 1853


Mais uma ideia aproximada do ambiente no "Jardim Mythologico". Aqui em Paris, "Le Bal Public Élysée-Menilmontant " , pintura de Jean  Béraud 


16 de Julho de 1853

«Que seria de nós se o jardim mythologico não succedesse a S. Carlos, os banhos nas praias, aos bailes do Club, os fogos, monstros e o sol electrico ás harmonias de Donizetti, e a agua de Cintra ao caffe do Marrare? O que seria de Lisboa se esta maravilhosa invenção das exposições não viesse quebrar a furia incessante e monotona dos philarmonicos? Não se me dava de apostar que é muito menor o numero de desgraças a que a humanidade anda exposta, depois que se inventou expor methodicamente.» In: "A Semana" (Julho 1852)

Entretanto, Jose Osti inaugura em 1 de Junho de 1854, a "Floresta Egypcia" nos jardins do palácio dos Morgados de Alagoa (edificado entre 1757 e 1762), na, então, Rua Direita da Fabrica das Sedas (actual Rua da Escola Politécnica), logo a seguir ao edifício da "Real Fábrica das Sedas". Os dois recintos continuarão a funcionar em simultâneo, mas apenas até final de Setembro deste ano de 1854, altura em que encerra em definitivo o "Jardim Mythologico".

12 de Agosto de 1854

15 de janeiro de 2025

José d'Oliveira & Barros

A casa "José de Oliveira & Barros", localizada no Largo de S. Domingos, 21 a 24, em Lisboa, teve a sua origem em 1878, quando o seu fundador José d'Oliveira abriu um pequeno estabelecimento na Calçada do Garcia, em Lisboa. Em 1886 inaugurou o seu estabelecimento do Largo de S. Domingos, que daria origem ao grande estabelecimento, inaugurado em 1904 e que ocupou o edifício inteiro da esquina do Largo de S. Domingos com a Travessa de S. Domingos.


"José d'Oliveira & Barros" no Largo de S. Domingos


1886


23 de Dezembro de 1897


«Esta grande casa commercial foi fundada em 1878 pelo infatigavel e honrado trabalhador que é José de Oliveira, e a que associou como gerente o nosso amigo Thomé de Barros Queiroz, em 1897, e fazendo parte da firma em 1901.
O que estes homens são como commerciantes dil-o ahi toda a gente com elles tem negociado; dizem-no todas as importantes casas do estrangeiro com quem teem relações commerciaes, affirmam-no toidas as pessoas que conhecem os seus bellos caracteres - dois honestos e honrados trabalhadores  (...)



1902


1904

No grande estabelecimento encontra-se o maior sortimento de candieiros para gaz, electricidade, petroleo, acetylene e variedade de modelos dos mais luxuosos Lustres em crystal, para gaz ou para vellas e uma infinidade de modelos que estonteia.
Tinas de zinco, de madeira, de ferro esmaltado, de marmore, lavatorios inglezes e nacionaes, esquentadores a gaz, de pressão, torneiras, urinoes, retrretes, autoclysmos e bidets.
O grande sortimento de serviços de crystal para mesa, quer nacionaes, quer Bohemia, ou Baccarat, é de molde a satisfazer os mais exigentes.
A colecção de serviços de loiça para almoço ou jantar, tanto de faiança nacional como ingleza ou Limoges, é magnifica.
E' suprehendente a alluvião de artigos proprios para brindes, especialmente uma bella collecção de vasos "jardineiras", centros, etc., em faiança da Bohemia. (...).
Uma coisa para notar, todos os artigos d'esta casa estão marcados, com os preços de venda, de modo que se não pede conforme a cara do freguez.»



1916

O postal que publico de seguida, será anterior a 1914. Isto porque na sua fase já descendente a "T. J. Barros Queiroz" firma sucessora da "José d'Oliveira & Barros", ficou a ocupar unicamente as lojas deixando o restante edifício, onde no 1º andar passou a funcionar o "Banco Mercantil de Lisboa" que tinha sido criado em 1 de Fevereiro de 1884, ex-"Caixa de Empréstimos Lisbonense" fundada em 15 de Maio de 1875.

"Banco Mercantil de Lisboa" encerrou definitivamente em 1914, e a "T. J. Barros Queiroz", encerraria, também definitivamente por volta de 1918.

fotos in: Hemeroteca Digital de LisboaArquivo Municipal de Lisboa

13 de janeiro de 2025

Lisboa Penta Hotel

O "Lisboa Penta Hotel", ou simplesmente "Hotel Penta", abriu ao público em 15 de Maio de 1975, na Avenida dos Combatentes, em Lisboa, avenida que o separava do vizinho "Hospital de Santa Maria" . Para a sua construção foi constituída a firma "Soteis- Sociedade de Turismo e Hotelaria, S.A.R.L.", formada com a participação nacional de bancos, de entidades privadas e ainda da "TAP - Transportes Aéreos Portugueses" e de mais quatro empresas europeias de transporte aéreo - "British Airways", "Lufthansa", "Air France", "Swissair" - que mantinham importante tráfego de passageiros com Lisboa. A exploração ficou a cargo da multinacional alemã criada em 1971: "Penta Hotels"

Com a sua construção iniciada pouco antes de 25 de Abril de 1974, o projeto de 1971, foi da responsabilidade dos arquitectos Frederico Henrique George (1915-1994), Manuel Guilherme Pardal Monteiro Magalhães (1939- ) e Daciano da Costa (1930-2005) nos interiores. Quanto à arquitectura e design dos interiores a equipe liderada por Daciano da Costa foi constituída por Cristóvão Macara, Oterelo dos Santos, Guilhermina Campos e Jorge Cid. Além das participações dos arquitectos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e Francisco Caldeira Cabral, da empresa "Risco" (grafismos e sinalização interior), Fernando Conduto (escultura); Maria Velez, Sa Nogueira e "Charrua" (tapeçarias). O mobiliário foi fornecido pelas seguintes empresas: "Metalurgica da Longra, Lda.", "Móveis Sousa Braga", "Móveis Campos", "Móveis Olaio", António Martins Sampaio, além das alcatifas fornecidas pela "Fábrica de Tapetes Vitória".

De registar que, foi o único grande empreendimento turístico hoteleiro que, iniciado imediatamente antes do 25 de Abril de 1974, não interrompeu a sua construção nesse período. Logo na sequência de abertura do hotel, este ficou ocupado por retornados das ex-colónias em cerca de 75 por cento da sua capacidade. 

Como maior hotel de Portugal, e de 4 estrelas, oferecia na altura da sua abertura 592 quartos, 3 restaurantes - "Verde Pino", "Passarola Grill" e "Zurique" -  bar "Zodíaco", pequenino shopping center, lobby-bar, cabeleireiro, piscina, garagem, salas para conferências e festas, etc. 






Hall do oitavo piso


Ficha técnica da tapeçaria indicativa do oitavo piso da foto anterior (Atelier Daciano da Costa)



Ambas as fotos do restaurante "Verde Pino"



Ambas as fotos do Bar "Zodíaco" com Joel Branco a actuar


A 1 de Outubro de 1999, o "Hotel Penta" passa para a gestão do grupo "Marriott Hotels" (o maior do mundo, com 7 mil hotéis de 30 marcas, incluindo "Ritz-Carlton", "Sheraton" e "Meridien") na sequência do acordo assinado com a dona da unidade, "Soteis- Sociedade de Turismo e Hotelaria, S.A." já pertença do iraquiano Fares Albaker. 






"Passarola Grill"


Bar "Zodíaco"




Duas perspectivas de um quarto duplo




Em 2003, o "Lisbon Marriott Hotel" foi totalmente reabilitado, tornando os espaços mais modernos, acolhedores e luxuosos. A "Engexpor" foi a empresa responsável pela gestão do projeto, garantindo assim, de forma eficiente, os altos padrões de conforto e qualidade que a "Marriott Hotels" pretendia proporcionar aos seus hóspedes.

O professor João Paulo Martins da Universidade Técnica de Lisboa - Faculdade de Arquitectura (Departamento de Arte e Design) diria a propósito, numa entrevista:
«Ou os Marriott quando compraram o Penta. A primeira coisa que fizeram foi retirar os móveis modernos e pôr umas coisas com “bigodes”. De facto na altura, como diz, eram poucos os clientes e o processo produtivo era controlado por uma elite, mas eram esclarecidos. Tinham uma aposta determinada num gosto moderno.»

Classificado de 4 estrelas, e na sequência da sua profunda remodelação, os seus18 pisos acima do solo, acolhem 577 quartos de luxo, entre os quais 12 suites e uma suite presidencial, 18 salas de reunião que cobrem cerca de 2.000 m², bar e restaurante, fitness center, lojas e parque de estacionamento no subsolo com 6.000 m². As traseiras do hotel foram transformadas num jardim tropical que se estende por 4.000 m², onde está localizada a piscina ladeada de palmeiras. Continua a ser o maior hotel de Lisboa e do país.







Nota: não quero terminar, sem reconhecer, com inteira justiça, o trabalho desenvolvido, quer do ponto de vista histórico como fotográfico e documental das páginas de "Facebook" elaboradas por antigos funcionários do antigo "Lisboa Penta Hotel". Os meus públicos e merecidos agradecimentos.