Restos de Colecção

6 de dezembro de 2023

Matta Junior - Pianista e Comerciante de Pianos

A "Empreza Constructora e Vendedora de Pianos e outros Instrumentos de Musica, Matta Junior & Rodrigues" foi fundada em 1890 na Rua Garrett 112 e 114 , em Lisboa. Foram seus sócios fundadores João Eduardo da Matta Junior (1850-1928), professor efectivo de piano no "Conservatorio Real de Lisboa" e Jose Alexandre Rodrigues, editor.


Vizinhos "Matta Junior" e "Guilherme Steglich"


1887


(1850-1928)

31 de Março de 1891

Tal como os outros editores retalhistas, a "Matta Junior & Rodrigues" não possuía oficina própria de litografia, recorrendo a litografias nacionais, como a "Litographia Moreira" na Rua das Flores, ou então estrangeiras, como a "Litographia de Geidel", em Leipzig. «Fundou ha pouco em Lisboa, de sociedade, um estabelecimento de musica onde se encontra as mais selectas producções musicaes, e os variados instrumentos de corda e de metal. E' um maestro distincto e um caracter lhano e sympathico.»


"Annuaire des artistes et de l'enseignement dramatique et musical" de 1893


1893

O jornal "A Arte Musical, Revista Quinzenal Musica, Litteratura, Theatro e Bellas-artes" (1890-1891 ), que iniciou a sua publicação em 20 de Setembro de 1890, era propriedade da "Matta Junior & Rodrigues". Matta Junior era, ele próprio colaborador do jornal. Nos meses de Agosto e Setembro de 1891 a sua publicação foi suspensa, continuando depois entre Outubro e Dezembro do mesmo ano, data em que terminou. O novo jornal era relativamente pobre no que respeitava ao estudo da música portuguesa mas, à semelhança do seu antecessor, apresentava-se como um defensor da classe profissional dos músicos, lastimando logo no primeiro número o desprestígio dessa profissão e a falta de incentivo e apoio dos poderes públicos ao desenvolvimento musical.



29 de Outubro de 1893

Em 1895 junta-se à sociedade um tal de Araujo, passando a empresa a denominar-se "Araujo, Matta & Rodrigues", com sede na mesma loja da Rua Garrett 112-114. Esta sociedade duraria apenas até final de 1899, altura em que Jose Eduardo Matta Junior fica sozinho com a loja e empresa, mudando a denominação da firma para "Matta Junior, Editor de musica"

"Annuaire des artistes et de l'enseignement dramatique et musical" de 1895


1896

Quando mudou de razão social para "Matta Junior, Editor de Musica", passa a empregar marca de editor, na qual utiliza uma moldura decorada por motivos geométricos. Editou fados, arranjos de excertos de obras de teatro musical ligeiro e alguma música de salão e divulgou principalmente compositores portugueses.



Estabelecimento "Matta Junior" à esquerda na foto


1900


30 de Abril de 1902


1902

Permaneceria assim até ao seu encerramento definitivo em Dezembro de 1904. Este professor de piano deixava, igualmente, de leccionar a partir desta mesma data para se reformar.


Antiga loja "Matta Junior" já desocupada em  fotos de 27 de Outubro de 1905



1905


1906


No largo de S. Roque, 112 em 1907


1908

Com o encerramento da "Matta Junior", encerrou igualmente o seu vizinho, armazenista e oficina de pianos, harpas e harmoniuns "Guilherme Steglich", dando ambas lugar à retrozaria "Irmãos David", inaugurada em 1907 - mais tarde "David & David"


fotos in: Hemeroteca Digital de LisboaArquivo Municipal de LisboaBiblioteca Nacional Digital

3 de dezembro de 2023

"Restaurant Club" no Chiado

O "Restaurant Club", também conhecido por "Restaurant Silva", foi inaugurado na Travessa Estevão Galhardo (actual Rua Serpa Pinto desde 1885), 12-1º andar e esquina com a Rua Garrett, no dia 3 de Dezembro de 1874. Era propriedade do chef cozinheiro José Antonio da Silva (? - 1892), que tinha sido discípulo do famoso cozinheiro João da Matta e, igualmente gerente de um dos "Restaurant Matta".


"Restaurant Club" no 1º andar do edifício de esquina (á esquerda) com tabuleta grande (na foto e postal)


A inauguração do "Silva", como passou a ser conhecido este restaurante, sofreria um pequeno atraso explicado numa pequena nota no jornal "Diario Illustrado" de 28 de Novembro de 1874: 

«O proprietario do Restaurant Club previne o publico de que o seu estabelecimento só pode abrir na 5ª feira proxima e não amanhã como havia annunciado.
As muitas obras e arranjos a que tem procedido para que o novo restaurant abra com todas as commodidades para o publico é que dá logar a esta pequena demora.»


2 de Dezembro de 1874

E na véspera da inauguração, dia 2 de Dezembro, e no mesmo jornal ... 
« O novo Restaurant club abre definitivamente amanhã. No logar competente vae o annuncio.
É natural que a concorrencia seja grande, porque a casa, além de ricamente mobilada, está montada com muito gosto.
Até que felizmente vamos ter em Lisboa um verdadeiro restaurant.»

Finalmente a notícia da inauguração:

«Realisou-se hontem, como tinhamos annunciado, a abertura do Restaurant Club.
A concorrencia foi muito além do que se tinha esperado. Serviram-se mais de 160 jantares de meza redonda, e perto de 40 pessoas se retiraram, por não poderem ser servidas.
O Restaurant Club estava verdadeiramente deslumbrante. As salas admiravelmente decoradas, o serviço de mesa esplendido e as iguarias perfeitamente preparadas, attestavam o que dissemos antes da inauguração.
A todas as pessoas que concorreram hontem ao Restaurant Club, ouvimos os maiores elogios.
Eis o menu servido hontem:

Potage Perles du Nizan
Petits Patés á la creme
Filets de Soles á la tartare
Filets de veau á la Milanaise
Salmis de Canard sauvage au croton
Galantine de Volaille au aspie
Rosbeef á Ingleza
Choux-fleur sauce blanche
Charlotte Russe
Dessert


5 de Dezembro de 1874


27 de Fevereiro de 1875


17 de Outubro de 1875

José António da Silva, entre 1871 e 1874 tinha sido proprietário do "Hotel Gibraltar" (antes deste se mudar para o "Palácio Barcellinhos"), e que tinha estado instalado no 2º andar do nº 10 da Travessa Estevão Galhardo, ou seja no prédio ao lado. Entretanto, o "Hotel Gibraltar" passava para as mãos do proprietário da  "Fábrica da Trindade" (cerveja) fundada em 1835, Manuel Moreira Garcia.

Sobre o "Restaurant Club" pode-se ler no livro "Lisboa Desaparecida" Vol. 8, de Marina Tavares Dias:

«Quase tão célebre como as antigas tascas, ou como os sofisticados pratos de João da Matta, o Restaurant Club, de José Antonio da Silva (ele próprio discípulo do Matta), fez época à esquina da Travessa Estêvão Galhardo (hoje Rua Serpa Pinto). Nos seus gabinetes de madeira polida reuniam-se repórteres e boémios ilustrados, que ali mesmo redigiram vários números de um jornal chamado Gazeta do Chiado. O recato dos gabinetes do Silva permitia tudo. Mesmo o célebre "sorteio da cocotte", narrado por Eça de Queiroz e conhecido de toda a Lisboa do tempo: a meio da ceia, já de grão na asas, resolvem os cavalheiros sortear entre si a prostituta de luxo que todos consideravam mais bonita. Roda a sorte de feição ao conde de Ficalho, que era o mais sério e recatado dos convivas. Roeram-se de raiva os outros; a noite estava estragada.»


1879


18 de Dezembro de 1881

Um dos redactores da "Gazeta do Chiado" era Moura Cabral, cliente assíduo do Silva ... «Mais tarde foi um dos redactores da Gazeta do Chiado, um jornal espirituosissimo que sahia aos sabbados, a vintem, parece, e era redigido n'um dos gabinetes do Restaurant Club, do Silva, alli no Chiado.
O Silva gostava muito de tudo, menos da invasão dos gaiatos, que entravam pela casa dentro, assustando os cavalheiros e as damas, que estavam jantando, a gritar:
- Quero 50 Gazetas, quero 30 Gazetas!.
Esse jornal, que pouco durou, teve muita voga.» in: "Diario Illustrado" (1908)

Sousa Bastos, no livro "Lisboa Velha", escreveu o seguinte apontamento, acerca do "Restaurant Club":

«Fundado pelo estimadíssimo Silva, que gozava as maiores simpatias na boa roda e na rapaziada fina e por isso a sua casa imediatamente prosperou, vendo-se de tarde ali apreciando a bela cozinha que o Silva apresentava, muita aristocracia, altos funcionários, militares graduados e capitalistas. De noite o Restaurante Club tomava outro aspecto, completamente diverso. Depois das dez horas, e mais ainda depois da meia-noite em diante até de madrugada, funcionavam principalmente os gabinetes reservados, em que, por vezes, uma família inexperiente e desprevenida ceava, ouvindo no gabinete próximo frases muito equívocas. E, se por acaso, a curiosidade a espicaçava e a levava a espreitar, presenciava as cenas mais extraordinárias. Esses gabinetes davam o melhor rendimento à casa pois que estavam sempre ocupados e ali a comida subia muito de preço. Muitas das figuras da alta galanteria passaram pelos gabinetes do Restaurante Club, principalmente as espanholas de importação que estavam, então, furiosamente na moda.»

Em 9 de Julho de 1887 o  jornal "Diario Illustrado" noticiava:

«O Silva do Restaurant Club do Chiado, inaugura amanhã a sua melhor sala que ha dias se acha em obras.
Aquella casa que tem sido sempre uma das primeiras do seu genero avança sempre, melhorando de anno para anno. O Silva não dorme á sombra dos loiros colhidos.
E' por isso que o Restaurant Club continua servindo nas suas salas a mais fina flôr da sociedade lisbonense.»

De seguida exemplos de salões de jantar de restaurantes entre finais do século XIX e início do século XX. A última foto, deste grupo de três, diz respeito a um "gabinete" de restaurante.




José Antonio da Silva viria a falecer nas vésperas do Natal de 1892.


Notícia do falecimento no "Diario Illustrado" de 23 de Dezembro de 1892

Depois de estar encerrado por uns tempos, o "Restaurant Club" reabre com novo proprietário em 19 de Dezembro de 1897. Era seu novo proprietário José Maria Iglezias Fernandes. «Este excellente restaurant reabre hoje as suas portas ao high-life de Lisboa. O menu do jantar é de primeira ordem, e não nos admira, visto o cozinheiro ser Mr. François, que é hoje considerado um dos primeiros na arte culinaria.».


19 de Dezembro de 1897


1900

Entretanto a denominação da Travessa Estevão Galhardo já tinha mudado, para Rua Serpa Pinto, em 16 de Novembro de 1885. 

O jornal "A Capital" de 14 de Julho de 1916 comentava, deste modo, o "Silva":

«Tambem ainda no Chiado ha uma casa celebre. E' o Restaurante Club, mais conhecido pelo Silva. E' muito antigo. Por alli teem passado umas poucas de revoadas de esturdios e de bohemios. Os notivagos que gostam de divertir-se vão, em geral, dar ao Silva, que os acolhe com benevolencia e lhes fornece, a qualquer hora, menus apropriados. O Silva possue excellentes gabinetes, tem um magnifico serviço de restaurante e é das poucas casas que se conservam abertas de dia e de noite. Já teve meza redonda e já forneceu menus para grandes festas e opiparos banquetes.
Presentemente, perfeitamente adaptado ao ramo especial a que se consagrou, o Silva é dos restaurantes mais conhecidos de Lisboa e aquelle que mais bizarra e pitoresca historia possue.
Não ha pandego que por alli não tenha passado, não sendo tambem, decerto, poucas as pessoas serias que pelas suas salas teem vivido algumas horas.»


1907


"Restaurant Club" referenciado no livro "Os Escandalos de Lisboa" em 9 de Setembro de 1908

Depois do "Restaurant Club" ter encerrado definitivamente, em 1937, no seu lugar instalou-se a representação das máquinas de escrever "Remington", a firma "Remington Tipewriter C.º  Portugal" .


Representante de máquinas de escrever "Remington Tipewriter C.º  Portugal" no lugar do "Restaurant Club"

Umas décadas mais tarde, creio que na década de 60 do século XX, viria a instalar-se, de novo um restaurante nesse 1º andar da Rua Serpa Pinto, 12, o luxuoso "Restaurante Aviz". Inaugurado em 1962 era propriedade de Anthony Ruggeroni, Alberto Rapetti, o barman António Fadda e o chef João Ribeiro (todos ex- "Aviz Hotel" ) constituíram, então, a sociedade "Locanda Aviz do Chiado", com sede na Rua Serpa Pinto, 12-1º.


"Restaurante Aviz" no 1º andar, em todas as janelas com toldos. Entrada pela Rua Serpa Pinto

Outro grande chefe de cozinha, igualmente com o nome António da Silva nasceria no século XX, em Caldelas, em 29 de Março de 1934, e conhecido por "Chefe Silva". Faleceria em 14 de Outubro de 2015.

Já agora, que estou "com a mão na massa", outro grande restaurante abriria em no final do século XIX, no primeiro andar do edifício da "Antiga Casas José Alexandre": o "Grande Restaurant Central Augusto", fundado pelo maitre d’hotel José Jorge Augusto do Carmo, e com entrada pela Calçada do Sacramento, nº 6., desde 20 de Outubro de 1894.


"Grande Restaurant Central Augusto", no 1º andar do edifício à direita na foto de 1906


24 de Dezembro de 1897

No jornal "A Capital" de 14 de Julho de 1916 era deste modo avaliado o "Augusto":

«No primeiro andar d'este predio, esteve uma modista - E. Jaume - durante muitos annos. Era casada com um antigo administrador do Jornal do Commercio. Liquidou, sucedendo-lhe o restaurante Augusto, que foi, no seu tempo, o mais afamado e o melhor frequentado de Lisboa. Depois, os tempos mudaram, e a casa teve de liquidar, sendo os seus haveres vendidos em almoeda. A frasqueira do restaurante Augusto era riquissima, havendo especialidades que attingiram, no leilão, altos preços.»

1 de dezembro de 2023

Avenida Teatro em Viseu

 O "Avenida Teatro" foi inaugurado na Avenida Emídio Navarro, em Vizeu, entre 22 e 30 de Setembro de 1922, com apresentação da peça teatral "A Rival", pela "Companhia Amelia Rey Collaço/Robles Monteiro". Nesta Avenida já funcionava desde 13 de Junho de 1883, o "Teatro Viriato".



Avenida Emídio Navarro. Além do "Avenida Teatro", o "Teatro Viriato" ao fundo (último edifício)

Em 16 de Setembro de 1922 a revista "Illustração Portuguesa" noticiava:

«Vizeu, a cidade nobre e vetusta da beira, acaba de construir um teatro monumental, dotado de todo o luxo e de todo o conforto moderno. E' seu auctor o arquitecto portuense sr. Eduardo Coutinho, sendo as pinturas e decorações todas efectuadas por artistas e artifices do Porto.
Ergue-se o belo edificio, que temos o prazer de apresentar, ainda em primeira mão aos nossos leitores, na linda Avenida Navarro d'aquela cidade de tradições historicas. Comporta a nova sala de espectaculos 700 logares de plateia, 88 camarotes, jardins e cafés concertos, explanada de cinema e toda a sorte de comodidades que pode oferecer um teatro de primeira ordem.
Cabe a José Ricardo, o grande artista, e a Ilda Stichini, a sua eminente colega do Nacional, a honra de, em companhia de Samwel Diniz e de outros elementos inaugurarem a nova sala que fica uma das melhores senão a melhor de toda a provincia portugueza.»



Alem dos «700 logares de plateia, 88 camarotes» mencionados no texto anterior, a sala de espectáculos ainda comportava uma bancada vulgo "geral", que permitia que a capacidade total de espectadores do "Avenida Parque" fosse perto dos 2.000 lugares.


Mas, ao contrário do anunciado, não foi a "Companhia Jose Ricardo" que, por motivos de doença de Jose Ricardo, inaugurou o "Avenida Teatro", ...

«Noticias recebidas hoje dão conta do estado do actor Jose Ricardo que se encontra no Hospital da Ordem do Carmo, do Porto, com uma pneumonia mas parece sem grande mal de maior.
Em virtude da doença deste distincto artista, a tourné organizada por ele e Ilda Stichini retirou do repertorio a peça "O Centenario". Foi forçada a deixar de cumprir o contracto que tinha para ir inaugurar o novo teatro em Vizeu.  in: jornal "A Capital" de 17 de Setembro de 1922. 

De referir que seria o actor Eduardo Brazão a substituir Jose Ricardo, nos espectáculos seguintes da tourné, a começar pelos da Figueira da Foz, no "Teatro Parque" e que terminariam a 24 de Setembro. Esta tourné, que terminou a 29 de Setembro nas Caldas da Rainha, foi realizada pela companhia teatral "Companhia José Ricardo". José Ricardo entrava em convalescença nesse dia.


16 de Setembro de 1922

Entretanto, o jornal "Diario de Lisbôa" de 21 de Setembro de 1922, noticiava:

«A ilustre actriz Palmira Bastos, acedendo a solicitações que lhe foram feitas pelos artista-emprezarios Amelia Rey-Colaço e Robles Monteiro, parece que irá tomar parte numa das recitas da inauguração do novo teatro de Vizeu, a qual se realizará com a peça "A Rival".» 

A peça "A Rival" da autoria de Henry Kistemaeckers e Eugène Delard, tinha sido estreada no "Teatro Politeama" em Lisboa em 14 de Julho de 1922. Tinha como actores principais: Palmira Bastos, Amélia Rey Colaço, Robles Monteiro, Raúl de Carvalho, Constança Navarro, Teodoro Santos, etc.

Com todas estas vicissitudes, o "Avenida Teatro" não pode ser inaugurado em Janeiro de 1922, como estava inicialmente previsto, a fazer fé na notícia de "A Gazeta de Coimbra" publicada em 24 de Setembro de 1921 ...

Algumas peças representadas, posteriormente, no "Avenida Teatro":

5 de Fevereiro de 1928  - "A Caldeirada" (revista) - Grupo Cénico/Dramático do Clube dos Galitos
22 de Abril de 1948    -    "O Conde Barão" - Os Comediantes de Lisboa
23 de Abril de 1948    -    "Fanny" - Os Comediantes de Lisboa
24 de Abril de 1948    -    "O Menino Quim" -  Os Comediantes de Lisboa
3 de Novembro de 1956 - "A Nau Catrineta" - Orfeão de Gondomar

Os espectáculos integrados nas Festas da Cidade de 1926 realizaram-se, exclusivamente, neste teatro. Apesar das exibições de espectáculos de teatro, música e bailado, o cinema é que imperava no "Avenida Teatro". 


Apesar da confusão no nome, um bónus da revista "Invicta Cine" de 5 de Março de 1934



Julho de 1941


1 de Outubro de 1944


Alberto Rodrigues - Empresário e Presidente do Grémio do Comércio do Distrito de Viseu

Este espaço gozava de grande prestígio. Também, por ali, passaarm espectáculos de música ligeira. Tiveram lugar transmissões em directo vários espectáculos de Variedades, como o programa "Serões para Trabalhadores" produzido pela "Emissora Nacional", "Os Companheiros da Alegria" onde actuou o ilustre e romântico cantor Viseense Ulisses Sacramento, os espectáculos da "Volta a Portugal em Bicicleta", e grandes Revistas à Portuguesa tão populares na época.


"Companheiros Alegria" no "Avenida Teatro", em 1953


"Orquestra Cine Jazz" no "Avenida Teatro" acompanhando Maria de Fátima Bravo

O "Avenida Teatro" encerrou definitivamente em 1961 - no ano a seguir ao encerramento do "Teatro Viriato" - e no seu lugar viria ser construído, muitos anos depois, um edifício de lojas e habitação (foto seguinte).


Via "Google Maps"