Restos de Colecção: agosto 2023

27 de agosto de 2023

Escola Nacional

A "Escola Nacional" foi fundada, em 1869, na Rua de Santa Martha, 51-67, em Lisboa, pelo republicano Barros Proença. Esta Escola mudaria de instalações, quatro anos depois, para o "Palácio do Marquez de Pombal" , na Rua Formosa (actual Rua do Século), nº 17, em Lisboa.


19 de Novembro de 1871


27 de Setembro de 1874

Neste Palácio  já tinha estado instalado o "Lyceo Parisiense", como atesta o próximo anúncio.


20 de Setembro de 1849


Antiga Rua Formosa. Primeiro edifício comprido de 2 pisos à direita na foto, onde esteve a "Escola Nacional". Ao fundo o grande edifício do extinto jornal "O Século"


Barros Proença, fundador e diretor da "Escola Nacional"

Como se pode testemunhar pelo anúncio publicitário que publico de seguida, a seguir à pausa lectiva do Natal de 1878, as aulas já recomeçariam a 7 de Janeiro de 1879, em novas instalações no "Palácio Castello Melhor", junto ao "Passeio Publico.


24 de Dezembro de 1878


28 de Setembro de 1879

Em 1889 inauguraria as suas novas instalações no "Palacio Lavre" (ou "Palacio da Annunciada") na, então, Rua Alves Correa (actual Rua de S. José), nº 10 junto ao Largo da Anunciada, em Lisboa.


"Escola Nacional" na Rua Alves Correia (Rua de S. José)


10 de Junho de 1897


Ambos de 25 de Setembro de 1905


A "Escola Nacional" passa, assim, a utilizar o "Palacio Lavre", originalmente construído pelo comerciante da panificação, o italiano Thomaz Mongiardino, em 1764, em terrenos aforados por Joaquim Miguel Lopes de Lavre. Depois deste último ter adquirido, em 1880, toda a propriedade do edifício, os seus herdeiros vendem-no ao comendador Manuel Jose da Silva Franco, que nele executa obras de transformação e melhoramentos, tendo incluído ao centro um grande portal encimado por um escudo em alto-relevo. Depois de passar por mais dois proprietários, Alfredo de Oliveira Souza Leal, arrenda o "Palacio Lavre", por volta de 1886 à "Escola Nacional". Esta, em 1905, procede a grandes obras de melhoramentos.

O jornal "A Vanguarda" de 18 de Setembro de 1905 informava:

«Devido ao grande zelo e inexcedivel gosto do seu director administrativo, o nosso sympathico amigo o sr. Encarnação e Sousa, acaba a importante, antiga e muito conhecida Escola Nacional, um dos melhores estabelecimentos de instrucção n'esta cidade, de soffrer importantissimas obras, que a tornam, sem duvida, um dos edificios mais sumptuosos de Lisboa, para o fim a que è destinado. Tem vastas salas e acommodações de 1ª ordem, tendo o seu director technico e o nosso respeitavel amigo sr. dr. Xavier Cordeiro, prestado toda a sua attenção e actividade de maneira a que o edificio da escola comporte todas as condições recomendadas pela hygiene e pedagogia.
(...) Além da instrucção infantil e primaria de 1º e 2º graus, ha 4 cursos professeados n'esta escola: o curso geral dos Lyceus, o Commercial e Colonial, dividido em 4 annos, e o de telegraphia, obtendo todos os alumnos optimos resultados.
As obras  a que se está procedendo na Escola Nacional, sita no largo d'Annunciada, junto á Avenida da Liberdade, são importantissimas, devendo estar concluidas até ao dia 25 do corrente, podendo então ser visitada a qualquer hora.
Já começaram as matriculas para o proximo anno lectivo.»


Fotos de 1906



Postal de 1910


1911

Lembro que, após a revolução do 5 de Outubro de 1910, a Rua de São José, por deliberação camarária 04 de Setembro de 1913, e consequente Edital de 18 de Outubro do mesmo ano, passou a designar-se por Rua Alves Correia. De referir que quarenta e três anos depois, por Edital de 28 de Maio de 1956, a Câmara Municipal de Lisboa a Rua Alves Correia foi renomeada para Rua de São José.


1926


3 de Outubro de 1931

A 29 de Março de 1933, e por despacho do Ministério da Instrução Pública, foi concedido o Alvará n.º 84 à "Escola Nacional", então situada, como atrás mencionado, na Rua Alves Correia, n.º10, em Lisboa. 

Em 2 de Outubro de 1934, o jornal "Diario de Lisbôa" publicou uma nota publicitária acerca do "Escola Nacional", da qual extraí algumas passagens:

« (...) Fundado em 1869, foi-se desenvolvendo por tal modo, que bem depressa conquistava o primeiro lugar entre os estabelecimentos de ensino da Capital.
Ninguem a desconhece. A sua direcção é composta por duas altas individualidades de destaque no nosso País: o distinto general José Vicente de Freitas, grande educador de invulgar competencia, e o dr. Artur Tamagnini de Sousa Barbosa, ilustre pedagogo.
(...) Poucos estabelecimentos pedagogicos merecem tanta simpatiado publico, como a "Escola Nacional". Embora situada em pleno coração da cidade, onde escasseam terrenos amplos, as suas instalações, tambem sob este ponto de vista, não podem recear confronto algum. São amplas as suas salas de aula, as salas de estudo, as depenedencias do internato, onde o ar e aluz são exuberantes. Possui amplos jardins com muito arvoredo e, amplos são os seus "hangares" que em dias de chuva permitem aos alunos defenderem-se das intempéries. O seu campo de jogos é enorme, e nele se pode praticar todos os desportos, tais como "tennis" e o "foot-ball", etc. Para todo o ensino quer primario, quer secundario, está ainda a "Escola Nacional" devidamente apetrechada com todo o material necessario. (...)»


1940


Cartão do ano lectivo 1945/1946 (?)


1943

As últimas referências publicitárias à "Escola Nacional", a que tive acesso remontam a 1943, mas ... consultando o site do "Externato Champagnat", instalado no "Palácio da Quinta da Vila Formosa", perto do Aeroporto da Portelaextraí o seguinte apontamento histórico: 

«As origens do Externato Marcelino Champagnat remontam a 29 de março de 1933, quando, por despacho do Ministério da Instrução Pública, foi concedido o Alvará n.º 84 à Escola Nacional, então situada na Rua Alves Correia, n.º10, em Lisboa. A Quinta e o Palácio de Vila Formosa foram adquiridos pela Câmara Municipal de Lisboa em 1948 para o “Aeroporto e sua zona de proteção”.  Em 1949 foi autorizada a mudança daquela Escola para este espaço.
A 5 de setembro de 1950, é celebrado, nos Paços do Concelho, o contrato de arrendamento do palácio e terrenos anexos, com a Congregação dos Irmãos Maristas. Assim, nasceu o primeiro estabelecimento de ensino da Congregação dos Irmãos Maristas em Portugal com a designação “Colégio Champagnat – Internato”, adotando o nome do fundador daquela Congregação, Marcelino Champagnat.»





Fotos do "Palácio da Quinta da Vila Formosa" já como estabelecimento de ensino

20 de agosto de 2023

Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos

A "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos, S.A.R.L." - CPFE, com sede no Largo de S. Carlos, 4, em Lisboa e unidade industrial localizada em Canas de Senhorim, freguesia do concelho de Nelas, distrito de Viseu, foi constituída por escritura pública lavrada em 17 de Dezembro de 1917. Tudo começou com a concessão para a produção de carboneto de cálcio - matéria-prima usada para a iluminação e diversas aplicações - a António Rodrigues Nogueira, em 1917, que tinha fundado em Junho de 1906 a "EHERSE - Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela", com António Marques da Silva, Guilherme Pessoa e Brás Frade, e que, desde 1908, utilizavam as águas do Rio Alva para produzir energia eléctrica. Estavam assim lançadas as condições necessárias para que estes quatro pioneiros avançassem para construção da primeira indústria eletroquímica em Portugal, a "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos" (CPFE), com unidade fabril em Canas de Senhorim.




Sede da CPFE no 2º andar esq. (por cima da "Agência Colonial, Lda.") no Largo de S. Carlos


Instalações fabris em Canas de Senhorim

De referir que, em 13 de Janeiro de 1908, o industrial António Rodrigues Nogueira tinha requerido a utilização da energia motriz das águas represadas na Lagoa Comprida, na Serra da Estrela. O seu requerimento seria deferido por decreto de 20 de Abril de 1912, diploma que concedia «provisoriamente a António Rodrigues Nogueira licença para represamento e utilização das águas pluviais e fluviais que convergem à lagoa Comprida, na serra da Estrela (...)», mediante determinadas condições. Entre estas destacamos a quarta, que fixava «em 120 réis o kilowatt-hora para iluminação e 40 réis para igual unidade nas outras espécies de energia», e a sétima, segundo a qual, «à medida do desenvolvimento das obras, o concessionário poderá utilizar a energia das águas que, sucessivamente, for represando». citações no "Diario do Governo" de 26 de Abril de 1912.


"Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela" em foto de 1909 e anúncio de 1968

A "EHESE - Empresa Hidroelectrica da Serra da Estrela" constituída em Junho de 1906 foi juntamente com a sociedade "Mines de Borralha" - com sede em Paris e concessionária, das minas de volfrâmio entre 1902 e 1986 - e alguns indivíduos de forma particular - António Francisco Ribeiro Ferreira, Cândido Sotto Mayor Júnior, André Blandel, Georges Gromier, António Rodrigues Nogueira, Paul Merijon e Aimery de Rochechouart -, fundadora da  "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos, S.A.R.L." com um capital social de 300.000$00, e tendo por objecto a aplicação dos fornos eléctricos no fabrico de carbureto de cálcio, e na preparação de aços especiais. Esta nova empresa iria construir um complexo fabril em Canas de Senhorim, junto à linha de caminho-de-ferro da Beira Alta, no cruzamento para as Caldas da Felgueira.

Referência ao "Estabelecimento Thermal" em 1 de Julho de 1902

A linha "Caminhos de Ferro da Beira Alta" foi fundamental para a população do Concelho de Nelas e para o processo de industrialização. O comboio servia a população, nomeadamente, as povoações de Nelas e Canas de Senhorim, com as suas estações. Existiam, contudo, alguns apeadeiros, com especial destaque para o apeadeiro da Urgeiriça. As actividades da mina estiveram na sua origem, pois foi uma forma de servir o complexo mineiro, ao mesmo tempo que se destinava ao turismo da Urgeiriça e às populações vizinhas.



1928


"Hotel Urgeiriça" ("English Hotel Urgeiriça" fundado pelo inglês Charle Harbord) em Canas de Sehorim

Outras pequenas indústrias contribuíram para enriquecer o concelho. Em Canas de Senhorim, a "CUF -Companhia União Fabrilviria a instalar uma fábrica, do ramo alimentar, para produção de óleos vegetais.

Instalações da CUF em Canas de Senhorim

Em finais de 1923, e no arranque da atividade, «O carboneto de cálcio foi o produto que atribuiu especificidade à CPFE e que, a nível nacional, a identificou». Com modestas construções iniciais, a fabricação era feita em três fornos elétricos, e com alguns serviços de apoio, como uma oficina de serralharia, que foram até 1939, o núcleo fabril. Como a empresa dependia da energia hídrica, a atividade laboral e o recrutamento do pessoal estavam condicionados pela época das chuvas, pelo que as campanhas decorriam entre Outubro e Novembro e Maio e Junho.


Na década de 40 do século XX, registaram-se exportações da CPFE para a Argentina e Inglaterra.  A conjuntura criada pela Segunda Guerra Mundial levou a um aumento do consumo de carboneto. Este produto químico inorgânico que, em presença de água, liberta acetileno, era usado como combustível para a iluminação de povoações e das minas e, devido às dificuldades na importação de combustíveis, era usado para suprimir a falta de petróleo, gasóleo e gasolina. Face ao aumento de consumo, os lucros revelaram-se positivos, o que serviu de incentivo para a possibilidade de construção de novos fornos para o fabrico de carboneto de cálcio e «qualquer outro produto de reconhecido interesse para a economia nacional».



1940

Do "Jornal Online do Concelho de Nelas - Estórias", da história da Canas de Senhorim - CPFE - autor: ®efeneto retirei as seguintes passagens, elucidativas acerca das instalações, equipamentos, etc. ao longo dos tempos:

«A partir de modestas construções iniciais, a CPFE constituiria um vasto conjunto fabril, formado por terrenos, instalações fabris e equipamentos, ocupando cerca de 200 000 m2 de área, da qual mais de 20 000 m2 de superfície coberta. Indústria transformadora por excelência, a CPFE muniu-se, contudo, de infra-estruturas de tipo extractivo noutros locais para se auto-abastecer das matérias-primas essenciais às suas indústrias. Daí os equipamentos instalados na região de Tapeus (concelho de Soure, distrito de Coimbra), no Monte de Santa Luzia, em Pascoal, já referido, e nas pedreiras do Senhor da Ascensão, em Ferreira de Aves (concelho de Sátão, distrito de Viseu). A fábrica ficou «instalada e prompta a funcionar» em Outubro de 1922. Os três fornos elétricos, de 1350 kVA cada um, e o equipamento acessório, nomeadamente a oficina de serralharia, constituíram até 1939 o núcleo fabril. Neste ano foi instalado o 4.° forno e o 5.° em 1943. A partir de então, e após a realização de estudos para aplicação dos fornos elétricos a outras indústrias, além do carboneto de cálcio, as instalações fabris foram aumentadas sucessivamente. Implantados 96 fornos elétricos de 250 kVA para o fabrico de cianamida cálcica entre 1951 e 1957, foram instalados até 1963 mais 8 fornos de maior potência, que provocaram uma profunda reestruturação dos serviços fabris.


Fevereiro de 1951



 Junho de 1957




Maio de 1958



Julho de 1960

Nestas circunstâncias, o carboneto de cálcio passou a ser produzido pelos fornos 1, 2 e 3, e pelos fornos 7, 8 e 9 (potência unitária de 3500 kVA). Os fornos 4, 5 e 6 (com 2200 kVA de potência cada um) produziam ferro-gusa, enquanto os fornos 10, 11 e 12 (qualquer deles com a potência de 3500 kVA) fabricavam ligas de ferro, sobretudo de ferro-silício, ferro-manganês e silício-manganês. O forno 13, com uma potência de 2 500 kVA, nunca foi instalado, porque se destinava ao sector de fundição, atividade industrial que a CPFE não chegou a exercer. O forno 14 (potência de 12 000 kVA) foi instalado para produzir, exclusivamente, ferro-silício e o forno 15, na década de 70, para a produção de silício-metal. Todo este conjunto de fornos foi acompanhado pela construção e ampliação de diversas infra-estruturas, como armazéns, silos, poços de água, oficinas de serralharia e de eletricidade, laboratório de análises químicas, subestação de transformação de energia elétrica, ramal privativo da linha férrea e outros investimentos de menor relevo . As primeiras passadeiras rolantes foram instaladas pelos finais da década de 50; um conjunto de moagem e de elevação de matérias-primas para os fornos, do qual também fazia parte uma torre metálica com cerca de 16 metros de altura, data de 1959; básculas, sarilhos, reguladores automáticos, prensas, empilhadoras, mecanização dos parques de calcário e de carvão, são alguns dos equipamentos mecânicos instalados nos anos 60. Uma das particularidades da CPFE ao longo da sua existência foi a de ter diligenciado em se auto-abastecer das matérias-primas necessárias ao funcionamento das suas indústrias. Com efeito, quer explorando pedreiras para obtenção de calcário e quartzo, quer transformando matérias-primas para reutilizar, a CPFE teve sempre como grande objectivo a redução de compras tanto no mercado interno como no mercado externo.»



Nesta unidade fabril, chegaram a trabalhar em simultâneo mais de 800 funcionários, por vezes vários elementos da mesma família. «As obras de índole cultural e social na CPFE não estiveram a par das realizações materiais e, por isso, não acompanharam os sucessivos investimentos nas instalações de fabricação. Apenas nos finais da década de 1930, alguns valores sociais e culturais foram implementados.». A "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos, S.A.R.L.", deu início a  investimentos em infraestruturas sociais, tais como a assistência médica a todo o pessoal e respectivas mulheres e filhos. De realçar iniciativas ímpares da administração como a criação de Caixa de Previdência privada em 1937, o combate ao analfabetismo, no final desse mesmo ano, promovendo aulas de instrução primária, ou também o interesse pela qualificação profissional dos operários com iniciativas formativas de conteúdos técnicos contribuindo para maiores índices de produtividade.


Entretanto o "Hotel Urgeiriça" (ex-English Hotel Urgeiriça") cresceu e o "novo" ganhou forma

Em 14 de Outubro de 1967 a "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos, S.A.R.L." aumentava o seu capital social de 80.000.000$00 para 100.000.000$00 com a emissão de 200.000 de acções de valor nominal de 100$00. A emissão de parte das novas acções, afectas à subscrição pública foi tomada firme pelos "Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa" (1920-2014), "Banco Lisboa & Açores" (1875-1969) e "Banco Pinto & Sotto Mayor" (1925-2000). 


Publicação do aumento de capital no Diario do Governo, de Novembro de 1967


Janeiro de 1967

Em 20 de Agosto de 1979 a "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos, S.A.R.L." aumentava, de novo, o seu capital social de 100.000.000$00 para 300.000.000$00 com a emissão, ao par, de 2.000.000 de acções de valor nominal de 100$00.

Nos anos setenta do século XX, a CPFE fabricava carboneto de cálcio, cal, cianamida cálcica, ferro-gusa, silício-cálcio, ferro silício e silício metal e, pontualmente, silício cálcio manganésio e nitrato de silício. A fabricação destes produtos dependia, predominantemente, do mercado externo, cuja exportação passou de 43% para 87% e, por consequência, com as vendas a aumentarem dos oitocentos mil contos para os quatro milhões de contos em 1985.


"Foto de família"

Almoço no "Restaurante Castanheira" na Estrada da Torre no Lumiar, em Lisboa

Nos últimos tempos, os financiamentos contraídos pela CPFE para a construção do forno silício metal, a subida das taxas de juro a curto prazo e a dívida aos fornecedores, originaram um processo de deterioração financeira da empresa. A CPFE entrou em declínio e, apesar de todos os esforços mobilizados para contornar tal situação, e «a intransigência do poder político em criar uma tarifa especial para esta atividade industrial levou ao fim da eletro-metalurgia em Portugal»

A "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos" viria, a encerrar, definitivamente as suas instalações fabris, no dia 4 de Novembro de 1986, após o corte do fornecimento de energia elétrica pela EDP.



Bibliografia:

- Projecto Final de Mestrado em Arte, Design e Multimédia: "(es)passos de memória: projecto artístico" - Instituto Politécnico de Viseu (2014)
- "Companhia Portuguesa de Fornos Eléctricos: subsídios para a sua história - 1917-1967 " autor: Duarte Sampaio Loio (1996)