Restos de Colecção: junho 2021

30 de junho de 2021

Hotéis em Cascais no Séc. XIX

Apesar de existirem poucos registos históricos e publicitários da actividade hoteleira da vila de Cascais no século XIX, ainda assim é possível descrever a pouca, mas existente, nessa época em que os hotéis não passavam de hospedarias de classe superior.

Lembro, primeiro, que a estrada que ligava Cascais a Oeiras foi reconstruída em 1864, concluindo-se, quatro anos depois, os trabalhos da estrada até Sintra. Estas infraestruturas permitiriam reduzir o secular isolamento da vila, que com a inauguração do caminho-de-ferro, inaugurado em 1889, quebrou de vez, reduzindo significativamente o tempo de viagem desde Lisboa. Até então a deslocação em vapores entre Lisboa e Cascais era corrente.

28 de Agosto de 1880


Estação de caminho de ferro de Cascaes, no final do século XIX

Em 9 de Agosto de 1871 já existiam o "Hotel União", propriedade de Bernardo Soutelo, e o "Grand Hotel Lisbonense" (1868), na Rua Visconde da Luz e propriedade de Nicolau Anastasio de Freitas tendo sido destruído por um incêndio em 1892. Neste mesmo ano, aparecem referenciados três hotéis na vila de Cascaes: o "Grand Hotel Lisbonense" (1868), o "Hotel Globo" (1882), propriedade de Manoel Francisco Esteves, o "Hotel Estoril" e o "Hotel Central" (1886), propriedade de Felice  Petracchi (antigo cozinheiro da Rainha D. Maria Pia) na rua da Palma, em Cascais. Entretanto Felice Petracchi venderia o Hotel a Victor Lestage, já que iria construir o "Grand Hotel d'Italie", no Monte Estoril, inaugurado em 1899.


15 de Setembro de 1882


"Hotel Globo" ainda bem escondido na paisagem de 1891. À direita o "Casino da Praia" que terá aberto em 1873.


10 de Junho de 1883

Acerca do "Hotel Central" o "Annuario Commercial" para 1893 publicitava: «Este afamado hotel que pertenceu ao sr. Felice Petracchi, e que é hoje do sr. Victor Lestage continua bem servindo os seus fregueses, sendo procurado por distinta roda, que confirma a competência do novo proprietário daquele estabelecimento.

Em 15 de Maio de 1895 é reaberto, na Rua das Flores, em Cascaes, o "Hotel Bragança" pelo seu novo proprietário Victor Lestage. Tinha sido fundado (como "Hotel Bragance") por Michel Bernard. Entre 1894 a 1900, registar-se-á apenas o aparecimento de uma nova unidade hoteleira, o "Hotel Costa", inaugurado em 1900 na  Avenida Valbom, 14 a 20.





Hotéis em Cascaes no "Guia do Viajante Luso-Brazileiro" de 1888


16 de Outubro de 1891

E em 10 de Agosto de 1895, um artigo no jornal "Diario Illustrado" informava ...

Em artigo publicado no Correio de Cascais, a 15 de Abril de 1900 pode ler-se: «Como estava annunciado, realizou-se na quinta-feira a inauguração do novo Hotel Costa, na Avenida Valbom. O estabelecimento esta muito bem montado, correspondendo o serviço á fama do seu proprietario, o antigo e conhecido Costa de Caneças.»

Contudo, entre 1900 e 1907, durante os governos de Hintze Ribeiro e João Franco, o jogo é fortemente reprimido. De acordo com Raquel Henriques da Silva, reportando-se a um artigo de 8 de Julho de 1902 no jornal "Correio de Cascais", o jogo teria sido: «(…) nos anos de 1890, a verdadeira mola do desenvolvimento não só de Cascais e do Monte Estoril como dos núcleos a nascente. De tal modo que, (…) se afirma que 'grande número de casas estão por alugar tanto aqui como nos Estoris' e 'achando-os em Agosto, os hotéis de Cascais do primeiro ao último não têm hóspede sequer’.»


Hotéis em 1904, no "Almanaque Palhares

Num outro artigo, publicado nesta data, no mesmo periódico, referindo-se ao "Hotel do Globo" pode-se ler: « (…) é sem dúvida o mais bem colocado de Cascais, e onde inegavelmente o hóspede é muito bem tratado, [e] tem tido uma regular concorrência, apesar de a época se apresentar fraquíssima em razão da falta dos casinos.». O "Hotel do Globo" viria a mudar de dono que por sua vez mudaria a sua designação para "Riviera Hotel".


"Riviera Hotel" com o "Casino da Praia" à direita na foto


Em 1915 só existam, em Cascais, dois hotéis: "Bristol Hotel" e "Riviera Hotel" (ex- "Hotel Globo").

"Bristol Hotel"

fotos in:  Hemeroteca Digital de Lisboa, Arquivo Histórico Municipal de Cascais, Garfadas on line

27 de junho de 2021

Antigamente (159)

 

"Aeroporto de Lisboa", a seguir à sua inauguração ocorrida em 18 de Outubro de 1942


Observatório meteorológico da Serra da Estrela


Oficina de automóveis em Lisboa, no início do século XX


Mercearia / Confeitaria e distribuição de "Água de Luso", na cidade do Porto

Interior da loja "Sassetti & C.ª", na Rua do Carmo em Lisboa, aquando da "Semana dos Artistas" em 1928

23 de junho de 2021

Litografia de Portugal

A "Lithographia de Portugal, S.A.R.L." foi fundada em 27 de Março de 1893, por um grupo de conhecidos comerciantes e industriais de Lisboa, tendo-se instalado na Rua da Rosa , no Bairro Alto, em Lisboa. Os seus fundadores foram: Jacinto José Pinto da Silva - 1º administrador - Rogério Moniz, Alfredo Guedes - grande aguarelista e gerente técnico da empresa - e José Rufino Peres, que foi administrador por mais de 40 anos. 

Esta empresa teve origem na aquisição da sociedade "Lithographia de Portugal" que estava instalada na Rua Vinte e Quatro de Julho, 282 a 288, em Lisboa, pelo valor de 10:500$000 réis. O novo capital social foi de 25:000$000 réis. Os nove maiores associados eram, por ordem decrescente: José Lopes Leal (12,4%), João Patrício Álvares Ferreira (12%), William Graham Junior & C.ª (6%), Knowles & C.ª (6%), Gualdino de Carvalho Junior (4,4%), André Michou (4%), Bensaude & C.ª (4%), Ernesto Pinto Basto & C.ª (4%) e o Dr. Henrique Carlos de Carvalho Kendall (4%), os quais assumiam, em conjunto, 56,8% da empresa.





Nessa época alguns artistas plásticos consagrados, como Bordallo Pinheiro, Roque Gameiro, Manuel de Macedo, Casanova, Veloso Salgado Alfredo Guedes, etc dedicaram-se entusiasticamente à litografia, utilizando-a como meio de expansão privilegiado para dar a conhecer as suas obras ao grande público.

Trabalharam na "Litografia de Portugal", embora não fossem dela funcionários, artistas como Casanova (grande aguarelista espanhol, litógrafo e professor dos príncipes reais), Constantino Fernandes, Roque Gameiro e Alfredo de Morais.

A "Editora de David Corazzi" (futura "Companhia Nacional Editora"), no Largo do Conde Barão e a "Lithographia de Portugal", foram os mais altos expoentes da arte litográfica, utilizando-a não só no livro e na revista como na embalagem e publicidade, colocando os seus enormes recursos técnicos e artísticos, já que estas duas empresas vieram revolucionar o meio gráfico daquela época e foram os percursores do grande progresso hoje alcançado pela Litografia.


Catálogo da presença de Portugal na Exposição de Paris de 1937

Em 27 de Julho de 1907 a "Lithographia de Portugal", para solucionar problemas de apetrechamento, adquire, por 3.000$000 réis, a João Francisco do Livro, as oficinas da "Lithographia Universal", localizada no Largo do Carmo, 16 e 17, e que tinha sido fundada em 7 de Julho de 1898 - englobando na compra toda a maquinaria, pedras, utensílios e matérias primas assim como a própria firma de que nunca chegou a utilizar-se.

Em 1912, instala uma secção impressora sobre folha-de-flandres, - utilizada principalmente em latas de conserva - estendendo, deste modo, a sua acção por mais uma especialidade que, anteriormente, era privativo de algumas raras oficinas dedicadas exclusivamente a esta área.

A seguir alguns exemplos de pedras litográficas:




Muitos cartazes do Cinema Português foram impressos na "Litografia de Portugal" ...


1933


1935

1939

A "Litografia Portugal" ao completar 75 anos de existência no ano de 1968, tinha como seu administrador Carlos Moreira da Silva Peres. Por cada máquina nova adquirida, a empresa cuidava da formação profissional dos que com ela iam trabalhar, e é assim que, no próprio ano do seu septuagésimo quinto aniversário, ao comprar um «scanner» electrónico da marca "Rudolf Hell", são enviados à Alemanha dois dos seus colaboradores que na sede da fábrica em Kiel ensaiaram a reprodução de dispositivos a cores. 



1943


1942

Com o 25 de Abril de 1974, e devido ao período conturbado que se seguiu, a "Litografia de Portugal" não escapou a problemas de vária ordem. Mas a empresa estava bem preparada e estruturada, tinha sempre praticado uma política em relação aos seus funcionários que hoje se poderia denominar de concertação de interesses, visando o progresso da empresa, pelo que os desmandos revolucionários não a afectaram tão gravemente como noutros casos.

Em 1977 a "Litografia de Portugal" reinicia o seu processo contínuo de investimento e conquista uma sólida posição no mercado. A empresa disporá nesta altura, de um cortante a laser, o primeiro em Portugal, e será das primeiras empresas a procurar parceiros no estrangeiro e a fazer intercâmbio de conhecimentos técnicos.

Lutando com falta de espaço nas suas instalações do Bairro Alto, em 1987 a empresa adquire um terreno com 25.000 m2 (incluindo um edifício quase pronto) no Cabeço de Montachique, Fanhões no concelho de Loures. para as suas novas instalações. Assim em 1988 a empresa inicia a transferência das primeiras máquinas do sector de transformação e acabamento. Com a expansão da empresa, novas obras começam com a construção de um novo edifício destinado a armazém recepção e expedição de mercadorias com cais para cargas e descargas e báscula apta a receber camiões TIR até 5 tons. Assim a "Litografia de Portugal" passa a dispor de 9.000 m2  de área coberta  de um reservatório de água captada por um furo artesiano. No primeiro edifício tinha sido construída uma placa de 1.000 m2, onde se instalaram os serviços comerciais, a secção de pré-impressão, de gravura e cartografia, salas de reuniões e gabinetes da administração.

Em 1990, a "Litografia de Portugal" dispõe de um moderníssimo parque de máquinas de nível do melhor da Europa, trabalham 209 funcionários que na parte oficinal são dirigidos por Carlos Manuel Correia da Silva Peres, director-geral, diplomado em Engenharia Gráfica pela Universidade Gráfica de Watford, em Inglaterra. Em 27 de Abril do mesmo ano a "Litografia de Portugal, S.A." aumenta o seu capital social de 100.000.000$00 para 200.000.000$00.

Em 1993 é celebrado o centenário da fundação da  "Litografia de Portugal" em em 2002 é consumada a fusão de três empresas líderes na embalagem em Portugal, duas das quais a "Valentim Santos" de Vila Nova de Gaia e a "Litografia de Portugal", formando a "Graphicsleader", com sede em Seixezelo, tornando-se numa das maiores empresas de embalagens da Península Ibérica. 


Antigas instalações da "Litografia de Portugal", desactivadas



"Graphicsleader" em Seixezelo

Em Maio de 2020 o grupo espanhol "Rafael Hinojosa, S.A." adquire a "Graphicsleader", salvaguardando os postos de trabalho dos 175 funcionários assim como a continuidade da família Santos, fundadora da empresa.

20 de junho de 2021

Estúdio Apolo 70

A sala "Estúdio Apolo 70" foi inaugurado, em conjunto com o "Drugstore Apolo 70", no dia 27 de Maio de 1971, na Avenida Júlio Dinis, 10 em Lisboa. O Drugstore foi construído em 14 meses, nos 8.000 m2 de dois pisos de uma antiga garagem, com projecto do arquitecto Augusto Silva e decoração de Paulo Guilherme.



26 de Maio de 1971



O prédio do "Apolo 70" em finais de construção com andares para venda entre 360 e 460 contos ...


Já agora, uma referência ao grande painel de azulejos no exterior do edifício, da autoria de Ana Lopes de Almeida (1938 - )

À inauguração do "Apolo 70" (Drugstore e Cinema) - terceiro drugstore de Lisboa, depois do "Sol a Sol", na Av. da Liberdade (26 de Dezembro de 1967) e do "Tutti-Mundi", na Avenida de Roma (19 de Dezembro de 1968) - estiveram presentes além dos administradores da empresa proprietária, "Copeve, S.A.R.L." -  Miguel Sotto-Mayor Aires de Campos, Manuel Braamcamp Sobral, Francisco José de Sousa Machado, Nuno Barroso e Lourenço de Almeida e José B. P. Vasconcelos - o secretário de Estado da Informação e Turismo, Dr. César Moreira Baptista e o secretário de Estado do Comércio Dr. Xavier Pintado, os directores-gerais dos Espectáculos e do Turismo Caetano de Carvalho e Álvaro Roquette respectivamente, o governador-civil de Lisboa Dr. Afonso Marchueta, e o comandante-geral de PSP general Tristão de Carvalhais (comandante-geral da PSP).

No dia seguinte à inauguração o jornal "Diario de Lisbôa" escrevia:

«Uma sala pequena, quase circular. Tudo negro, quando se entra. Só um círculo branco nas costas das poltronas e o rectângulo do écran. O novo cinema, Estúdio Apolo 70 está sóbria e dominadoramente preparado para colocar o espectador na magia da sala escura. Porque nesse ambiente, nesse espaço infinito onde não se vêem as paredes, vão acontecer, estão a acontecer desde 27 de Maio, os fenómenos que transportam as pessoas ás regiões desérticas do Oeste (e em breve a outros mundos reais e irreais).
Ou seja, lisboa tem um novo cinema; pela primeira vez um cinema cuja programação é da responsabilidade de um crítico de cinema, quer dizer, de uma pessoa que ama o cinema e que os nossos leitores conhecem desde há muito: Lauro António. »




Fotogramas do foyer e sala, a partir do arquivo da RTP

«Quando abriu, era uma coisa por demais. Havia porteiros fardados, uma coisa fina. O chão era alcatifado e tinha de haver um bocadinho de restrição na entrada, porque as pessoas eram aos montes» recorda o sr. Joaquim Pinto, cabeleireiro e o mais antigo inquilino do centro.

O "Estúdio Apolo 70" localizado no primeiro piso do Drugstore, era uma excelente sala de cinema, com capacidade para trezentos espectadores. A exemplo do Drugstore também ela projetada pelo arquiteto Augusto Silva e decorada pelo pintor Paulo Guilherme. Foi equipada com uma aparelhagem Philips de projecção para 35 mm (ecrã normal e cinemascope). O filme de estreia foi "O Vale do Fugitivo" ("Tell Them Willie Boy Is Here") de Abraham Polonsky.



Aqui fica o parte do primeiro "programa" do Estúdio "Apolo 70", com um extenso artigo do conhecido crítico de cinema Lauro António (director/programador desta sala).




Lauro António em foto de 1978


Horários: Sessões aos dias de semana: 14:30 - 16:45 - 21:45; aos Sábados e Domingos: 14:30 - 16:45 - 19:00 - 21:15. Sessões especiais: Filmes em retrospectiva: 19:00 (de 2ª a 6ª feira) Meia-Noite Fantástica: 23:30 (Sábados) Manhãs Infantil: 11:00 (Domingos).

Preços: Tardes de semana: 15$00; Noites de semana: 25$00; Tardes e Noites de Sábados, Domingos, feriados e estreia: 30$00; Filmes em Retrospectiva: 15$00 (estudantes: 10$00); Meia Noite Fantástica: 20$00 e Manhã Infantil: 15$00 (crianças 7$50).

Esta sala vinha inserir-se num conjunto de outras que Pedro Caldas lembra: «O Londres era a casa de Bergman e Woody Allen estreavam-se sempre ali. Íamos ao Londres ver um tipo de cinema, e íamos ao Quarteto ver outro. Era uma década de fidelidades e de circuitos delineados. Alvalade, Avis, Éden, Odeón, Politeama ou Roma passavam cinema europeu, de terror ou popular; Castil, Condes, Império, Monumental, São Jorge, Star, Terminal, Tivoli, Vox tinham cinema popular ou de prestígio; Apolo 70, Cinebloco, Estúdio, Estúdio 444, Londres, Nimas, Quarteto, Satélite eram arte e ensaio.»


8 de Junho de 1972

Nota. à excepção das salas "Cinebloco", "Terminal", "Nimas", todas referidas no parágrafo anterior têm as suas histórias explanadas neste blog. Para mais fácil aceder, consultar a seguinte listagem: "Cinemas de Lisboa (1896-2011)" na barra de menús e clicar nos links respectivos.



O "Drugstore Apolo 70" revolucionou a forma como se ia às compras e ao cinema em Lisboa, neste último ao introduzir as sessões da meia-noite, que o seu programador Lauro António tinha experimentado dias antes noutra sala: o "Vox", nas traseiras do "Teatro Maria Matos", com o filme "Frankestein Criou a Mulher" - «uma sessão à meia-noite completamente esgotada, obrigando a, na mesma noite, fazer mais duas sessões já que o público se recusava a voltar para casa sem ver o filme.» 

Os preços mais baratos disponíveis para estas sessões, com o nome "As Meias-Noites Fantásticas", tornaram-se rapidamente um grande sucesso e um acontecimento na capital. O triunfo desta sala de cinema foi, decerto, ter Lauro António como programador, com os seus fantásticos desdobráveis (programas), repletos de comentários críticos aos filmes em exibição, que eram entregues aos espetadores, o que deixou de acontecer em meados dos anos 80 do século XX. 

Programa comemorativo do 1º aniversário do "Estúdio Apolo 70"

Para além de filmes em estreia o "Apolo 70" dinamizou o seu horário apresentando "Filmes em Retrospectiva", "Meia Noite Fantástica" (reservada ao terror, ao fantástico, à ficção científica e ao maravilhoso) e ainda "Manhãs Infantis", nas quais eram apresentados filmes para maiores de 6 anos.

A seguir ao "Drugstore Apolo 70" abriria o "Centro Comercial Castil", com a  sala de cinema exterior "Castil", em 1 de Novembro de 1973.

Se o "Centro Comercial Apolo 70"chegou aos nossos dias, e continua aberto ao público, o "Estúdio Apolo 70" encerrou definitivamente no final de 1990, tendo sido substituído por um restaurante.

Anúncio em 29 de Novembro de 1990 na véspera do encerramento definitivo do "Diario de Lisbôa"

Foto actual aquando dos seu 50º aniversário (in: revista "Visão")

fotos in: Hemeroteca Digital de LisboaArquivo Municipal de Lisboa, Estúdio Apolo 70