Restos de Colecção: fevereiro 2025

23 de fevereiro de 2025

Lanalgo

Os Armazéns "Lanalgo" , foram inaugurados em 14 de Dezembro de 1942 na Rua de Santa Justa, 42, em Lisboa. Eram propriedade de «três profissionais distintos e de comprovada experiência» Francisco Santos, Mário Araújo e António Marques Delfim.


A "Lanalgo" instalou-se no edifício onde tinha funcionado, no 1º andar, um armazém de fazendas e artigos de retrozaria, da firma "David Martins, Lda.", propriedade de um dos irmãos Martins do "Eduardo Martins & C.ª". Na loja de esquina com a Rua dos Correeiros, tinha funcionado a sapataria e chapelaria "Amazonas".


Edifício onde se instalaria a "Lanalgo"

Em 1945, o livro "Praça de Lisboa" escrevia as seguintes linhas, acerca deste estabelecimento:

«Dedicando-se ao comércio de tecidos e novidades para senhoras e homens, esta casa alcançou situação de apreciável relêvo na preferência do público de Lisboa e da pro
víncia porquanto, orientada com superior e seguro critério, não só timbrou sempre em bem servir a clientela com artigos de escolhida qualidade como, fugindo à rotina, pro-
curou dotar o seu vasto depósito com um sortido de fino gôsto.
Não se submetendo integralmente às leis da moda, decaída no domínio comum e, pelo contrário, colaborando na criação de modêlos originais que realcem a elegância feminina, Lanalgo, L.da, em sêdas e algodões, apresenta à sua clientela estampagens exclusivas que, por vezes, constituem os mais belos padrões de Lisboa.
Havendo ocupado dois amplos andares do edifício que da Rua de Santa Justa contorna para a Rua dos Correeiros, êste estabelecimento dispõe de magníficas e modernas
instalações para venda e depósito, sendo difícil deparar na Baixa casa que possua semelhante capacidade.
Aproveitando tal possibilidade, Lanalgo, L.da revestiu-se dum grande e excepcional sortido comprado directamente nas mais acreditadas origens nacionais e estrangeiras, a preços que lhe permite vender nas melhores condições. E assim as senhoras encontram ali uma variedade imensa de tecidos de tôdas as qualidades bem como os homens tem à sua disposição lotes incontáveis de fazendas que satisfazem tôdas as exigências.
Lanalgo, L.da, progride, e a sua clientela aumenta dia a dia, com ritmo crescente que significadamente traduz o lisonjeiro acolhimento que a casa mereceu. Dada a competência dos administradores e a lúcida visão comercial que revelaram nesta iniciativa, Lanalgo, L.da por certo atingirá no futuro ainda maior grau de prosperidade e de prestígio.»


Interiores da "Lanalgo" em 1945

Foi um dos grandes estabelecimentos comerciais da Baixa Pombalina, ombreando com a "Companhia dos Grandes Armazéns do Chiado", os "Armazéns Grandella & C.ª" e o "Eduardo Martins & C.ª". Era famoso o slogan publicitário, criado por Manuel Puga: «Três entradas para uma saída feliz». A "Lanalgo" era uma loja com portas de entrada nas ruas de Santa Justa, Correeiros e Prata. Ocupava metade de um quarteirão de 6 pisos que comportava 30 secções comerciais, e cerca de 400 empregados.


23 de Dezembro de 1943


Julho de 1944


 

1961

Em 27 de Maio de 1972 sofreu um grande incêndio. O jornal "Diario de Lisbôa", no dia seguinte relatava:

«... Todas as corporações da cidade e arredores combateram o sinistro durante oito horas. No edifício de cinco andares estava instalada também uma casa de armas e munições. Diversas explosões contribuiram para que o fogo, em determinada altura, assumisse proporções assustadoras. Bombeiros e alguns populares sofreram ferimentos. Os 400 empregados da Lanalgo estão agora, impossibilitados de continuar a sua actividade. Segundo informações colhidas no local, as causas do incêndio ainda não estão determinadas e os prejuízos elevam-se a muitos milhares de contos cobertos pelo seguro.»


Com os prejuízos a ascender a 70 mil contos (70 milhões de escudos), em 5 de Junho de 1972 a "Lanalgo" reabriria, apenas com o 1º andar em funcionamento, «aquele que menor dano sofreu no meio da avalanche de labaredas, água e cinzas.»

Reconstruídos os Armazéns "Lanalgo", no final do ano de 1972, eis que nos anos 80 do século XX, começam os problemas de outra ordem ...

«Mas nos anos 80 deram-se os actos de má gestão e, segundo os trabalhadores, de "desnatação". Mercadoria "saiu" sem o dinheiro ter entrado e pagou-se mercadorias que foram parar a outras empresas.
O descalabro da Lanalgo acabou por dividir a família proprietária Martins Fernandes. As dívidas ao fisco e a fornecedores avolumaram-se. A Lanalgo aderiu ao "Plano Mateus" (plano de regularização especial previsto pelo decreto-lei 124/96), mas entrou em incumprimento. No início de 1999, foi tentado um acordo de viabilidade com o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI). O imóvel foi então avaliado em cerca de cinco milhões de euros (um milhão de contos), mas de nada serviu. Havia já 96 credores, onze bancos e ainda os 1,6 milhões de euros (350 mil contos) de créditos dos trabalhadores. Devia-se ao Estado 1,38 milhões de euros (277 mil de contos) de IRC, IRS e IVA. No total, a dívida era 12,67 milhões de euros (2,542 milhões de contos). A queda era inevitável.» (*)



1974



Depois de episódios recambolescos, durante quase uma década, que não vou aqui relatar, o imóvel foi vendido em leilão realizado em 19 de Julho de 2005, pela quantia de 1 milhão e 733 mil de euros. A liquidação judicial da firma "Lanalgo, Lda.", ocorreu em 27 de Julho de 2010.

No lugar da "Lanalgo", instalou-se o "Hotel Santa Justa", de 4 estrelas e propriedade do espanhol "Grupo Preciados", que abriu oficialmente as suas portas, em 1 de Junho de 2013. 

"Hotel Santa Justa"

(*) - Artigo no jornal "Público": "Imóvel da Lanalgo ainda preso na Justiça" de João Rosa de Almeida          em 18 de Abril de 2008.

fotos in: Hemeroteca Digital de LisboaArquivo Municipal de LisboaBiblioteca Nacional Digital

16 de fevereiro de 2025

Cine-Teatro de Gaia

O "Cine-Teatro de Gaia" foi inaugurado em 28 de Dezembro de 1946, na Avenida da Republica, em Vila Nova de Gaia, tendo sido seu fundador Alberto Ferraz Carneiro, sócio gerente da "Sociedade do Cine-Parque da Avenida, Lda.". Em 20 de Fevereiro de 1945, tinha solicitado Câmara Municipal de Gaia a sua construção num terreno pertença da referida sociedade.



25 de Dezembro de 1946


27 de Dezembro de 1946

28 de Dezembro de 1946

O projecto de arquitectura foi entregue ao atelier "Gomes, Nogueira & C.ª, Lda." e obra de engenharia ficou a cargo do gabinete "Engenheiros Afonso Proença". A obra de carpintaria ficou a cargo de José Gomes da Silva, a de serralharia a Manuel Triaes, e os azulejos e mosaicos foram fornecidos pela "Fabrica de Cerâmica do Carvalhido".



Esta luxuosa sala de espectáculos tinha uma área coberta de 1 380 metros quadrados, equipada com aquecimento central e dotada de um equipamento de projecção da marca "Aga - Baltic", à data, de última geração. A sua lotação era de 1 090 lugares, podendo estendê-la até aos 1 200. Possuía um salão de festas, três bares, servindo a plateia, balcão e geral. Na sua construção foram gastos 6.800 contos (seis milhões e oitocentos mil escudos), que na actual moeda seriam: 33.858,00 €.



No mesmo terreno, já em 12 de Abril de 1924 era passado o alvará de exploração e funcionamento do "Teatro Cine-Parque d'Avenida", propriedade de Alvaro Alves de Carvalho, e edificado no gaveto da Avenida da República e da Rua do Parque da Avenida. Refira-se que Álvaro Carvalho era proprietário de uma quinta que confrontava as ruas Joaquim Nicolau de Almeida e Parque da República e, ainda, a Avenida da República. Em 10 de Outubro de 1933, a "Inspecção Geral dos Espectaculos" proibia o funcionamento desta sala de espectáculos, até nova vistoria. Álvaro A. Carvalho acaba então por vender o terreno em que se encontrava o “Teatro Cine-Parque d'Avenida” (que viria a ser demolido) a Alberto Ferraz Carneiro, para ali construir o "Cine-Teatro de Gaia", e lotear a restante área da quinta.

Em 27 de Dezembro de 1946 o jornal "O Comercio do Porto" acerca do "Cine-Teatro de Gaia" escrevia:

«E' amanha, 28, que Vila Nova de Gaia veste as suas melhores galas para solenisar o grande acontecimento, da inauguração do seu Cine--Teatro, situado na linda Avenida e que a vontade forte e o espirito desempoeirado de Alberto Ferraz Carneiro fez erguer, para engrandecimento do populoso concelho de Gaia.
Fizemos uma visita a este esplendido edificio e ficamos maravilhados com o que vimos.
Um edificio optimo em qualquer parte, de linhas arquitectónicas modernas e elegantes e com todos os requisitos duma casa de espectáculos, para servir a todos os géneros.
A' entrada, um vestibulo amplo, ladeado por duas bem lançadas escadas que dão acesso à galeria e geral, logo a seguir um lindo «hall». duma decoração em creme e ouro, com ricos lustres, emprestam ao ambiente o ar de entrada de palácio rico.
Corredores largos, cujas paredes emolduradas por bem dispostas montras, tem um aspecto de maravilha, com luz e conforto, só igualável nos grandes teatros, das grandes capitais.
Por duas escadas laterais, que partem do rico «hall», vamos dar ao balcão, lugar de honra da casa, onde vemos cómodas e confortáveis cadeiras, todas estofadas. Também neste andar, vemos largos corredores, montras, bar, «toilettes» e um rico salão de festas, duma grandesa e graciosidade que bem se aliam ao conjunto do magnifico edificio.
Entramos na sala e não escondemos a nossa admiração, pela forma como estão dispostos e divididos aqueles 1.200 lugares. Uma plateia com perfeita visibilidade, de confortáveis cadeiras, iluminada esplendidamente com um bem delineado candeeiro, com uma profusão de lampadas e que ocupa quase todo tecto.
A decoração de materiais modernos e côres discretas, num conjunto de superior beleza, tornam a sala dum agradável e duma comodidade a que estamos pouco habituados.
Não foi esquecido, pelo conhecimento do seu proprietário, o palco, que esta munido dum urdimento moderno e com uma teia que corresponde às exigências cénicas que modernamente se apresentam.
Os planos do palco, estão estudados convenientemente, a instalação eléctrica para todos os efeitos que requerem as mais complicadas montagens, os camarins de artistas e de conjuntos com instalações de água quente e fria «chauffage» e gabinete médico, dizem-nos que Alberto Ferraz Carneiro viu e estudou tudo, antes de meter ombros a tão grande empreendimento, que em tanto contribui para o engrandecimento de Vila Nova de Gaia, em favor de um Portugal melhor. Uma instalação magnifica de cabines cinematográficas, com uma aparelhagem do que há de mais moderno em transmissão de som, de alta fidelidade e uma excelente instalação de aquecimento, completam as modernas instalações do Cine-Teatro. (...) »

E, em 5 de Janeiro de 1947, o mesmo "O Comercio do Porto" escrevia de novo, enunciando outras informações:

«A localização foi criteriosamente escolhida, de maneira a tornar-se, desde já, tão acessível como é de desejar e chamar a si, no futuro, ainda maiores vantagens. Para os 130 mil habitantes de Vila Nova de Gaia, o Cine-Teatro está em situação de corresponder, de oferecer aquele ambiente de atracção e conforto, que hoje distingue os mais importantes teatros. Os capitais investidos nesta obra merecem compensação e certos estamos de que esta não faltará, em justificada prova de apreço a quem sou e emprega-los, de ânimo generoso e bem intencionado.
A linha do edifício - airoso e amplo-é encantadoramente simples, obediente a novas directrizes, que lhe dão graciosidade e desafogo. E se, exteriormente, o aspecto atrai, interiormente nada lhe falta para categoizá-lo. Proporções amplas, extensos e espaçosos corredores, em três pavimentos, três cómodos «bars», salões de restaurante e café, 25 montras, largas e bem iluminadas, para exposições, num pormenor interessantíssimo, tudo isto forma admirável conjunto. O público usufrui a regalia de lugares convidativos, com absoluta visão; as condicões de acústica são excelentes e a aparelhagem cinematográfica, adquirida na Suécia, é composta por duas moderníssimas máquinas de projecção, últimos modelos, para corrente de alta tensão. Nitidez total, óptima regulação de som - nada falta. Na parte referente aos artistas, em espectáculos de teatro - para os quais tudo foi previsto, em todas as modalidades, o palco tem 10 metros de fundo e 16 de boca - há uma dezena de camarins e dois quartos de banho completos. O corpo coral tem reservada ampla e iluminada quadra. Há, ainda, um posto médico, completo. A luz, no «hall», é fluorescente, e na sala de espectáculos, foi hàbilmente distribuída, em profusão. Paredes artisticamente decoradas, sobressaindo alguns motivos valiosos e um «panneaux» alegórico, de amplas dimensões. E, a completar, a instalação de aquecimento, distribuída por todo o edifício.
Como dados técnicos, diremos que o «écran», com 6 metros de alto e 7 de largo, é todo perfurado - uma novidade no nosso Pais, que protege a vista do espectador e permite maior e melhor sonoridade, além de total nitidez das imagens. Outro pormenor : os números e letras das cadeiras vão ser iluminados, o que facilitará, sensivelmente, a arrumação do publico. Com uma programação notável, que inclui filmes de escolha, a época afirma-se triunfal, em indispensável complemento desta importantíssima obra.
E' assim, numa descrição giobal, o Cine-Teatro de Gaia, moderna casa de espectáculos, que foi estudada e construída para corresponder a todas as exigências. (...)»


5 de Janeiro de 1947

 

Frente e verso do programa





5 de Março de 1947


Frente e verso do programa





Bilhete de 1972

O "Cine-Teatro de Gaia" viria a exibir o seu último filme "A Revolta dos Apaches" em Outubro de 1981, vindo a encerrar no final desse ano.


3 de Outubro de 1981

E no seu lugar, actualmente ...


9 de fevereiro de 2025

Farmácia e Drogaria Peninsular

A "Pharmacia e Drogaria Peninsular", propriedade da firma "José Pereira Bastos & C.ª", foi inaugurada em 15 de Agosto de 1892, na esquina da Rua Augusta, 39-41 com a Rua de S. Julião 124-130, em Lisboa. De referir que José Pereira Bastos já em 1882 era único sócio de uma drogaria na Travessa da Victoria nº 8, que girava sob a firma "Bastos & Palmeiro". A drogaria na Rua Augusta 39-41 já tinha sido inaugurada em 1885 e girava sob a firma "Bastos & Rosa" constituída por João Luiz da Rosa e José Pereira Bastos. Em 20 de Abril de 1886 João Luiz da Rosa cede a sua quota a José Pereira Bastos ficando este como único proprietário da firma. 

Pelo que em 1892, com a inauguração da farmácia na Rua de S. Julião 124-130 resultou a união desta com a drogaria. A firma "José Pereira Bastos & C.ª" era constituída pelos sócios José Pereira Bastos e José Gomes Louro.


15 de Agosto de 1892


28 de Agosto de 1892

Na véspera da inauguração o jornal "Diário Illustrado" dava nota:

«A'manhã é inaugurada uma nova pharmacia na rua de S. Julião, annexa a Drogaria Peninsular.
Vimos hontem este estabelecimento, que além de estar montado com primoroso aceio, tem um completo e escrupuloso sortimento de todos os generos de pharmacia.
O nosso amigo e sr. José Pereira Bastos, proprietario d'aquelles dois estabelecimentos, tem a dirigir a pharmacia distinctos pharmaceuticos.»

Acerca deste novo estabelecimento o jornal "Folha de Lisboa" escrevia, a propósito, em 4 de Março de 1894:

«Se pela vastidão e luxo d'um estabelecimento tivessemos de aferir a importancia d'mi estabelecimento d'aquella ordem, diríamos sem mais exame, que era aquelle o primeiro do seu gênero em Lisboa. Mas temos melhores dados de que esses para poder afirma-lo. E' o movimento d'aquella importante casa: a nota que nos foi dada do seu importantíssimo fornecimento, da extraordinaria variedade dos seus productos, no meio da qual se encontram não so todos aquelles que poderemos achar em todas as casas suas congeneres, mas muitas outros que lhe são privativos.


Ambos de 4 de Março de 1894

Um estabelecimento completo; pharmacia e drogaria no pavimento inferior, e consultorio no andar nobre, tendo serviço permanente, e consulias gratis aos pobres, a cargo dos distinctos clinicos os srs drs. Craveiro Lopes, Narciso Alberto de Sousa, Bettencourt Ferreira e Alvaro da Fonseca.
Na pharmacia ha, entre outros ns seguintes medicamentos ali preparados: Xarope potybromado, elixir polibromado, Xarope de codeina e Tolu, cigarras anti asthmaticos, Xarope de brometa de potassio (segundo Larose), Xarope de Boutigny. pilulas de protoiodeto de ferro (segundo Blancard).
A fama dl'estes preparados e grande, não se circunscrevendo ao paiz, porque ha encomendas .dla estrangeiro. Esta nota basta, cremos, para dar toda a ideia da sua importancia. (…)
Vão se pode dizer que a pharmacia e a drogaria não estivessem ja commercialmente bem representadas antes da inauguração da casa a que nos estamos referindo, seria ate uma das especialidades do commercio e da industria superabundante de estabelecimentos luxuosos e bem sortidos. Isto significa apenas que para a Pharmacia e Drogaria Peninsular por tal forma ter sobressaído a ponto de ser hoje apontado como estabelecimento de grande superioridade, mister se tornam umas condições especiaes, que na veridade ali se encontram e que dificilmente se poderão achar em outra casa de tal genero.»

Pouco tempo mais tarde, por volta de 1909 seria constituída a firma "J. P. Bastos & C.ª " formada pelos sócios José Pereira Bastos, João Cró Pinto Martins e João Moraes Carvela.


1909


10 de Agosto de 1909


27 de Janeiro de 1913

De referir que este estabelecimento foi, inicialmente depósito das "Águas de S. Vicente" das "Termas de Entre-os-Rios". 

Viria, também a ser depósito das águas minero-medicinais da fonte "Salus" da estância termal de Vidago e Pedras Salgadas, em Lisboa, a partir da segunda década do século XX.. A empresa concessionária destas águas "Bastos, Azeredo & C.ª" (da qual José Pereira Bastos era sócio) viria a instalar-se, nos primeiro, segundo e terceiro pisos do edifício (também propriedade de José Pereira Bastos) onde se encontrava a "Pharmacia e Drogaria Peninsular", até ao seu encerramento nos finais dos anos 20 do século XX. 

"Pharmacia e Drogaria Peninsular" com a publicidade às águas de Vidago

1915

30 de Junho de 1913

Entretanto em 4 de Fevereiro de 1900: «Por escriptura, com data de 31 de dezembro de 1900, esarada nas notas do notario de Lisboa, Emygdio José da Silva, additada pela de 5 de janeiro d'este anno, dissolveu se a sociedade que entre si tinham os abaixo assignados, sob a firma José Pereira Bastos & C.a, ficando pertencendo todo o activo e passivo da mesma sociedade, que era constiuida na drogaria da rua Augusta nos 39 e 41, e 124 a 130 para a rua de S. Julião, ao socio José Pereira Bastos, unica e exelusivamente com a faculdade de continuar a gerir, sob a mesma firma, o commercio do mesmo estabelecimento.
O que assim fazem publico.
Lisboa. 4 de fevereiro de 1901 .= José Pereira Bastos - José Gomes Louro »



27 de Fevereiro de 1926

No lugar da "Pharmacia e Drogaria Peninsular", instalar-se-ia, a partir de 1929, o stand dos agentes oficiais dos automóveis americanos "Ford" e "Lincoln", a "Auto-Aero, Lda.".