Tudo terá começado em 1836, altura em que foi fundada em Lisboa a Fábrica de Cerveja da Trindade, instalada na Rua da Trindade. A esta, várias outras se seguiram, propiciando um clima de grande concorrência entre as pequenas empresas produtoras de cerveja.
Cervejaria “Leão d’Ouro”, em Lisboa em 1865
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1899
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Fábrica de Cervejas Trindade em 1949 Carro de distribuição Cerveja Jansen, fornecedor da casa real
À data da 1ª Guerra Mundial, existiam 5 fábricas de cerveja no continente português: três em Lisboa, duas no Porto. A “Companhia União Fabril Portuense” foi constituída em 1889, na sequência da fusão de 7 pequenos produtores de cerveja da cidade do Porto. Explorava as duas fábricas existentes nessa cidade: a fábrica da Piedade, que seria o estabelecimento fabril de um dos participantes na fusão e, no qual se terá centralizado a produção da nova empresa, e a fábrica do Leão, que entrou em funcionamento já em 1914.
Na cidade de Lisboa existiam três empresas cervejeiras, cada uma explorando uma fábrica: a “Jansen”, a “Estrela” e a “Portugália”. Tratavam-se de fábricas montadas durante o século XIX que, à data da 1ª Guerra Mundial, teriam dimensão inferior à sua congénere do norte de Portugal. Na zona centro, só se atingiu uma maior concentração empresarial com a formação da “Sociedade Central de Cervejas”, em 1934; sendo que ela iria reunir as três fábricas de Lisboa e uma outra localizada em Coimbra.
Fábrica de Cerveja Portugália Título de 10 acções, de 1946
Quase um século depois, mais propriamente em 1934, nascia a Sociedade Central de Cervejas (SCC), fruto da associação da Companhia Produtora de Malte e Cerveja Portugália, da Companhia de Cervejas Estrela, da Companhia da Fábrica de Cerveja Jansen e da Companhia de Cervejas de Coimbra
Fábrica de Cerveja Germana na rua de Arroios, em Lisboa no ano de 1908
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Fábrica de cerveja Estrela na Avenida Sacadura Cabral ao Campo Pequeno, em 1970
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Em 1968 começa a produção na fábrica de Vialonga, a maior unidade fabril do país dedicada à produção de cerveja, garantindo a cobertura total dos mercados interno e externo. A nova fábrica, inaugurada a 22 de Junho, representou um investimento de 360 mil contos e tinha capacidade para produzir 110 milhões de litros de cerveja, 21 milhões de litros de refrigerantes e 50 mil toneladas de malte.
Em 1975 a Sociedade Central de Cervejas é nacionalizada e da restruturação deste sector nascem 2 grandes grupos: a Centralcer – Central de Cervejas EP, englobando a Sociedade Central de Cervejas e a Cergal, e a Unicer que falarei no fim.
Sociedade Central de Cervejas, em Vialonga
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Marcas de cervejas criadas pela Companhia de Cervejas de Coimbra.
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São fundadas a Copeja, em Santarém, onde é produzida a marca Clok, e a Marina fabricada na Fábrica Imperial, em Loulé.
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Cerveja Laurentina fundada em 1932 em Moçambique, CUCA - "Companhia União de Cervejas de Angola, Sarl", participada pela SCC – Sociedade Central de Cervejas e pela CUFP - "Companhia União Fabril Portuense" em Angola.
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A Skol produzida pela SCC sob licença. O nome Skol deriva da palavra sueca Skal (que se pronuncia Skol). Significa em Inglês "Cheers"
A marca Sagres foi criada em 1940 por altura da Exposição do Mundo Português. Em 1941 criaria a Imperial uma marca que ainda hoje é sinónimo de cerveja em barril e servida a copo. De referir que o slogan “Cerveja Sagres a sede que se deseja” foi criado por José Carlos Ary dos Santos.
Cerca do final do século, em 1890, as sete fábricas existentes no Porto foram integradas numa única Empresa, a “CUFP - Companhia União Fabril Portuense de Cerveja e Bebidas Refrigerantes - S.A.R.L.”, que se manteve em laboração até finais de 1977, ou seja, por quase um século. A empresa foi o resultado da fusão de sete fábricas de cerveja, 6 do Porto e uma de Ponte da Barca. Eram elas: Fábrica da Piedade, Fábrica do Mello, M. Achvek & Cia., J.J. Chentrino &Cia, J.J. Persival & Cia e M. Schereck e a Fábrica de Ponte da Barca.
1890
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“CUFP - Companhia União Fabril Portuense de Cerveja e Bebidas Refrigerantes - S.A.R.L.”
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Nos anos 50 comercializava as marcas: Cristal, Super Bock, Invicta Negra, Invicta Cola, Além-Mar e Zirta.
Esta veio a constituir a Unicer - União Cervejeira, E.P., resultado da fusão da CUFP (Leça do Balio) com a COPEJA (Santarém) e com a IMPERIAL (Loulé) e ainda com a RICAL (fábrica de refrigerantes de Sta. Iria da Azóia). Esta nova sociedade ficou sediada nas instalações da ex-CUFP, em Leça do Balio.
Instalações em 1904 na Rua Júlio Diniz, e publicidade às suas cervejas: Cristal e Além-Mar
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Remonta a 1872 a primeira fábrica de cerveja da Madeira, pela iniciativa de Henry Price Miles, cabendo a João Melo Abreu idêntica diligência, em 1892, nos Açores. Estas fábricas estão na origem das que, actualmente, laboram naquelas regiões autónomas, a Empresa de Cervejas da Madeira,Lda.e sua cerveja “Coral” e a Fábrica de Cervejas e Refrigerantes João de Melo Abreu, Lda. esta última comercialza a “Melo Abreu Especial” e a “Melo Abreu Munich”.
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fotos in: Hemeroteca Digital, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Arquivo Municipal de Lisboa