1906 … … 1920
- Início
- Índices Alfabéticos
- e-Books - (Livros)
- Cinema e Teatro
- Dados Históricos
- Estatísticas Blog
- Contacto
30 de dezembro de 2010
29 de dezembro de 2010
Garagem “O Comércio do Porto”
Quando foi terminada a instalação da sede do jornal "O Comércio do Porto", na Avenida dos Aliados e contíguo a este, pensou-se no aproveitamento do terreno sobrante, sendo resolvido utiliza-lo de forma a que um dia viesse a servir de expansão das actuais instalações. Foi então tomada a iniciativa de construir um edifício de sete pisos, sendo quatro deles destinados a garagem, e os três restantes destinados a quarenta e cinco escritórios de aluguer, ligados por uma escada helicoidal.
O edifício da “Garagem O Comércio do Porto" propriedade da empresa do jornal “O Comércio do Porto” foi projectado pelo arquitecto Rogério de Azevedo e construído entre 1928 e 1932. Está localizada num gaveto da praça Dona Filipa de Lencastre, encostado ao edifício sede do mesmo jornal que se volta para a Avenida dos Aliados, no Porto.
Edifícios do Jornal e Garagem de “O Comércio do Porto”
Embora apresentando soluções formais e estilísticas bastante diferentes, os dois edifícios foram projectados pelo mesmo arquitecto Rogério de Azevedo. «De facto, o edifício do Comércio do Porto sintetiza as referências Beaux Arts contidas em algumas das grandes construções deste monumental espaço público, articulando-as com a sintaxe arte déco que conhecia nessa altura grande divulgação na cidade».
Inicialmente sobre as portas de entrada da Garagem, aproveitando uma grande superfície de parede, foi desenhado em parcelas, o mapa das estradas de Portugal elaborado com pequenas pedras escuras, anos mais tarde retirados por motivos óbvios.
A Garagem desenvolve-se em vários pisos, ligados por uma rampa helicoidal
Os andares superiores eram ocupados por escritórios e habitação, possuindo entradas independentes
Fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
O edifício é composto por sete pisos, ou seja, cave, rés-do-chão, quatro andares e mansarda. A Garagem ocupou a cave, rés-do-chão e os três primeiros andares destinados a recolha de automóveis, que se comunicam por uma rampa rodoviária, por escadas e ascensores. O quarto andar e a mansarda, viriam a ser ocupados por quarenta e cinco escritórios, como já foi referido no início.
Na cave, que também servia para recolha de automóveis, instalou-se uma oficina de reparações automóvel, recinto de lavagem de carros, lubrificação e dependências para guarda de recipientes com óleo e lubrificantes. O acesso dos carros necessitados de reparação era feito por monta-cargas, e os restantes por meio de rampa.
Postais publicitários
No verso destes postais podia-se ler: «em esplendidos recintos fechados, serviço especial de lavagens, lubrificações, modelar assistência eléctrica, cabines, telefone do Estado e da Companhia».
Postal publicitário
23 de dezembro de 2010
22 de dezembro de 2010
“Carrosserie” de um Automóvel em 1912
Num artigo da Revista Ilustração Portuguesa, de Fevereiro de 1912, ficamos a saber como era construída uma “Carrosserie” de um automóvel no ano de 1912.
fotos in.: Hemeroteca Digital
21 de dezembro de 2010
Alguns Stands de Automóveis
Cogel - Soc. de Comércio Geral, Lda. Soc. Portuguesa de Automóveis, Lda.
Ford Lusitana Sorel
Consórcio Imperial de Automóveis, Lda. General Motors
20 de dezembro de 2010
Empresas de Navegação a Vapor
As companhias de navegação portuguesas nasceram no século XIX, impulsionadas pela massificação da máquina a vapor, vivendo o seu apogeu e declínio no século XX. As primeiras grandes companhias de navegação nascem em Portugal no século XIX.
As viagens marítimas, entre Lisboa e Porto, tiveram o seu início com a aquisição do primeiro navio a vapor português o “Lusitânia” em 1821 com o navio Lusitânia. Foi aquirido pela empresa ‘João Baptista Ângelo da Costa & Cª ‘, mas essa carreira foi suspensa em 1823, após um naufrágio em 1823 junto a Ericeira.
Em 1825 um novo vapor é adquirido, pelo mesmo proprietário, denominado “Restaurador Lusitano” retomando as viagens entre Lisboa e Porto.
foto in: Do Porto e não só
O “Restaurador Lusitano” naufragou a 11 de Setembro de 1832, quando se dirigia para o Porto ao serviço de D. Miguel durante a Guerra Civil.
No ano de 1821 o “Conde de Palmella” , construída em Liverpool, e propriedade da empresa ‘João Baptista Ângelo da Costa & Cª ‘, foi o primeiro vapor a navegar no rio Tejo. A sua viagem inaugural aconteceu a 27 de Janeiro de 1821. Para essa viagem histórica, entre Lisboa e Santarém, cada passageiro pagava 480 réis até Vila Franca e 960 réis até Alqueidão.
Em 1838 o primeiro de cinco vapores, a pás e com casco em aço, chegaram de Inglaterra, onde tinham sido encomendados. Foram eles o ”Tejo” de 112 tons., o “Sartórios” de 117 tons., “D. Pedro”, “Infante D. Henrique” e “Viriato”.
Estes vapores eram pertença da ‘Companhia do Tejo e Sado’, mudando de designação para: ‘Companhia de Navegação do Tejo por Barcos Movidos por Vapor’. Esta companhia adquiriu o “Almansor” (78 tons) e o “Camões” (58 tons), construídos em Newcastle em 1853 e 1855 respectivamente. esta companhia faliu em 1868. Em 1860 Frederico Burnay fundou a ‘Vapores Lisbonenses’ e criou uma frota de modo a fazer ligações entre Lisboa, Cacilhas, Seixal, Aldeia Galega (Montijo), Trafaria e Cascais. A partir de 1888 esta frota de vapores passou para a ‘Frederico Burnay Sucessores’ antes de ser adquirida pela ‘Parceria dos Vapores Lisbonenses’, em 1899.
‘Parceria dos Vapores Lisbonenses’
Título da ‘Empreza Portuense de Navegação por Vapor’ e um bilhete de viagem Porto-Lisboa, de 1847.
A ‘Companhia de Navegação a Vapor Luso-Brasileira’ é criada em Outubro de 1852, devido ao crescimento da emigração de portugueses para o o Brasil. Foi seu fundador Joaquim Pinto Leite, financiado pela firma Pinto Leite & Brother, do Porto, em conjunto com uma sociedade de investidores residentes em Portugal e no Brasil. Teve ao seu serviço dois vapores: “Donna Maria Segunda” (1853-1859) de 1.534 tons e capacidade para 406 passageiros e “Dom Pedro Segundo” (1855-1857) de 1.519 tons e capacidade para 406 passageiros. Encerrou por motivo de falência em 1957. Até então e a partir de 1851 eram os navios da ‘Mala Real Inglesa’ que garantiam as ligações a vapor entre Portugal e o Brasil.
fotos anteriores in: Galeria de Christian Gollnick
Um exemplo de um paquete a vapor de 1889: o paquete “Loanda’”, pertença da companhia ‘Mala Real Portugueza’ (1891-1903)
Paquete “Loanda”
Conhecimento de carga do navio “Ambaca”, em 1905
No início do século XX , apenas duas, a ‘Empresa Insulana de Navegação’ e a ‘Empresa Nacional de Navegação’ subsistem, dividindo entre si a posse de uma pequena frota mercante.
Reflectindo um período de maior estabilidade na navegação a vapor em Portugal, foi criada em Ponta Delgada em 1871, a ‘Empresa Insulana de Navegação’ (EIN), a primeira a desenvolver a sua actividade por um longo período (1871-1974). No início a empresa possuía dois vapores, o "Insulano" (de 877 toneladas de arqueação bruta e lotação de 186 passageiros) e o "Atlântico" (de 1032 toneladas de arqueação bruta e lotação de 110 passageiros) que se destinavam às ligações marítimas entre as ilhas do arquipélago.
Após a perda destes navios a empresa adquiriu os paquetes "Funchal I" e "Açor", considerados muito modernos para a época, e o "Benguella" que iniciou em 1885 o serviço transatlântico - Lisboa, Cádis, Boston e Nova Iorque, fazendo escala nos Açores.
Só nos finais dos anos 40 início dos anos 50, começaram a chegar a Portugal, navios equipados com propulsão diesel:
Em 1946 a CCN - ‘Companhia Colonial de Navegação‘(1922-1974), recebe o 1º navio a propulsão diesel o navio de carga e passageiros “Benguela” (1946-1974). Máquina: 1 motor diesel de 6 cilindros a 2 tempos ‘Burmeister & Wain’, modelo 674VTF, número 363, com 5.400 bhp a 105 rpm; Velocidade: 13 nós (atingindo15.45 nós de velocidade máxima).
O primeiro paquete de passageiros desta companhia com propulsão a diesel foi o “Uíge” em 1954. Máquina: 1 motor diesel Burmeister & Wain nº. 6410, tipo 874VTF-140, de 8 cilindros a 2 tempos, com 6 850 bhp a 125 rpm, 1 hélice. Velocidade: 16 nós. Passageiros: 571 (78 em 1ª classe., 493 em turística). Tripulantes: 150
“Benguela” (1946-1974) “Uíge” (1954-1978)
Noutros artigos com a etiqueta “barcos”, poderão ser vistos paquetes, navios de pesca, rebocadores, etc a vapor.
18 de dezembro de 2010
O Telefone em Portugal (3)
Na sequência do post de 5 de Junho de 2010 com o título “O Telefone em Portugal … (1)”, na qual fiz uma breve resenha histórica da introdução do telefone em Portugal, e do post de 5 de Novembro de 2010, publico mais umas fotos alusivas ao assunto.
Carro de apoio técnico Telefonistas
Serviço de transportes Sala de experiências na Rua da Trindade
fotos in: Fundação Portuguesa das Comunicações