Restos de Colecção: Ed. Ferreirinha & Irmão - EFI

1 de novembro de 2023

Ed. Ferreirinha & Irmão - EFI

A empresa "Ed. Ferreirinha & Irmão" foi constituída em 11 de Setembro de 1929 (apesar de já laborarem desde 1925), na cidade do Porto, por Eduardo Ferreirinha e seu irmão Jorge Ferreirinha, e localizada na Rua da Boa Nova, 125. Além destas instalações mantinham outras localizadas na cidade da Trofa, onde era feito o trabalho de fundição, na "Feruni - Sociedade de Fundição, Lda.". A sua finalidade era funcionar como oficina de preparação e modificação de carros de desporto.


Eduardo Ferreirinha

Eduardo Ferreirinha e seu "Ford" A, à esquerda na foto


Localização da "Ed. Ferreirinha & Irmão", bem perto do "Palácio de Cristal Portuense"

Os irmãos Ferreirinha eram filhos do «extincto automobilista Ex.mo Snr. Benedicto Fcrreirinha, que foi, por assim dizer, quem ajudou o automovel a dar os primeiros passos em Portugal - mas especialmente no Norte - e sempre acompanhou, com a máxima atenção e carinho, o seu desenvolvimento.
Mecanico distinto e sabedor, era o Snr. Ferreirinha o conductor dos dois primeiros carros que entraram na cidade do Porto, todos os dias chamado aqui e além, onde era necessario alguem que soubesse reparar uma avaria, remover uma dificuldade.
Foi ele quem primeiro em Portugal se abalançou a construir um carro, ainda que com motor estrangeiro, tendo concebido e executado um - cujo esqueleto ainda hoje se pode vêr na garage do Snr. João Garrido Junior - que por gracejo, recebeu dos automobilistas da época o nome de "Cama de Ferro".
Benedicto Ferreirinha, fulgurante paladino do automobilismo na nossa terra, faleceu em 6 de Setembro de 1920, deixando filhos, bons continuadores da sua obra.» in: revista "Guiauto Ilustrado", de 31 de Outubro de 1929.


Benedicto Ferreirinha (?-1920)

Com a sua "Empreza Automobilista do Porto" na rua de S. Lázaro, na cidade do Porto, Benedicto Ferreirinha representou, entre 1905 e 1910, as marcas: "Rochet Schneider", "F.N.", "Scheibler", "Mercedes" e "Darracq".


1 de Setembro de 1908

«Foi, de facto, Ferreirinha quem montou em público a primeira bicicleta automóvel de motor a incandescência (Petrolea) importada por João Garrido em Julho de 1895!» in: "Guiauto Ilustrado" de Outubro de 1929.
E que com ela ... «Velódromo das Devezas. (,,,) 9ª Corrida (original), 10:000 metros; record em bicicleta com motor a petróleo pelo Sr. Benedito Ferreirinha. Esta máquina, que foi a primeira que se apresentou em público, deu 50 voltas, percorrendo 10:000 metros em 17 minutos e 1 segundo.» in: "O Velocipedista" de 1 de Setembro, 1895.

Benedicto Ferreirinha participou, na primeira prova automobilística de estrada em Portugal, ligando a Figueira da Foz a Lisboa (Campo Grande), a "Corrida Figueira - Lisboa" e que se realizou em 27 de Outubro de 1902. Participou, e chegou em 4º lugar, com um automóvel "Bolide" de 2 lugares com 1.500 Kilos e 30 Hp de potência. Benedicto correu Na qualidade de mecânico, em representação de João Garrido que viria a inaugurar a "Auto-Palace", no Porto em 1904.

«A 27 de Outubro de 1902, a primeira prova de estrada: Figueira da Foz-Lisboa. Estava marcada para um domingo, teve de ser a uma segunda-feira, O Século explicou porquê: «Seria difícil policiar as estradas e as vilas do percurso por domingo ser dia em que há mercado em muitas das povoações que os automóveis têm de atravessar - e com isso se poder causar algum tumulto, confusões». Coube a Zeferino Cândido, director de A Época a ideia de fundar um clube de automobilistas. Anselmo de Sousa, Álvaro de Lacerda, Carlos Calixto, Júlio de Oliveira, Eduardo Noronha e Henrique Anachoreta – juntaram-se no desejo e numa reunião na redacção do seu jornal saltou a ideia de organizar uma grande prova de motos e automóveis que marcasse o seu ponto de partida. As taxas de inscrição eram de 10.000 réis para os automóveis e 5.000 reis para as motos e os concorrentes que partiram do largo fronteiro à sede do Ginásio Clube Figueirense não podiam atravessar lugares povoados a mais de 10 quilómetros à hora. 14 foram os «chauffeurs» inscritos: Benedicto Ferreirinha (Bolide), H. S. Abbot (Locomobile), S. Camargo (Locomobile), Eugénio de Aguiar (moto Werner), A. Martins (Clement), Giuseppe Bordino (Fiat), António Paula de Oliveira (moto Buchet), Francisco Martinho (Richard), Baptista (moto Heresta), Afonso de Barros (Darracq), Trigueiros de Martel (moto Werner), Dr. Tavares de Melo (Darracq), José Bento Pessoa, o recordista mundial de ciclismo (moto Werner), e o francês Edmond (Darracq).» in: blog "Clube de História de Valpaços".

«No último troço, que ligava Vila Franca até ao Campo Grande, ainda sucederiam inúmeros problemas aos concorrentes. Foi aqui, entre Alhandra e Sacavém, que Benedito Ferreirinha viu fugir-lhe a possibilidade de se ver classificado na corrida pois uma avaria mecânica obrigou-o a perder muito tempo. (...)
Sem contar com o piloto profissional da Darracq, dos seis que chegaram a Lisboa, Benedito Ferreirinha, Francisco Martinho e Abbott terminaram para além do limite imposto pelo Regulamento, pelo que apenas três concorrentes foram oficialmente classificados.» in: "A Implantação do Automóvel em Portugal (1895-1910)" de José Carlos Barros Rodrigues.


"Corrida Figueira - Lisboa" em 1902


Quanto ao início da "Ed. Ferreirinha & Irmão", nada melhor que publicar um artigo escrito pela revista "Guiauto" de 31 de Outubro de 1929, ano da sua fundação como firma.


31 de Outubro de 1929


31 de Outubro de 1929


17 de Julho de 1934

Em 1936, Manuel Menéres - concessionário "Ford" para o Porto com o seu "Palácio Ford", na Avenida dos Aliados - e Ferreirinha construíram juntos três automóveis de corrida, usaram como base um "Ford" com a carroceria modificada e motores V-8 0-km equipados com preparação de época fornecida pela EFI e outras empresas do ramo. Foram chamados a princípio de "Ford Especial V8". Como eram feitos especialmente para as corridas não tinham pára-lamas, nem porta e traziam na carroceria os números 1, 2 ou 3 seguindo como ordem a fabricação, sorteados. O primeiro exemplar ficou com Manoel de Oliveira (1908-2015) que era piloto e, paralelamente, actor de cinema e cineasta. O terceiro carro foi para Eduardo Ferreirinha. O trio de veículos formou uma equipe que participou das principais provas do automobilismo lusitano da época, ainda sem batismo, os carros eram chamados de "Ford Especial V8".


Eduardo Ferreirinha e Ford Especial V8 nº 3, com Gilles Holroyd (nº 2) e Manoel de Oliveira (nº 1) ao fundo, em 1936 nas oficinas do "Palácio Ford", na Rua do Heroísmo no Porto


Manoel de Oliveira (nº 1) e Gilles Holroyd (nº 2) nas oficinas do "Palácio Ford" de Manuel Menéres


Ford Especial V8 nº 1, de Manoel de Oliveira no "V Circuito Internacional de Vila Real" em 1937


No ano seguinte, 1937, usando o aprendizado dos carros de corrida e com a pretensão de criar um automóvel verdadeiramente português, Manuel Menéres, usando sua visão de marketing, deu a Eduardo Ferreirinha autonomia para desenvolver e dar nome ao novo veículo, "EDFOR", sendo ED de Eduardo e FOR de Ford.

A carroceria do tipo “torpedo” com apenas dois lugares, como um carro de corridas deveria ser, era feita em alumínio. Isso lhe conferia leveza, era de apenas 150 kg, no total o carro pesava 970 kg, para a época um “peso-pena”! O motor era produzido pela EFI, um V-8 de 3.620 cm³ e 90 cv, atingindo uma velocidade máxima de 160 km/h. A suspensão possibilitava a regulagem da geometria pelo lado de dentro do habitáculo, isso permitia que o carro fosse acertado em pouco tempo nos boxes, pelo próprio piloto – que se tivesse coragem suficiente poderia fazer também enquanto guiava.




O lançamento oficial do automóvel foi no "XI Salão Automóvel do Porto", que decorreu entre 10 e 18 de Abril de 1937, e foi comentado até pela imprensa internacional. Nas mãos de pilotos habilidosos participou de corridas e pelo olhar apurado de Manoel de Oliveira transformou-se no astro principal de numa curta-metragem, de onze minutos, intitulada: "Já se Fabricam Automóveis em Portugal", produzida em 1938, exaltando a bela criação de Eduardo Ferreirinha.



«As pessoas olhavam com simpatia o belo automóvel nacional, aplaudiam a iniciativa, mas continuavam a comprar os veículos importados. Por essa razão, apenas duas viaturas Edfor foram oficialmente registadas no mercado nacional, uma em 1937 – a que esteve presente no Salão do Porto – e outra em 1939, embora Eduardo Ferreirinha refira explicitamente que foram produzidas quatro unidades. As outras duas, com grande probabilidade, devem ter utilizado os chassis – e as matrículas – das viaturas de competição. (...)
Embora não estivesse nos seus planos iniciais, a falta de contactos comerciais deverá ter levado Eduardo Ferreirinha ao seu baptismo de competição, no Circuito de Vila Real de 1937, destinado apenas à categoria Sport. O Edfor dominou a corrida mas uma pequena avaria – o selector da alavanca de velocidades soltou-se não sendo possível usar a caixa – relegou o automóvel nacional de uma vitória quase certa. Depois, o piloto do Porto ainda participou, em 1938, na Rampa de S. Miguel-o-Anjo, obtendo a 2ª posição absoluta, atrás do BMW 328 de Manuel Nunes dos Santos – que seria o Campeão Nacional de Rampas nesse ano – e venderia o automóvel a Amadeu Seabra, um automobilista habitual cliente das provas da regularidade e que participaria em alguns Ralis entre 1939 e 1940. A II Guerra Mundial veio acabar de vez com as eventuais esperanças de consolidar a produção em pequena série do Edfor e o automóvel acabou no esquecimento geral.» in: "Indústria Automóvel Portuguesa * EDFOR Grand Sport V8" de José Barros Rodrigues.


"EDFOR" no "Circuito de Vila Real" em 1937


Eduardo Ferreirinha na "Prova de Estrada ACP" 1938


Frente do automóvel "EDFOR" no poster do XII Salão Automóvel, de 1939

A ideia inicial de produção em série ficou no sonho, apenas quatro unidades foram verdadeiramente produzidas e finalizadas, uma delas ainda existe e foi totalmente restaurada em Portugal. O seu preço era de 55.000$00 (273,85€) . Um "Ford" V8 60 HP custava 24.400$00 (136.43 €), só para exemplificar.


Gravura gentilmente cedida por João Saldanha

Eis o estado em que ficou o "EDFOR" tão carinhosamente construído por Eduardo Ferreirinha depois do acidente que sofreu durante o "Rallye Internacional de Lisboa" de 1947, quando era tripulado por Augusto Madureira. O carro foi dado como irrecuperável e não voltaria aos circuitos. Apenas a matrícula voltou numa reconstrução do chassis com carroçaria look "Allard". Esta informação e foto in: blog "Os Heróis".


1947


Augusto Madureira ao volante do primeiro Edfor (RP-10-30) à partida para o "Rali Internacional de Lisboa", onde viria a sofrer o acidente

Entretanto, a casa "Ed. Ferreirinha& Irmão", tornou-se em poucos anos, uma grande casa especializada na indústria de automóveis. «A casa Ed. Ferreirinha & Irmão é a casa da confiança de todos os automobilistas, e os acessórios ali fabricados prestigiam e honram a nossa indústria.»

Um pequena resenha da sua actividade industrial nas primeiras décadas da sua existência: em 1927, importou o primeiro aparelho para rectificar cilindros; em 1929 a primeira máquina "Universal" para o broqueamento dos apoios dos cárters em linha; em 1930, pela primeira vez em Portugal, a liga especial de alumínio, para pistões e introduziram a fundição destas peças em «fôrmas de ferro»; em 1932 apresentaram no VII Salão Automóvel do Porto, o pistão «Não dilato», patente Ferreirinha, que mereceu os maiores louvores de nacionais e estrangeiros; em 1933, introduziram em Portugal a indústria da fabricação de seguementos em série; em 1934 importaram a primeira máquina especial "Kwikway", para rectificação exterior cilíndrica e oval de pistões e outras peças e a primeira máquina de rectificar cilindros de alta velocidade; em 1935, a firma adquiriu uma máquina "Tensometers" - primeira máquina completa, existente em Portugal - para ensaiar materiais; em 1936, a primeira máquina "Universal" - única existente no país - para rectificação de cambotas; em 1937, comprou a uma das principais fábricas europeias, por elevado preço, a licença para a Fundição Individual - um a um - de segmento, tendo estagiado na referida fábrica; em 1937, construiu dois automóveis "Edford" que falarei em seguida; em 1938 instalou o primeiro laboratório para análises químicas e metalográficas do ferro no Norte do País; em 1938, adquiriu também um forno especial a óleos "Morgan" e fabricou outro a óleos «rotativo», para a fundição de alumínio, etc. e de ferro fundido e, ainda em 1938, comprou novas máquinas, rectificadores, etc. e iniciou na Península Ibérica a fabricação de segmentos fundidos «individualmente» um a um; em 1939, apresentou os primeiros pistãos em ferro, fundidos por novos processos e as primeiras camisas «centrifugadas» a alta velocidade.


1934



1935

 

Eduardo Ferreirinha, em 1929 ainda chegou a colaborar com artigos na secção "Técnica Automóvel" da revista portuense "Guiauto", em que o que publico de seguida e datado de 31 de Outubro de 1929, é exemplo.


A dificuldade em adquirir máquinas durante o período da II Guerra Mundial (1939-1945), levariam os fundadores desta empresa, Eduardo e Jorge Ferreirinha, a desenhar e a construirem as suas próprias máquinas–ferramentas (teares circulares, furadoras, tornos e motores).


24 de Dezembro de 1942


5 de Setembro de 1942



1953

Em 1954 a EFI exportou as primeiras máquinas-ferramentas para os Estados Unidos da América. Mais uma vez era pioneira. Entretanto com a crise instalada no sector de máquinas-ferramentas, a empresa teve de reduzir a sua gama de fabrico somente para as furadoras, reparações de todas as máquinas de fabrico EFI e venda de peças.



Obras de ampliação das oficinas na Rua Júlio Diniz, em 1948

«A Ed. Ferreirinha não só pelos carros EDFOR feitos pelo pai mas também pelas máquinas, motores e acessórios feitas pelos filhos. Os motores Diesel, os pistões e segmentos. Os tornos mecânicos de precisão, que equiparam quase todas as nossas escolas técnicas e uma grande parte das empresas de metalomecânica de Portugal e estrangeiro. As máquinas de furar, tão conceituadas que a Boeing construtora de aeronáutica adquiriu dezenas delas para funcionarem nas sua linha de fabrico em Seattle, e os teares usados na nossa industria têxtil. Muita tecnologia, muita precisão e sobretudo muita qualidade, (...) motores Diesel muito usados em barcos de pesca e na construção civil, os famosos teares usados na industria têxtil e no topo, as máquinas-ferramenta, Tornos e máquinas de furar tudo com muita qualidade e muita técnica. Para se ter uma ideia mais exata da qualidade destas máquinas, a E.F.I. forneceu nos anos 60/70 dezenas de máquinas para a Europa e EUA,» texto enviado pelo nosso leitor e amigo, Luciano Canelas.


 
                                                    1963                                                                              1968


Em 1975 a "Eduardo Ferreirinha & Irmão - Motores e Máquinas EFI, S.A.R.L." estava em dificuldades financeiras e de gestão, tendo sido intervencionada pelo Estado ...


"Diário da República" de 4 de Abril de 1975

No ano seguinte chegou a estudar-se a hipótese de fusão desta empresa com outra do mesmo ramo de máquinas e ferramentas, a "Jacinto Ramos & Irmão" ...


"Diário da República" de 19 de Agosto de 1976

A outra empresa da "Eduardo Ferreirinha & Irmão - Motores e Máquinas EFI, S.A.R.L.", a "Feruni - Sociedade de Fundição, S.A.", também foi intervencionada e em resultado dessas intervenções publico excerto do Acórdão de 4 de Março de 1997.



Frente de calendário para 1987

Em 2007, a empresa "Braga & Barbosa, Lda.", fundada em 2002 em Avintes, -antiga "José dos Santos Oliveira Braga", fundada em 1986 -  adquiriu a empresa "EFI - Eduardo Ferreirinha & Irmão", dando continuidade ao fabrico, reparação e venda de máquinas e peças. Tendo adquirido todo o know-how, desenhos de maquinaria e peças, a "PAM – Serviços Técnicos Industriais Lda," fundada em 1998 e sediada na Trofa, funcionando na órbita da "Braga & Barbosa, Lda.", passou a garantir toda a qualidade e fiabilidade da marca EFI, tanto no fabrico como na reparação de máquinas.

Quanto ao único exemplar "EDFOR" existente, matrícula NT-10-68, está no Porto e depois de ser propriedade do filho de Eduardo Ferreirinha, foi adquirido pelo pai de Mariana Martins, actual condutora/utilizadora deste exemplar. Foi completamente restaurado durante 9 meses, refeito o seu interior, pára-brisas e repintado de branco, cor original do automóvel.





Como conclusão: Eduardo Ferreirinha foi, na primeira metade do século XX, «um piloto de renome, mecânico de grande talento e industrial com algum sucesso», que durante a sua carreira esteve sempre muito ligado a automóveis "Ford" e aos seus motores. in: "Automóveis Portugueses" - Museu do Caramulo

fotos in: Hemeroteca Digital de Lisboa, AE Classic, Arquivo Municipal do Porto"Indústria Automóvel Portuguesa * EDFOR Grand Sport V8" de José Barros Rodrigues. Rodas de Viriato, Fotold

2 comentários:

Anónimo disse...

Belíssimo artigo e belíssimo automóvel!
Vê-se envelope dirigido a Cunha Ferreira, a mais antiga casa de patentes do país. Provavelmente pretendendo patentear inovações automobilísticas...
Cumprimentos,
G.

José Leite disse...

Grato pelo seu amável comentário
Cumprimentos
José Leite