Restos de Colecção: 2025

9 de novembro de 2025

"Maison Blanche", "Maison Blanc" e antes e depois

Das duas lojas que dão título a este artigo, a primeira a ser inaugurada foi a  "Maison Blanche" , em 27 de Julho de 1910, na Praça de D. Pedro, 15 a 17 esquina com o Largo do Príncipe, 9 e 10, em Lisboa. Era propriedade da firma "Miranda, Rodrigues & C.ª". Por sua vez, o nome "Maison Blanche" tinha sido registado na "Repartição de Propriedade Industrial" em 25 de Maio de 1910, e como «estabelecimento de camisaria».

"Maison Blanche" enfeitada aquando do "IV Congresso Internacional de Turismo" em 12 de Maio de 1911

A propósito da sua abertura, o jornal "Diario Illustrado" noticiava:

«E' hoje a inauguração d'este elegante estabelecimento situado no Rocio, 15 a 17, propriedade da firma Miranda, Rodrigues & C.ª. Os activos e sympathicos commerciantes não se pouparam a sacrifícios para disporem a sua casa verdadeiramente luxuosa. Merece ser visitada pelo publico a Maison Blanche onde estão expostas as mais recentes novidades em artigos de rouparia branca para homens e senhoras.
Adeante na respectiva secção inserimos o annuncio para o qual pedimos a attenção dos nossos leitores.»

27 de Julho de 1910

Em 1916, o jornal "A Capital" escrevia acerca deste estabelecimento ...

« (...) Mais tarde, o commmerciante Alves estabelecia n'este predio uma gravataria que se impoz immediatamente no meio «chic» pela sua elegancia e polo seu. gosto e, finalmente, em 1910, Jullo de Miranda, seu novo proprietario, modernisava o estabelecimento, fazendo importantes obras na sua installação e enriquecendo com novos artigos os seus amplos mostroarios. A «Maison Blanche» é, sem favor, uma das princlpaes camisarias do Lisboa.
O comprador mais exigente encontra ali a satisfação plena das suas exigencias. Desde a roupa branca de senhora, de cambraia o rendas finissimas, de camisas, gravatas, meias e outros artigos para homens - que delicadeza e que perfeição de acabamento! A «Maison Blanche» vende ainda finissimas perfumarias dos muito acreditados fabricantes françeses e inglezes. A gentileza do dono da casa é extremamente cativante.»


1922


3 de Abril de 1925

A "Maison Blanche" veio substituir o "Lisboa Elegante" propriedade de M. C. Alves (que por sua vez era proprietário do prédio) que ali tinha funcionado desde 1901. 

"Lisboa Elegante" de M. C. Alves, frente para o Largo da Rua do Principe, esquina com a Praça de D. Pedro


1901


"Lisboa Elegante" de M. C. Alves, frente para a Praça de D. Pedro

Nas duas fotos anteriores, e no 1º andar, o alfaiate "Leão Verde" ... 


A "Maison Blanche" veio a funcionar nas portas 15, 16 e 17 que anteriormente funcionavam separadamente com lojas diferentes como passo a enumerar, conforme consegui apurar:

Portas 15, 16 e 17 no prédio de esquina a seguir ao toldo, em foto dos finais do século XIX de C.P. Symonds

Em 1880,  porta 15:   "Casa Memória" de "Santos Beirão & C.ª" - Bicicletas e máqinas de costura  
                  porta 17:   "Luvaria Central" de Manuel Polycarpo Faria
Em 1886,  porta 16 :  estabelecimento de Manuel José Dias - ramo de actividade (?)
Em 1901,  porta 16:  "Lisboa Elegante" de M. C. Alves
De 1904 a 1910,  portas 15, 16 e 17:  "Lisboa Elegante" de M. C. Alves após ampliação às lojas                                                                           contíguas.

1886


3 de Maio de 1893

A "Maison Blanc" viria a substituir a "Maison Blanche" por volta de 1928. A firma que tomou de trespasse a primeira mudou o nome ligeiramente para «que este se não confundisse com nomenclaturas de tradição brejeira e duvidosa fama» ... 


"Novo Sistema de Vendas" e "Preços de Fábrica" em foto de 4 de Setembro de 1932, com o povo lendo as notícias relativas à 3ª Volta Ciclista a Portugal, na porta da sucursal de "O Século"

Não funcionou por muitos anos, tendo sido trespassada ao jornal "O Século" em 1937 para aí instalar a sua nova sucursal. Lembro que "O Século" já mantinha uma sucursal umas portas mais à frente, nºs 22 e 23 (onde anteriormente tinha funcionado a "Luvaria Universal") desde o início do século XX, entre a "Tabacaria Mónaco" e o "Café Nicola" (onde tinha funcionado desde 1910 a ourivesaria e joalharia "A. Xavier de Carvalho"). Inclusivé, tinha inaugurado a importante renovação da sucursal em 5 de Maio de 1932.

"Maison Blanc" com aviso de «Brevemente Liquidação Total» por motivo de mudança para a sucursal de "O Século". Esta foto e seguinte

Nova sucursal de "O Século" no lugar da "Maison Blanche" em foto de 30 de Novembro de 1939


1 de Setembro de 1939, com o povo a querer saber notícias da Grande Guerra (1939-1945)

Em Julho de 1940 já ali estava instalada a agência de Publicidade, Intermediações, Informações e Turismo "ABC".


5 de Julho de 1940


30 de Julho de 1940

Nesta espaço, e em 12 de Maio de 1947, é inaugurada a Pastelaria e Salão de Chá "Florida". Nesse dia o jornal "Diario de Lisbôa" noticiava:

«Inaugura-se hoje no Rossio, a unica pastelaria e Salão de Chá instalada no lado ocidental. Construido no melhor local e sob as mais rigorosas exigências da técnica da espectalidade, o novo estabelecimento, que tem frente para a Rua do Carmo, está provido duma cuidada aparelhagem e tem ao seu serviço um pessoal que pode considerar-se verdadeiro mestre. No prmeiro andar instalou-se o Salão de Chá, luxuosamente montado, onde se servirão «lunchs». No salão do rés-do--chão, além de pastelaria e chocolates das melhores marcas, haverá bifes «Florida», confeccionados por forma inédita.»


Nota:  na foto anterior, pode-se observar na Rua 1º de Dezembro, e iluminada, a vizinha Tabacaria "Adamastor" que saiu beneficiada com a alteração das fachadas do piso térreo. Aqui fica a nova "Adamastor" ...


e que aproveitou a renovar o seu interior, que dava acesso para as escadas do prédio (porta ao fundo) ...


A "Adamastor" ali se instalou entre 1904 e 1910, substituindo uma antiga luvaria e perfumaria, então vizinha da "Lisboa Elegante" e da "Casa Memória" . Ver foto mais acima.

À "Florida" segui-se-lhe-ia a Tabacaria "Caravela", - encerrada definitivamente em 30 de Dezembro de 2005 - propriedade dos mesmos donos da "Tabacaria Rossio", os galegos Alvaro Contreras e Apolinar Contreraslocalizada na esquina oposta, com a Rua do Ouro. Informo, ou lembro, que a "Tabacaria Rossio" encerrou definitivamente no passado dia 29 de Agosto de 2025. Mais um ...


Tabacaria "Caravela" à direita nas duas fotos

De seguida publico três fotos da Tabacaria "Caravela" no ano 2000 e da autoria de Nuno Reis.




Só falta mencionar o inquilino actual, e desde 2008, a "Tezenis", lingerie e roupa interior para senhora. Aqui fica a respectiva foto ...


fotos in: Hemeroteca Digital de LisboaArquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Municipal de LisboaBiblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Nuno Reis (Flickr) 

5 de novembro de 2025

F. H. d'Oliveira & C.ª, Lda.

A empresa " F. H. d'Oliveira & C.ª, Lda." foi fundada em 16 de Novembro de 1895 em Lisboa, com a denominação inicial de "Francisco Henrique d'Oliveira & C.ª (Irmão)", constituída inicialmente por Francisco Henrique de Oliveira e seu irmão José Vicente de Oliveira.

Para entendermos melhor a sua criação e desnvolvimento até ao início de 1907, reproduzo excerto de um artigo publicado no jornal "Vanguarda" de 31 de Março de 1907:

«Em materiaes de construccão é já por demais conhecida a casa de F. H d'Olivelra & C.ª (Irmão), por ser já uma das mals importantes de Lisboa. Data a sua fundacão de pouccos annos, pols apenas em 1900 é que se constituiu a sociedade com aquelle nome, e este facto de uma curta carreira é de per si eloquente para aqullatar-se de quanta somma de esforco e de aplidão excepcional não implica a evolução progressiva dada aos differentes ramos industriaes dirigidos pelos dois unicos societarios. (...)

A casa de F. H. d'Ollveira & C.ª (Irmão), progredindo n passos gigantescos desde que se fundou, e já hoje um foco de expansão industrial que muito honra o espírito de Iniciativa que a domina. Tem a sua séde principal na rua 24 de Julho, n. 620 a 632, onde se encontram os escriptorios o gabinete da direccão e o mostruario de artigos de ornamentacão e sanitarios, recentemente inaugurado, e exposto artisticamente em um salão elegante e admiravel, e occupando tudo um conjuncto em que predomina o bom gosto e o esplrito de seleccão que houve nos especimens representados e toda a esthetica da installação. Em outras dependencias contiguas estão alguns depositos de materiaes, e no terreno fronteirico, situado na outra parte lateral da mesma rua, existem os grandes depositos de madeiras pertencentes ao estabelecimento. Ha ainda um outro terreno, ultimamente adquirido na mesma rua e que contorna com a rua Tenente Valadim, local que esta servindo de vasto deposito de cantarias e de outros materiaes.


Primitivas instalções na Avenida 24 de Julho, 620-632, em Lisboa

 


Carro alegórico no desfile carnavalesco de 1902, na Avenida da Liberdade

No casal do Alvito. em Alcantara, opera-se a exploração de pedrelras e a produccão de cal sendo este genero alli produzido de modo que nenhum outro com elle rivaliza, tal é o aperfeiçoamento moderno do processo de fabrico a que se sebrepõe a condição do prodocto permanecer em repouso absoluto por muito tempo para se considerar bem acabado e proprio para a consistência e solidez das construccoes. A identicas normas obedece a esmerada e escrupulosa fabricação da cal em pedra, cuja preferencia ja se impoz para trabalhos em estuque e no tratamento de vinhas.

Para avaliar a capacidade productora d'esta fabrica, basta dizer-se que apesar das repelidas requisições para consumo no paiz e para embarque com destino as Ilhas, Africa e Brazil, ha sempre depositos de mais de mil metros cublcos de cal.

A unica fabrica de cal nacional que ate hoje obteve no estrangelro uma recompensa honrosa, foi a de F. H. d'Oliveira & C.ª (Irmão), sendo-lhe conferida a medalha de prata no ultimo certamen da exposicão de S. Luiz.

Outras installações existem ns vastíssima propriedade do Casal do Alvito; referimo-nos especialmente as fabricas de polvora, de archotes e de cordas de esparto, que sao outros tantos elementos de laboração fabril por onde se distribue a louNavel e vertiginosa diligencia dos fins industriaes que os dois irmaos attingem n'um amplexo de boa harmonia e de inquebrantayel estima.

Por ultimo, em Paco d'Arcos, possui a Sociedade o deposito e as pedreiras de cantaria em continua exploracão.


5 de Setembro de 1903


1905


1 de Agosto de 1907


31 de Março de 1907

A firma Oliveira & Irmão, como vulgarmente e conbecida no nosso meio industrial, fornece de madelra de todas as qualidades e outros materiaes de construcção, sempre em concorrência de precos, os arsennaes de marinha e do exercito, obras publicas, camaras municipaes, Penitenclaria, caminhos de ferro, o que lhe permilte fazer com vantagens apreciaveis para esses importantes consumidores, como de resto a todas as emprezas particulares de construcção, em virtude das grandes compras feitas pela mesma firma em condições vantajosíssimas.»


1909

Loja na esquina da Rua do Comércio com a Rua da Madalena, em Lisboa

E a mesma loja no anúncio seguinte ...


1915


1916

Em 25 de Abril de 1933 a empresa "ENAE - Empresa Nacional de Aparelhagem Eléctrica, S.A.R.L.", inaugura a fábrica de "Lâmpadas Lumiar", na antiga estancia de madeiras, armazém de ferroestabelecimento de ferragens e ferramentas, drogas, tintas,  produtos químicos e farmaceuticos da "F. H. d'Ollveira & C.ª , Lda.", instalados no edifício da Avenida 24 de Julho, 158, ao lado do edifício-sede da empresa.


Edifício onde funcionaram os armazéns e oficinas de madeiras, alienado à fábrica de "Lâmpadas Lumiar" (ambas as fotos)


Armazéns da "F. H. d'Oliveira, & C.ª, Lda.", dentro do rectângulo amarelo. A empresa "Pinhol" no edifício de esquina 

Já em 1945, o livro "Praça de Lisboa" publicou uma resenha histórica desta empresa da qual retirei os seguintes trechos:

«A 16 de Novembro de 1895 - há, portanto, quasi meio século - Francisco Henrique d'Oliveira fundava em Lisboa, com seu irmão José Vicente d'Oliveira Júnior, a firma Francisco Henrique d'Oliveira & C.ª (Irmão), a qual pouco tempo decorrido, se transformou em F. H. d'Oliveira & C.ª (Irmão).

O objecto da sociedade, cujo capital não ia além de 50$000 Réis (Esc. 50$00), era o comercio de compra e venda de materiais de construção e a exploração duma pedreira e dum ainda mais modesto forno de cal.

O incremento que, desde logo, tomaram os negócios da firma levou a abrir um estabelecimento na Rua (actualmente Avenida) 24 de Julho, nº 96. A lisura dos seus actos e a maneira cabal e pronta com que satisfazia todos os pedidos e encomendas que lhe eram dirigidas depressa criaram a F. H. d'Oliveira & C.ª (lrmão) renome e prestigio e impuzeram-lhe a necessidade de alargar o seu campo de acção a outros ramos de comercio, dos quais, aliás, qualquer dos proprietários possuia suficiente conhecimento.

Assim é que, à instalação duma Sucursal em Paço d'Arcos, incluindo exploração de pedreiras e oficinas de cantarias, se seguiu a criação da Estancia de Madeiras, do Armazém de Ferro, do estabelecimento de Ferragens e Ferramentas e do de Drogas, Tintas e Produtos Químicos e Farmaceuticos.

Em resultado da saída do irmão do patrono da firma, esta foi modificada para F. H. d'Oliveira & C.ª, L.da, continuando sob a direcção e gerência exclusivas de Francisco Henrique d'Oliveira que, apesar de sósinho no exercício de tão delicada e absorvente tarefa, não deixou de dar sobejas provas da sua excepcional capacidade administrativa, imprimindo à firma novas e amplas perspectivas.

No intuito de corresponder à simpatia da clientela do Norte do País, onde obtiveram lisongeira preferência, F. H. d'Oliveira & C.ª L.da., instalava, em 1916, uma filial no Pôrto, com sede na Rua do Almada 243-245. Tambem nessa cidade a sua actividade se desenvolveu de tal forma que foi indispensável alargar os seus ramos de negócio e aumentar as instalações, para o que adquiriu um prédio na Rua Nova da Alfandega e construiu outros na Rua de D. Pedro V, ao mesmo tempo que passou a ocupar as lojas da Rua do Almada, 243 a 253.


13 de Maio de 1922

A firma F. H. d'Oliveira & C.ª L.da, que, êste ano, comemora as suas bodas de ouro, tem, actualmente, o capital de seis mil contos e são seus únicos sócios Francisco Henrique d'Oliveira e seus filhos Francisco Henrique d'Oliveira Júnior, António Leitão d'Oliveíra, D. Maria Júlia Leitão d'Oliveira Quina Ribeiro e D. Fernanda Rosa Leitão d'Oliveira Costa Pina, sendo os dois primeiros dedicados e dignos continua dores da obra de seu Pai.


Francisco Henrique d'Oliveira

 

                                    Francisco Henrique d'Oliveira Júnior                   António Leitão d'Oliveíra


16 de Novembro de 1945

Dispondo de sólidos recursos, representados por vastos e variados sortidos de mercadorias e por valiosas propriedades urbanas e rústicas, situadas em Lisboa, Pôrto, Paço d'Arcos, Cascais, Murtal, Porto Salvo, etc., a firma que, em 1895, iniciara a sua actividade com o insignificante capital de cincoenta mil reis, é agora uma poderosa organização comercial e a demonstração evidente das excepcionais qualidades de trabalho, iniciativa e honestidade do seu fundador, Francisco Henrique d'Oliveira. Êste, que continua ainda a gerir e a orientar superiormente a casa, é um prestigioso elemento da praça de Lisboa, onde varias vezes tem exercido o cargo de Director da Associação Comercial de Lisboa e da Associação Industrial Portuguesa. Desde há longos anos que, ininterruptamente, preside, na primeira destas entidades, à Secção de Materiais de Construção, e, na segunda, à Seccão de Pedreiros, Cal, Cimento e Gêsso, aí desenvolvendo uma actividade e zêlo verdadeiramente exemplares.»


Julho de 1940

Nos anos 40 do século XX o grande edifício-sede da empresa é alugado à General Motors Overseas Corporation - Lisbon Branch”, que ali instala seu stand e serviços.

Lembro alguns dos negócios, aém de investimentos no imobiliário, em que a empresa "F. H. d'Oliveira & C.ª Lda," expandiu a sua actividade:

Em 1931, inaugurou o seu stand de automóveis americanos "DeSoto" e camionetas, igualmente amaericanas, "Fargo", na Avenida 24 de Julho, 68, em Lisboa.


Notícia da inauguração, na revista "Notícias Ilustrado"


Cerimónia da inauguração



1940


16 de Fevereiro de 1949

Em 28 de Maio de 1957, inaugura o "Hotel Residencial Infante Santo" na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, no terreno ao lado onde funcionaram os seus armazéns até aos anos 40 do século XX.

"Hotel Residencial Infante Santo", na esquina com a Avenida Infante Santo, em foto de 1957, ano da sua inauguração

A empresa "F. H. d'Oliveira, & C.ª, Lda.", com sede actual na Calçada de Marquês de Abrantes, 42-56, em Lisboacontinua jurídica e financeiramente activa. o seu CAE é de «Atividades dos agentes do comércio por grosso de madeira e materiais de construção» Aqui deixo alguns últimos anúncios publicitários a que tive acesso:


1964

1 de Janeiro de 1969

Instalações actuais da "F. H. d'Oliveira, & C.ª, Lda.", na Calçada de Marquês de Abrantes, 42-56

Entretanto as antigas instalações da "F. H. d'Oliveira, & C.ª, Lda.", na avenida 24 de Julho foram totalmente recuperadas. Na primeira década do século XXI, foram transformadas num condomínio de luxo, projectado pelos arquitectos Raúl Abreu e Miguel Varela Gomes. A antiga fábrica de "Lâmpadas Lumiar" foi completamente restaurada sob a responsabilidade do engenheiro João Appleton, tendo sido mantidas as fachadas dos anos 20 do século passado. Numa das fachadas existe um painel de azulejos, da "Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego, Lda.", fundada em 1848, no Largo do Intendente, em Lisboa.

fotos in: Hemeroteca Digital de Lisboa,Arquivo Municipal de LisboaBiblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais)