Carro promocional do filme "A Varanda dos Rouxinóis" realizado em 1939 por Leitão de Barros
1939
Na foto anterior, à volta da porta pode-se ler: "Antiga Casa Soneca - Vinhos - Cervejas". Pois esta simples porta passaria despercebida, apesar do grande reclame publicitário à "União Vidreira", não fosse a história que ela encerra e que passo a citar um excerto do artigo na revista "Reporter X" do célebre Reynaldo Ferreira:
«Quando foi a inauguração solene da estação de Santa Apolonia entre outros discursos pronunciados com a gran eloquencia da epoca houve um que era rematado assim: "Orgulhosos devemos estar porque o mesmo local onde conta a justiça onde outrora a justiça assassinava na forca assassinos - parte hoje o primeiro comboio. Á crueldade antiga seguiu o grito da civilização! " Recordei esta frase ao passar agora por estes sitios ... Estamos no Largo Chafariz de Dentro. Áquela cada esquina uma mulher piedosa - D. Maria de Sousa - vinha esperar os condenados à morte com o banquete da forca, e lhes oferecia refrescos - se era no verão - ou vinho quente - se era no inverno. Tornou-se celebre essa caridosa senhora - a quem os visinhos alcunharam com o respectivo apôdo de Maria do Alivio."
Mais adeante ficava a outra venda, a do "Soneca" com ja taboleta sumida ainda hoje se pode lêr por debaixo de uma outra de um deposito de vidros. Ali nessa venda do "Soneca" era uso passar a procissão da morte. As forças de El-Rei concediam aos presos de pena ultima a liberdade de satisfazerem um ultimo deseijo: o "Soneca vinha solicito e comovido trazer ao padecente o ultimo copo de bebida, quasi sempre de aguardente para atordoar ...»
Mais adeante ficava a outra venda, a do "Soneca" com ja taboleta sumida ainda hoje se pode lêr por debaixo de uma outra de um deposito de vidros. Ali nessa venda do "Soneca" era uso passar a procissão da morte. As forças de El-Rei concediam aos presos de pena ultima a liberdade de satisfazerem um ultimo deseijo: o "Soneca vinha solicito e comovido trazer ao padecente o ultimo copo de bebida, quasi sempre de aguardente para atordoar ...»
Panfleto de 1931
2 comentários:
Creio que quem está à esquerda do cameraman é Arthur Duarte, actor e realizador, que neste filme, se não erro, esteve ligado à produção.
Cumprimentos.
Tem toda a razão!
Quando coloquei a legenda, ia jurar que era o Arthur Duarte, mas como na ficha técnica que consultei, ele não aparecia e como até são parecidos ...
Agora que me fez o favor de chamar a atenção, fui ver mais fichas técnicas e o Arthur Duarte colaborou neste filme, como acessor técnico.
Muito grato pela sua correcção.
Cumprimentos
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