A “Estalagem Albatroz” abriu as suas portas em Abril de 1963, na Rua Frederico Arouca, junto à "Praia de Nossa Senhora da Conceição", em Cascais, ocupando o “Palácio do Duque de Loulé”, e em 1983 seria convertida em “Hotel Albatroz”.
"Estalagem Albatroz"
"Estalagem Albatroz"
O segundo Duque de Loulé e Conde de Vale dos Reis, D. Pedro Agostinho de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1830-1909), em 1870 pede à Câmara Municipal de Cascais o aforamento de terrenos junto à Ermida de Nossa Senhora da Conceição para construir o palacete, para sua residência de veraneio. Em 1872 é iniciada a construção do palácio sob projecto do arquitecto Luís Caetano Pedro de Ávila, com ajuda do génio artístico de Rodrigo Cantagallo, vindo este palácio a ser conhecido como "Caixa de Amêndoas".
2º Duque de Loulé, D. Pedro Agostinho de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1830-1909)
Em 1873, e segundo Pedro Barruncho: «a casa tem, no piso nobre, o quarto do duque, virado ao mar, com os gabinetes e quartos da condessa, conde e das duas filhas; no piso superior, quartos para hóspedes, para criados, despensa, casa de engomar». Em 1881, o 2.º Duque de Loulé, Pedro José de Moura Barreto, pede licença à Câmara para tirar saibro da praia para a construção da casa, denotando que continuava em obras.
2º Duque de Loulé, D. Pedro Agostinho de Mendonça Rolim de Moura Barreto (1830-1909)
Vista da baía de Cascais e do Palácio do Duque de Loulé (na elipse desenhada), nos finais do séc. XIX
Perspectivas do "Palácio Duque de Loulé" e o chalet de D. António Almada de Lencastre (à direita nas 2ª e 3ª fotos)
Já no século XX o “Palácio do Duque de Loulé”, é vendido a a Eduardo Alberto Plácido (1874-1934) e em 1943 passaria para a posse do 3º Marquês da Foz, e 4º Conde de Cabral, Jacinto Brandão de Melo Magalhães Guedes de Queirós (1931-2013), que nos anos 60 do século XX, o alugou, ao "Grupo Albatroz" que o transformaria na “Estalagem Albatroz”, segundo projecto do arquitecto Alberto Cruz (1920-1990).
Quando abriu, em 1963, a “Estalagem Albatroz”, tinha 11 quartos, um salão restaurante, um bar e um relvado que mais tarde viria a ser substituído por uma piscina. Ao seu lado esquerdo encontra-se a “Praia de Nossa Senhora da Conceição” e no seu lado direito a “Praia Rainha D. Amélia”.
Vista aérea de Cascais em 1930, com o "Palácio Duque de Loulé" dentro da elipse desenhada
"Palácio Duque de Loulé" antes de ser convertido em Estalagem
Quando abriu, em 1963, a “Estalagem Albatroz”, tinha 11 quartos, um salão restaurante, um bar e um relvado que mais tarde viria a ser substituído por uma piscina. Ao seu lado esquerdo encontra-se a “Praia de Nossa Senhora da Conceição” e no seu lado direito a “Praia Rainha D. Amélia”.
Entretanto, em 1978, a “Estalagem Albatroz”, passa para a propriedade da família Simões de Almeida, liderada por João António Simões de Almeida (1910-1990) - proprietária de outros equipamentos hoteleiros - primeiro com João Simões de Almeida, depois com Carlos e, finalmente, Frederico.
Em 1981, o “Grupo Albatroz” compra o Palácio e a “Estalagem Albatroz”, e constrói uma nova ala com 29 suites, projectada pelo arquitecto Alberto Cruz, e procedendo a renovações necessárias, reabre 18 meses depois de iniciadas as obras, em Abril de 1983 já como “Hotel Albatroz”.
Posteriormente, no ano 2000, é adquirido o chalet de D. António d’Almada de Lencastre (1857-1944), de traça arquitectónica italiana e cuja construção data do início do século XX e situada por detrás da “Estalagem Albatroz”, passando a designar-se “Palácio Albatroz”.
Depois da última remodelação no Inverno de 2003/2004, passou a oferecer uma única suite de luxo, no último piso, com vista panorâmica das suas 3 varandas, virada para a baía de Cascais.
Postal promocional
É, também, em 2003, que o grupo adquire a Casa D. Nuno, mais conhecida por “Casa Amarela”, mandada construir em 1922 por D. Nuno Miguel d”Almada e Lancastre, que não tendo filhos a doou ao seu afilhado Bernardo Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva. O edifício manteve-se na família Espírito Santo até 2000, tendo sido vendido primeiro a estrangeiros e, mais tarde, ao “Hotel Albatroz”, que adquiriu, pela mesma altura, a rua que dava acesso a este palacete, a Travessa da Conceição.
Piscina do "Hotel Albatroz" e a "Casa Amarela"
Em Outubro de 2014 a família Simões de Almeida vende o “Hotel Albatroz”, ao empresário russo Leonid Ranchinskiy segundo o site “Dinheiro Vivo”. Passando a ser gerido sob novas orientações, Frederico Simões de Almeida, filho de Carlos e neto de António (o membro da família que adquiriu inicialmente o grupo), ter-se-á mantido como director-geral do hotel.
Juntamente com o edifício anexo, construído junto ao Palácio original, este conjunto de edifícios de seu nome “Hotel Albatroz”, de 5 estrelas, possuí actualmente 52 quartos - 44 quartos, 3 júnior suites e 5 suites, distribuídos pelos vários edifícios históricos.
O grupo “Condé Nast Johansens” forma o “The Albatroz Collection” que se divide, actualmente, em três hotéis: o “Bayside Villa”, na Praia dos Pescadores; o “The Albatroz Hotel”; e o “Beachside Palace”, todos de cinco estrelas e todos localizados na baía de Cascais.
"Bayside Villa", instalado no antigo chalet da escritora Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1921), construído em 1903
Configuração actual do complexo de edifícios do “Hotel Albatroz”
Actualmente, e desde 12 de Outubro de 2006, o imóvel é considerado de Interesse Municipal (IM), abrangido por ZEP ou ZP (Zona Especial de Protecção).
fotos in: Delcampe.net, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), The Albatroz Hotel
2 comentários:
O desafogo primevo e o apinhamento contemporâneo da vila. Só isso já seria pêrda. Dispensava o kitsch do moderno e o maciço das ampliações.
Enfim, negócios!
Cumpts.
Caro "Bic"
Eu diria mais ... «Enfim, negócios!»
Cumprimentos
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