"Hotel Rosa" nas Caldas da Rainha

O "Hotel Rosa" foi fundado, como "Pensão Rosa", em 1847, por Manuel Gomes da Costa Cardoso, na Rua do Chafariz das 5 Bicas, (actual Rua Diário de Notícias) nas Caldas da Rainha.

1 de Outubro de 1925

21 de Março de 1926

"Chalet Restaurant Gare" da estação de caminho-de-ferro, concessionado ao "Hotel Rosa"

1 de Novembro de 1925

E para chegar ao Hotel, em 13 de Novembro de 1927 ...

Dezoito anos após a sua inauguração, o "Roteiro do Viajante no Continente e nos Caminhos de Ferro de Portugal" de 1865, a propósito de passeios, aconselhava:

«Da Batalha, se tem tempo e quer fazer o sacrificio de andar 5 kil. de mau caminho, vae a Porto de Mós; e se não está para isso dirige-se a Alcobaça, aonde deve estar em dia de 3ª feira, 6ª ou sabbado, para tomar logar na dilligencia que em taes dias segue d'alli para o Carregado com escala pelas Caldas da Rainha. Querendo demorar-se dois dias nas Caldas, larga ahi a dilligencia e espera que ella torne a passar para o conduzir ao Carregado e ahi entrar no comboyo para Lisboa.

Não aconselhamos, porem, tal demora nas Caldas, não sendo em tempo de banhos, porque o que alli ha para ver não merece a pena de lá estar tanto tempo.

Pode sim o viajante, depois de ver as Caldas, tomar um trem que o conduza ao Carregado, mas em tal caso deve ajustal-o com escala por Alemquer.»

Por curiosidade, o custo do bilhete de diligência Carregado-Caldas da Rainha, com direito a 15 quilos de bagagem eram: só de ida 2$000 réis e ida e volta 3$000 réis.

No "Guia do Viajante Luzo-Brazileiro" de 1888

Em 1916, depois de alguns melhoramentos, passa a "Hotel Rosa" de 3ª categoria, com 41 quartos, intitulando-se como «o melhor frequentado». 

20 de Agosto de 1944

Etiqueta de Bagagem

Publicidade,  em inglês, ao "Hotel Rosa" e ao seu concorrente "Hotel Central" , em 1933

O guia de "Hoteis e Pensões de Portugal", de 1939 publicava uma anúncio deste hotel com o seguinte texto:

«Este hotel é dos que melhor servem. 

Classificado pelo conselho Nacional de Turismo. Recomendado pelo Automóvel Club de Portugal. 
Cozinha à Portuguesa. Todo o confôrto. Ótimo tratamento. 

Recomenda-se a todos os Exmos. turistas e viajantes. Serviço de Restaurante.»

Oferta Hoteleira nas Caldas da Rainha em 1939

Preços praticados pelo "Hotel Rosa", em 1939:

Diária:     de 22$00 a 50$00

1º Almoço:    2$50

Almoço:      12$00

Jantar:       14$00

A cidade das Caldas da Rainha foi um dos destinos dos refugiados judeus nas décadas de 30 e 40 do século XX, onde se para isso se estabeleceu a "American Jewish Joint Distribuition", que se instalou na Travessa da Cova da Onça, 30 - 1º andar.

Os estrangeiros e refugiados ficaram hospedados em hotéis, pensões e casa particulares, de onde se destacam: "Grande Hotel Lisbonense", "Hotel Rosa", "Hotel Central", "Hotel Copa", "Hotel do Facho"; "Pensão Estremadura", "Pensão Leiriense" e "Pensão do Parque".

«Os hotéis ficaram cheios de estrangeiros - austríacos, ingleses, franceses, americanos, belgas e holandeses. Gente estranha, de todos os credos políticos e de todas as religiões recolheram ao bom abrigo de um Portugal tranquilo, graças ao Estado Novo, a Carmona e a Salazar» in: "Gazeta das Caldas" de 1 de Julho de 1940.

O "Hotel Rosa" funcionou até ao início dos anos 70 do século XX, altura em que se instalam no edifício, os "Serviços Médico-Sociais da Previdência".

Anúncio publicitário no jornal "Republica" de 24 de Julho de 1969

Nos anos 70 do século XX, já com os "Serviços Médico-Sociais da Previdência" instalados

Após a demolição do antigo edifício em 2005, um novo de habitação e comércio

fotos in:  Hemeroteca Digital de Lisboa, Biblioteca Nacional Digital, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Águas Mornas-Caldas da Rainha