A "Livraria Moura Marques & Filho" teve a sua génese na "Livraria Academica" de João de Moura Marques" fundada em 1900, na Rua Ferreira Borges, 171-173 em Coimbra, por João Rodrigues de Moura Marques, que chegou a ser Presidente da "Associação Commercial de Coimbra". As imagens do exterior e interior da livraria poderão ser observadas em dois anúncios publicitários, que publico de 1913 e 1915.
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1913
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Em 20 de Dezembro de 1900 o jornal "Resistência" de Coimbra relatava:
Vimos alli uma deliciosa collecção de chromos para boas festas, a par de uma delicada collecção de almanacks e folhinhas para o novo anno, e collocados em chromos.
Os preços de uns e outros sam verdadeiramente modicos, e pois que a épocha de boas festas e de fim d'anno é propria à acquisição daquêlles artigos, aconselhâmos o publico a visitar aquêlle estabelecimento, e terá visto que lhe prestâmos um serviço.»
Postal datado de 11 de Janeiro de 1909
João de Moura Marques, começou por livreiro e estrear-se-ia como editor, em 5 de Dezembro de 1903, com "A Única Verdade", um «Drama em 2 átos» de Manoel de Sousa Pinto. Nos rodapés das capas ou contra-capas dos livros aparecia como: "Livraria Académica - João de Moura Marques, Editor". Moura Marques viria a ser nomeado, em 1909, para Presidente da Direcção da "Associação Commercial de Coimbra".
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Nesta ocasião, em 6 de Dezembro de 1903 no jornal "Resistência", de Coimbra uma notícia intitulada: "Novidade Literária":
É esta a primeira edição da Livraria Académica, que auspiciosamente se estreia, dando nos um trabalho cuidado, de fatura elegante e simples, sem os arrebiques pesados que andam agora em voga.
Por isso muito cordealmente, felicitamos o sr. Moura Marques, cuja afabilidade, solicitude e onradêz o tornam tão geralmente estimado e merecedôr da simpatia pública.»
No final da primeira década de 1900, João de Moura Marques abre a "Livraria Moura Marques", no ainda Largo do Príncipe D. Carlos, que mudaria de denominação após a implantação da República, para Largo Miguel Bombarda. Mais tarde viria a dar início a uma estreita colaboração com a Faculdade de Medicina de Coimbra. Nos anos 20 do século XX muda de denominação para "Livraria Moura Marques & Filho".
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No jornal "Gazeta de Coimbra" em 28 de Janeiro de 1914
1915
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Além de livros de âmbito geral nacionais e estrangeiros, com especial incidência em livros de Medicina, postais, tabacos, artigos de papelaria, material escolar. Vendia também artigos hospitalares, - «Arsenal completo de instumentos cirurgicos» - como poderemos testemunhar no próximo anúncio publicitário. A par destas actividades foi editor e distribuidor da revista médica "Coimbra Médica" desde 1934 até 1948, já sob a denominação de "Livraria Moura Marques & Filho".
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Abril de 1935
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1948
A "Livraria Moura Marques & Filho", viria encerrar na segunda metade dos anos 50 do século XX, dando lugar a uma agência do "BPA - Banco Português do Atlântico". Pouco tempo depois o edifício seria demolido e no seu lugar seria construído outro, continuando lá instalada a farmacêutica "BIAL", e na loja o extinto "BANIF - Banco Internacional do Funchal".
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fotos in: Hemeroteca Digital, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), Almamater - Universidade de Coimbra, Arquivo Nacional da Torre do Tombo
1 comentário:
Meu caro, há aqui alguma confusão. A numeração das portas terá sido alterada, só pode. De facto a foto do prédio recente que coloca corresponde ao numero 173 da Ferreira Borges. No entanto as imagens de época que coloca, retratam um edifício no Largo da Portagem onde, creio eu, hoje existe um Hotel(pisos cimeiros) e uma Loja (Comur) . O edifício da Portagem é o correto, mas na época o local chama-se Rua Ferreira Borges. Isto deverá ter sucedido porque o Largo da Portagem é contíguo à Rua Ferreira Borges. Espero ter ajudado. Muitas felicidades para si e obrigado pelo seu maravilhoso blog.
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