Restos de Colecção: Phonographo e Gramophone em Portugal

19 de agosto de 2018

Phonographo e Gramophone em Portugal

A partir da segunda metade do século XIX, assistiu-se a um incremento significativo no panorama musical em Portugal, quer na aquisição de instrumentos musicais por parte das classes de maior poder económico, donde se destacam os pianos e órgãos, como por parte das classes de menor poder económico, donde se destacam as guitarras e violas. Exemplo disto foi o facto de, entre 1861 e 1890, terem sido importados por Portugal cerca de 500 pianos por ano, ao mesmo tempo que apareceram lojas especializadas no ramo como: “Lambertini”, “Salão Mozart”, “Custódio Cardoso Pereira & C.ª”, “Sassetti & C.ª”, “Salão Neuparth”, “Santos Diniz”, etc.

Entretanto, Thomas Alva Edison (1847-1931), inventa o phonographo, em 1877, tendo registado a patente em Dezembro desse ano. Em Abril de 1878, Edison funda a empresa “Edison Speaking Phonograph Company”, a fim de comercializar este novo aparelho que viria a revolucionar o campo da música. No entanto, este primeiro phonographo ainda tinha grandes limitações técnicas (como por exemplo as grandes fragilidades dos primeiros cilindros que não podiam ser utilizados mais de cinco vezes) que não permitiram uma expansão no mercado.

Thomas Edison em experiências junto ao seu phonographo de cilindro em foto de 1888

Poster de 1899

Mas, Thomas Alva Edison lança-se no desenvolvimento do seu phonographo, apresentando regularmente novas versões e fundando uma nova empresa para construção destes aparelhos. Apesar de ao longo da década de oitenta do século XIX, ter tido uma presença assídua em exposições, o phonographo apenas na década de noventa, do mesmo século, começou a apresentar uma produção mais consistente destes aparelhos e só na viragem do século começaram a aparecer mais construtores um pouco por todo o Mundo.

  Sessão experimental de gravação de música em Orange em 1892         Presidente Harding a gravar discurso em 1922

 Estas duas fotos, a anterior e o poster disponibilizados pela Library of Congress (USA)

O público português, mais especificamente os lisboetas, viriam a conhecer a primeira “machina fallante” ouvindo o phonographo, pela primeira vez, em 21 de Outubro de 1879, no Theatro da Trindade”, anunciando no seu cartaz: «Nos intervallos phonographo fallante».

                  22 de Outubro de 1879                                                    “Teatro da Trindade” em 1868

 

A propósito desta estreia, o “Diario Illustrado” no dia seguinte, 22 de Outubro, relatava:

«Agradaram muito n'este theatro as sessões d'alta magia e phonographia dadas por Mr. Borgeon de Viverols. Hoje reapparecerá n'aquella scena o habil prestidigitador executando exercicios novos, entre os quaes se distingue o Bombeiro, e fallará e cantara o phonographo. Representar-se-ha A Embaixatriz.
É espectaculo deveras convidativo.»

Perante uma plateia numerosa, as audições do phonographo seriam, certamente, de qualidade duvidosa. A primeira versão deste aparelho tinha muitas limitações técnicas e se já era complicado ouvir o som perto dele, mais complicado seria num Teatro com dimensões consideráveis. Estas limitações foram indicadas pela imprensa da época, que, acentuando mais uma vez o carácter divinatório do aparelho que lhes era apresentado, relatavam …«(…) o phonographo que se apresentara no domingo constipado e rouco»

Primeiros phonographos de cilindro neste anúncio de 1900

Entre 1893 e 1894, uma firma dirigida por dois americanos, J. F. Shelton e John Morris, percorreu o nosso país mostrando e demonstrando o funcionamento do phonographo, e possivelmente também vendendo alguns, especialmente em Lisboa e no Porto. Para além de Lisboa e Porto esta empresa fez demonstrações e apresentações em Coimbra, Viseu e Figueira da Foz, sendo bastante provável que tivesse passado por outras localidades, sobretudo no norte do País.

As apresentações do phonographo, ao longo do nosso país, eram espectáculos públicos, em que um espectador pagava para poder ouvir uma série de cilindros de phonographo por uma ordem pré determinada e conduzida por um dos responsáveis da empresa. Este espectáculo duraria à volta de vinte e cinco minutos o tempo de audição de seis cilindros. Os programas eram bastante variados e iam desde discursos do presidente dos E.U.A. até às Polkas, passando pelas bandas militares americanas.

Em 15 de Novembro de 1893, esta empresa dos dois americanos, J. F. Shelton e John Morris, abriram o “Salão do Phonographo”, na Avenida da Liberdade, num prédio acabado de construir. Nesse mesmo prédio, e umas portas mais abaixo, instalar-se-iam, no ano seguinte, a loja e armazém da empresa de águas açoreana Lombadas”. Prédio onde se instalaria, a partir de 25 de Junho de 1968 o Café Lisboa”. Em 1895, o “Salão do Phonographo” tinha sido substituído pela “Galeria Viso-Optica”.

Onde esteve instalado do “Salão do Phonographo” , na Avenida da Liberdade e dentro da elipse desenhada

           15 de Novembro de 1893                                13 de Dezembro de 1893                             9 de Janeiro de 1894

  

As sessões de 25 minutos cada, decorriam entre cinco da tarde e as onze da noite, com um custo de 200 réis, por bilhete. A adesão terá sido imediata, mas quando um mês depois, baixaram o preço para 100 réis - estratégia seguida também no Porto e em Coimbra - foram obrigados a alargar o horário da 1 da tarde às 11 da noite. O reportório português das audições era constituído, maioritariamente, por gravações feitas em alguns dos principais teatros de Lisboa, mas também já incluindo alguns temas de fado. O phonographo tinha chegado ao Porto em 13 de Janeiro de 1894. As suas audições tinham lugar no salão nobre do “Theatro do Principe Real”, futuro Teatro Sá da Bandeira”. Em Coimbra, tinha chegado em 7 de Junho de 1894, creio que no Theatro-Circo do Principe Real D. Luiz Filipe”, futura Teatro Avenida”.

Entretanto o disco é inventado em 1888, nos Estados Unidos pelo alemão Émil Berliner. A partir desta data, não era apenas a forma do suporte sonoro que alterava, era também um novo aparelho de leitura que era introduzido: o Gramophone. O comércio de discos e gramophones começa a ser feito ainda antes do final do século quando apareceram as duas primeiras grandes editoras discográficas. Em 1897, surgiu a “The Gramophone Company of London”, na Grã Bretanha, e, em 1898, a “Victor Company of Camden”, nos EUA.

Gramophones

  

As vantagens apresentadas pelos discos de gramophone em relação aos cilindros do phonographo fizeram com que rapidamente a venda de discos suplantasse a venda de cilindros. Assim, o som dos discos tinha uma qualidade bastante superior ao dos cilindros. No início os discos eram prensados apenas num lado, mas a partir de 1904, passaram a ser prensados em ambos os lados, podendo armazenar mais do dobro do tempo dos cilindros. Chegariam a Portugal em 1905.

O gramophone ainda apresentaria outra, se não a maior, vantagem sobre os phonographos: a sua mobilidade. Podiam ser  montados num móvel, ou simplesmente numa caixa transportável com relativa facilidade.

Com tudo isto, em 1904 instala-se na Rua Garrett, em Lisboa a “Companhia Franceza do Gramophone”, subsidiária da “Gramophone Company” fundada em 1898, em Londres, por William Barry Owen. Da mesma forma que Paris já fornecia ao nosso país, dramas, comédias e livros, começou também a ser a primeira a comercializar discos.

                               7 de Novembro de 1904                                                          12 de Dezembro de 1904

 

A entrada do disco, no ainda praticamente inexistente mercado fonográfico português, produziu efeitos quase imediatos. A grande maioria de lojas que vendia exclusivamente phonographos passou a vender também gramophones, graphonolas, graphophones e discos, deixando progressivamente de vender fonógrafos e cilindros. Apesar da diferença de preços, enquanto um cilindro custava 1.200 réis um disco custava 4000 réis, a qualidade dos últimos justificava a diferença a bolsos desafogados.

Outro fabricante de gramofones a francesa “Société Pathé Frères”, entraria, mesmo que discretamente, no mercado português no início do século XX. Fundada em Paris em 28 de Setembro de 1896, a “Pathé” teve origem numa loja de phonographos montada por Charles Pathé em Paris no ano de 1894, tendo logo de seguida estabelecido uma fábrica de phonographos em Chatou, nos arredores de Paris.

Para tal a “Pathé” abriria um depósito na Rua Augusta, onde comercializava as famosas machinas fallantes. Anos mais tarde passa a ser a firma “Castello Lopes, Lda.”, com sede na Avenida da Liberdade, agente exclusivo para Portugal da marca. Não teve muito “futuro” e a marca “Pathé”, em Portugal a nível de gramofones, e teria bem mais sucesso no campo cinematográfico através da firma “Sociedade Pathé Baby Portugal, Lda.” com sede e loja na Rua de São Nicolau em Lisboa.

15 de Fevereiro de 1906

Quanto às primeiras lojas de Lisboa a comercializarem phonographos, gramophones e discos, a destacar:

-Casa Favorita de F. Santos Diniz, na Praça dos Restauradores, 50-52. Instalou-se ao lado da famosa casa de pianos e instrumentos musicais “Lambertini”, cuja história já foi aqui explanada no artigo Lambertini - Pianos, Musica, Instrumentos”.

“Casa Favorita” com o toldo com propaganda ás Bicicletas “Rover” e “Germania”, ao lado da “Casa Lambertini”

Quanto à “Casa Favorita”, começou a sua actividade nos anos 90 século XIX, comercializando bicicletas - “Rover” e “Germania” -, pianos electricos, pianos com motor, relógios, músicas, etc. Em 1900, começa a comercializar «alta novidade em phonographia - machinas phonographicas em todos os generos». Neste mesmo ano passa a designar-se somente “Casa Santos Diniz”. Em 1905, já aparecia na publicidade da “Companhia Franceza de Gramophone”, como seus agentes.

1 de Abril de 1899

                                       15 de Fevereiro de 1900                                                                         1903

  

15 de Janeiro de 1905

- “Companhia Franceza do Gramophone”, subsidiária da inglesa “Gramophone Company”, - organização-mãe da gravadora “His Master's Voice” e a afiliada europeia da “American Victor Talking Machine Company” - e que se instalou, inicialmente na Rua Garrett, 47-2º. Em 1903, já tinha mudado de instalações para o Largo do Principe, 3-1º. Ao entregar a comercialização dos seus produtos, em 1908, a Francesco Stella, instala-se na Rua da Assumpção, 3-3º. Em 1910, muda-se, e definitivamente, para a a mesma Rua da Assumpção, mas no nº 67-1º, esquina coma Rua Augusta.

Instalações da “Companhia Franceza de Gramophone” na Rua da Assumpção esquina com a Rua Augusta

 

Em 20 de Fevereiro de 1905, esta Companhia alertava num seu anúncio publicitário:
«Faz saber ao publico em geral e aos seus clientes da provincia que andam por fóra alguns caixeiros viajantes que se dizem empregados da Companhia Franceza de Gramophone, apresentando discos e apparelhos que nada teem de commum com os productos da mesma companhia, já pela sua flagrante inferioridade, já pela sua procedencia e AVISA que os seus empregados e caixeiros de provincia são obrigados a a presentar uma carta assignada pela gerencia da mesma companhia, e que só a elles devem ser dadas as encommendas.»

Francesco Stella, em 1908, lembrava nos seus anúncios publicitários que:
«A palavra Gramophone é exclusivamente propriedade da Companhia Franceza do Gramphone.
As machinas Gramophone vendidas por esta casa devem ter todas marca aqui em cima indicada.»

             Preços de gramophones em 29 de Maio de 1905                                            10 de Julho de 1905   

 

Muitos diferendos e conflitos aconteceram devida à utilização por outras lojas do termo “gramophone”, para se referirem ao aparelho em si, mesmo que fabricado por outras marcas. O problema foi definitivamente resolvido, quando Francesco Stella decidiu também vender os aparelhos “Gramophone” aos seus concorrentes.

Em Janeiro de 1905 passam a ser seus agentes em Lisboa: Eduardo Baptista, na Rua do Ouro; C. Calderon, na Rua dos Fanqueiros; Leopoldo Wagner, na Rua do Ouro; Santos Diniz, na Praça dos Restauradores. Na cidade do Porto já tinha, desde 1904, como seu agente, Arthur Bardedo, no Largo de São Domingos e em Braga, tambem desde 1904 era seu agente Manuel António Maneiro Gomes.

1905

 

                             1908                                                          1910                                                         1914

  

- “J. Castello Branco”, que, a exemplo da “Casa Santos Diniz”, começou a sua actividade, a vender bicicletas da marca holandesa “Simplex”, (fabricada pela “Simplex Automatic Machine Company” fundada em Utrecht, na Holanda, em 1887 pelo inglês  Charles Bigham) na sua primeira loja “Casa Simplex” na Rua do Socorro, 12.

1 de Dezembro de 1903

A partir de 1904, abre a sua segunda loja, na Rua de Santo Antão, 82 também em Lisboa, exclusivamente para a venda de discos e machinas fallantes alemães, os grandophones “Odeon”. A partir de 1905 a “J. Castello Branco” cria a sua própria marca de discos double face “Simplex” da firma recém criada “Disco Simplex”: «marca registada, propriedade exclusiva de J. Castello Branco» que editariam discos pelo menos até 1915.

Loja “J. Castello Branco” na Rua de Santo Antão

 

1904

15 de Junho de 1906

15 de Julho de 1906

                                   1905                                                        1907                                                   1908

  

"Grandes Armazéns Simplex" na Rua do Socorro

Os últimos anúncios publicitários, da “J. Castello Branco”, a que tive acesso, datam de Maio de 1911, em que o título do mesmo era “Automóveis”, e que publico de seguida.

Recordo que foi no período entre 1904 e 1915 que se estabeleceram em Portugal as marcas alemãs “Odeon”, “Beka Record” e “Favourit”, e a francesa “Ideal”, aparecendo também as primeiras editoras portuguesas: “Disco Simplex”,Luzofone” e a “Chiadofone”.

Quanto à marca “Chiadofone” foi o primeiro caso referido com evidências de pirataria. Os discos “fabricados” por esta etiqueta eram, na realidade, discos prensados por outras companhias mas com um novo logotipo colado sobre o rótulo original. A “Chiadofone”, aparentemente se limitaria a colocar o seu selo em discos cujas gravações eram de outras companhias.

Em 1905 são efectuadas gravações interpretadas pela “Banda da Sociedade Phonographica”, ou “Banda Municipal de Lisboa” pela empresa alemã “Homokord” e editadas por esta e pela portuguesa “Simplex”, embora este repertório tivesse sido quase completamente abandonado nas gravações de 1910, pela “Homokord” e de 1915, pela “Simplex”.

Com a banalização da gravação sonora, nas primeiras duas décadas do século XX, regulamentaram-se as “Sessões de gramophone, phonographo, ou outra qualquer machina reprodutora de sons” através da tabela de preços mínimos da “Associação de Classe dos Músicos Portugueses” de 1914. Nas orquestras e bandas os preços variavam entre os 100 e os 200 escudos por cada duas horas, estando perfeitamente estabelecidos e regulamentados os ensaios e as horas extraordinárias. Curiosa também a alínea que estabelece que «Nas sessões realizadas por conta de empresas ou companhias portuguesas, é concedida a redução de 40$00 das respectivas tabelas.»

Anos mais tarde, outras três importantes casas de discos, gramofones, grafofones e grafonolas abririam em Lisboa:

No primeiro semestre de 1927, o “Grande Bazar do Porto”, com sede na Rua de Santa Catarina, no Porto, e depois de se tornar agente geral para o nosso país da marca de gramofones e discos britânica “His Master’s Voice”, abre uma sucursal em Lisboa, na Rua Augusta, 150 a 152.

Loja da “His Master’s Voice” representada pelo “Grande Bazar do Povo” e anúncio em 16 de Dezembro de 1927

 

A firma “P. Santos & C.ª, Ltd” que detinha uma loja sua loja na Rua Ivens, “Salão Mozart", que se dedicava à venda e aluguer de pianos, abre uma nova loja na Rua Garrett, em Lisboa, exclusivamente para venda do “Graphophone” e discos da sua representada, a empresa americana “Columbia Graphophone Company, Ltd.”, pertença da “Columbia Records”, da qual passam a ser agentes gerais para o nosso país. Esta loja de seu nome “Columbia”, e quase vizinha da “Livraria Bertrand”, abriria as suas portas em 30 de Dezembro de 1926.

“Columbia Graphophone Company, Ltd.” representada pela “P. Santos & C.ª, Ltd” na Rua Garrett em Dezembro de 1927

 

                                                       1925                                                                         12 de Novembro de 1928

 

A “Casa Odeon”, que abriu as suas portas na Rua de São Nicolau, em 1928, comercializando os discos e grafonolas alemães “Odeon”, fundada em 1903 por Max Straus and Heinrich Zuntz, e propriedade da “International Talking Machine Company” de Berlim.

                                   Dezembro de 1928                                                                   Dezembro de 1929

  

Não esquecendo, que já existiam três importantes casas em Lisboa, duas na Rua do Carmo e outra na Rua Nova do Almada:

- “Sassetti & C.ª”, fundada na Rua do Carmo em 1848, e dedicada principalmente a partituras de músicas, pianos e mais tarde à comercialização de discos (sendo também editora) gramofones e grafofones.
- “Custódio Cardoso Pereira & C.ª” (fundada no Porto em 1860). Esta sucursal abriu, na Rua do Carmo, em 4 de Março de 1893, dedicada principalmente a instrumentos musicais, mas que viria a comercializar, também, gramofones e discos.
- “Salão Neuparth”, fundado na Rua Nova do Almada por Erdman Neuparth, em 14 de Fevereiro de 1824. Dedicada, inicialmente a partituras de músicas, pianos e autopianos viria a aderir à comercialização de rolos de música, gramofones e discos.

Todos estes anúncios publicitários são de 1927

  

Nota: publicarei neste blog, ao longo dos próximos meses, artigos já elaborados com as histórias ilustradas e desenvolvidas, das seguintes casas: “Sassetti & C.ª” ;  “Custódio Cardoso Pereira & C.ª” ; “Salão Mozart" ;  “Grande Bazar do Porto”.

Finalmente de referir que, em 1931, as empresas “Gramophone Company” e “Columbia Graphophone Company, Ltd.” (que já haviam adquirido a alemã “Odeon”) fundiram-se e formaram a “EMI - Electric and Music Industries” .

Bibliografia: blog “Aminharadio

fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), Hemeroteca Municipal de LisboaArquivo Municipal de Lisboa, Do Porto e Não SóArquivo Nacional da Torre do Tombo, IÉ-IÉ, Biblioteca Nacional de Portugal, Library of Congress

4 comentários:

Anónimo disse...

A Valentim de Carvalho também vendia, creio eu. O meu avô comprou o seu primeiro gramofone em 1928 e sei que era na VC que se abastecia dos discos (de 78 rpm). Presumo que a casa que os vendia também comercializasse os aparelhos.
Artigo muito completo.
Cumprimentos
Gonçalo

José Leite disse...

Caro Gonçalo

A "Valentim de Carvalho" só começou a vender gramophones em 1928, depois de ter adquirido o "Salão Neuparth" que já comercializava esse tipo de aparelho e os discos de 78 rpm. A vova firma passou a chamar-se "Salão Neuparth - Valentim de Carvalho". Mais tarde passa a designar-se por "Estabelecimentos Valentim de Carvalho"
Até lá a "Valentim de Carvalho" só comercializava pianos e pianolas numa pequena loja na rua da Assumpção.

Cumprimentos
José Leite

JMS disse...

Caro José Leite,

Uma vez mais, o felicito por este blogue de excelência, que tanto me ajuda nas minhas pesquisas sobre a história da música em Portugal, muito particularmente a do Jazz.

Pode indicar-me, por favor, em que periódico foram publicados os anúncios "Jazz - Odeon", "O disco sem rival - Odeon" e o da Casa Sassetti que refere "Diga à sua mamã que lhe compre...".

Muito grato e com votos de um Bom Ano Novo,

JMS

José Leite disse...

Caro JMS

Grato pelas suas felicitações e comentário.

Quanto aos anúncios da casa Odeon creio que foram retirados da revista Ilustração Portuguesa, pois já os tinha guardados há uns anos e sinceramente já não me recordo bem.
Quanto a´"Diga ..." foi retirado da contracapa duma partitura de música editada pela Sassetti.

Os meus cumprimentos e um Bom Ano de 2019.