Já em 1383 D. Fernando decidira que as ruas fossem iluminadas a candeia, para prevenir os roubos. Em 1689 o problema ainda estava por resolver. D. Pedro II chama a atenção para os perigos da cidade de Lisboa mergulhada na escuridão. Mas o Senado da Câmara alega que os cidadãos não terão meios para pagara os impostos para a iluminação pelo fica tudo na mesma.
Em Junho de 1780 o intendente Pina Manique introduz a iluminação pública a azeite. Oito anos depois Lisboa já contava com 718 candeeiros alimentados por este combustível. Em 1801 D. Maria I vê-se forçada a criar um imposto para pagar este novo e dispendiosos serviço.
Nesta foto o esquema de um candeeiro a azeite
Em 1840 o Conde de Farrobo na Quinta das Laranjeiras mandou colocar 10 candeeiros a gás. Finalmente em 30 de Julho de 1848 são inaugurados os primeiros 26 candeeiros novos a gás no Chiado. Em pouco mais de 1 ano Lisboa conta com 400 candeeiros a gás que se misturam com 2168 candeeiros alimentados por azeite.
Um candeeiro a gás no Terreiro do Paço
A fábrica de gás (da antiga Companhia Gás de Lisboa), que se situava desde 1887 junto à Torre de Belém ...
Foto in: Arquivo Fotográfico da CML
Contestada desde muito cedo, relativamente à sua localização junto da Torre de Belém, a fábrica de gás viu-se forçada a mudar para um terreno junto da Quinta da Matinha. Os trabalhos de edificação iniciaram-se em 1938 e tiveram como primeira fase a construção de um aterro para a sua implantação. Em 1940 a nova fábrica já estava construída.
Os seis primeiros globos eléctricos, inventados por Jablochoff, vindos de França e encomendados pelo Rei D. Luiz, são expostos em Cascais a 28 de Setembro de 1878. Estes candeeiros não utilizavam lâmpadas, mas um sistema arco-voltaico que consomia carvão. Desde 1889 que a Companhia do Gás de Lisboa assegurava a iluminação existente.
A Companhia do gás de Lisboa ocupava na R. da Boavista o antigo quartel da Brigada Real da Marinha e que após construída a nova sede, em estilo gótico no ano de 1865 ocupava uma vasta área que vai da 24 de Julho até à Rua da Boavista.
Companhia do Gás na Boavista
Foto in: Museu da Electricidade
1910
Quando se tornou notório que a Central da Boavista caminhava para uma situação em que dificilmente satisfaria o número sempre crescente de consumidores, foi decidido construir uma nova Central cuja localização evitasse o grave problema das emissões de poeiras e gases, bem como o elevado nível de ruídos e vibrações produzidos pelos geradores nos terrenos circundantes, situações essas que davam origem a reclamações da vizinhança. Pelo que se decidiu construir a Central Tejo na Junqueira
A Central Tejo tem o seu antecedente na chamada Central de Junqueira, construída en 1909. Nesse mesmo lugar, em 1913 começou a ser edificada a primeira Central Tejo, com as suas Caldeiras de Baixa Pressão, destinada a fornecer energia eléctrica à cidade de Lisboa a partir da transformação do carvão. As suas operações iniciaram-se cinco anos mais tarde.
Central de Junqueira em 1909
A 1ª Central Tejo vista da Junqueira em 1919 e nova Central Tejo já em 1939
Descarga do carvão para a Central Uma loja de artigos eléctricos
4 Fotos anteriores: Arquivo Fotográfico da CML; Foto in: Biblioteca de Arte-Fundação C. Gulbenkian
Com o fim da guerra (1914-1918) e depois de a nova Central Tejo estar em 1921 já equipada com os dois novos turboalternadores AEG de fabrico alemão, foi então possível desactivar e desmantelar o equipamento original. O espaço devoluto do velho edifício serviu para instalar oficinas e armazéns. Contudo, a aquisição das novas caldeiras de alta pressão encomendadas em 1938 ao fabricante inglês Babcock & Wilcox, obrigou a que fosse construído mais um edifício na Central Tejo que iria ocupar o espaço onde esteva instalada a antiga Estação Eléctrica Central Tejo, pelo que a sua demolição teve início em meados de 1938.
Esta central termoeléctrica passou à reserva em 1951, tendo sido desactivada oficialmente em 1975.
1907 1911
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