Restos de Colecção: Armazéns “Arcada de Londres”

29 de julho de 2018

Armazéns “Arcada de Londres”

A grande loja “Arcada de Londres”, abriu as suas portas em 1888, na Rua do Alecrim esquina com o Largo do Barão de Quintella, em Lisboa, e era propriedade do inglês Michael E. Clark em 1888. Chegou a ocupar o edifício inteiro.

Esta loja, que pelos poucos anos de existência (1888-1905), e pela sua localização um pouco afastada do centro comercial da Lisboa, dos finais do século XIX e início do século XX, ficou no esquecimento, e/ou se não, no desconhecimento dos lisboetas. Comercializava artigos e mercadorias na sua maioria de origem inglesa.

Postal com uma raríssima foto da “Arcada de Londres”

Vistas do mesmo edifício já depois de desocupado pela “Arcada de Londres”

 

28 de Setembro de 1897

Anúncio de 7 de Dezembro de 1888

Começou por ocupar só as lojas  do prédio atrás mencionado, passando a ocupar o 1º andar logo a partir de 28 de Fevereiro de 1889, e o prédio todo, logo de seguida.

A “Arcada de Londres” foi mencionado em vários livros, que são exemplos as passagens que transcrevo de seguida:

«Tambem os "Puritanos" não se cantaram na "Assembléa Portugueza", mas na "Assembléa Familiar", sociedade que depois de ter a séde em S. Paulo, proximo do mercado do peixe (pelo que lhe chamaram ironicamente "Sociedade do Carapau"), foi estabelecer-se na rua do Alecrim, na casa que foi mais tarde occupada pela "Real Academia de Amadores de Musica" e onde se acha actualmente estabelecida a "Arcada de Londres".» in “Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes.” in: “Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes” de Ernesto Vieira (1900).

                            18 de Outubro de 1891                                                    21 de Dezembro de 1899

  

15 de Dezembro de 1904

                         22 de Dezembro de 1904                                                       22 de Dezembro de 1905

 

« ... a creada de servir Anna Joaquina dos Santos, uma mocetona de truz, de fórmas opulentas, de olhos negros, vivos e scintillantes, de beiços carnudos, vermelhos, assombreados por um ligeiro e provocante buço. Era accusada de ter subtrahido alguns objectos, de pequeno valor, de casa de suas amas, umas senhoras proprietarias, ou o quer que seja, da "Arcada de Londres".» in: “Lanterna Magica. Continuação de a nota alegre dos tribunais (1899)

Os Armazéns “Arcada de Londres”, encerrariam no ano de 1906.

fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), Arquivo Municipal de Lisboa, Hemeroteca Municipal de Lisboa, Biblioteca Nacional Digital

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