O “Theatro Phantastico” ou “Salão Phantastico” situado na Rua Jardim do Regedor, em Lisboa, abriu as suas portas em 8 de Março de 1908, apresentando peças de teatro e fitas cinematográficas, funcionando desse modo, também, como animatógrafo - tendo sido um dos primeiros de Lisboa. O primeiro animatógrafo de Lisboa tinha sido o “Salão Ideal”, inaugurado em 1904 na Rua do Loreto.
Notícia da inauguração na revista “Risota” em 8 de Março de 1908
Palco e companhia do “Theatro Phantastico”
gentilmente cedido por Carlos Caria
A sua decoração era arrojada para a época. O interior da sala tinha uma atmosfera diferente devido essencialmente à decoração do tecto que ostentava estalactites feitas de pasta de papel, que aliada a uma iluminação bem conseguida causava no espectador a sensação de estar dentro de uma gruta.
10 de Março de 1909
3 de Outubro de 1909
01 de Outubro de 1910
Fevereiro de 1912
Junho de 1912
1913
Em 20 de Junho de 1915 muda de empresa exploradora e também de nome, passando a designar-se "Paradis". Um ano depois, em Junho de 1916 volta a mudar de empresa exploradora passando a designar-se de “Salão Ruby”. Em 25 de Junho de 1916, terminam as exibições de fitas cinematográficas e o local passa a ser utilizado como teatro, recuperando o nome “Teatro Fantastico”, onde, aliás, chegou a actuar a actriz Maria Vitoria. Encerraria definitivamente em 1918.
Até 1907 as futuras instalações do “Theatro Phantastico” tinham sido ocupadas pela “Auto-Palace”
Outra sala de teatro e cinema, abria em 28 de Junho de 1910, meses antes da implantação da República, a 5 de Outubro, o “Theatro Rocio Palace”. Propriedade de E. Anedda e A. Malmer, incluía «Animatographo e Museu Ceraplástico». Este Teatro estava instalado no 2º andar do “Palácio Regaleira” no Largo de São Domingos em frente à igreja com o mesmo nome. O Palácio deve o nome ao seu proprietário, o Conde de Regaleira e na época para além do cinema no 2º piso nele se localizava também um “Centro Republicano” que ocupava o 1º piso.
“Palácio Regaleira” onde esteve instalado o “Theatro Rocio Palace” a partir de 26 de Junho de 1910
“Theatro Rocio Palace” com a peça “A Casta Joanina” em exibição
1910 1911
1911
gentilmente cedidos por Carlos Caria
1912 1914
O “Theatro Rocio Palace”, apesar da sua localização privilegiada, esteve aberto ao público apenas durante 4 anos, tendo encerrado em 1914.
fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital
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