A 2 de Julho de 1919, teve início a greve do pessoal da “Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro” que foi bastante longa, durando cerca de dois meses, até Setembro, afectando as ligações ferroviárias nacionais, sobretudo na parte central do país e ainda as linhas internacionais. Várias eram as suas reivindicações, mas pode salientar-se a questão do salário que se queria aumentado e a exigência do direito à previdência e subsídio familiar.
Notícia na revista “Illustração Portugueza” de 14 de Julho de 1914
Efeitos da greve na estação de Santa Apolónia
No início da greve os grevistas praticaram actos de sabotagem de modo a impedir o normal funcionamento dos comboios e a sua circulação e, mais tarde, rebentariam ainda bombas na Estação do Rossio e verificar-se-iam descarrilamentos tanto em Lisboa como no Entroncamento. Para evitar descarrilamentos ou outros actos de sabotagem, o governo obrigou grevistas a viajarem num vagão aberto à frente da locomotiva. Este ficou conhecido como o "vagão fantasma".
Descarrilamento provocado perto do Entroncamento
Descarrilamento provocado à saída do túnel de Xabregas
Acidente provocado na Estação de Campolide, em Lisboa Descarrilamento provocado à saída de Santa Apolónia
Em 7 de Julho de 1919, e em virtude da recusa do Governo em tratar com os ferroviários grevistas, fez intervir o Exército para a condução dos comboios.
fotos in: Hemeroteca Digital, Arquivo Municipal de Lisboa
4 comentários:
Bonito apontamento sobre a história ferroviária de Portugal. Os Meus parabéns. Obrigado.
Eu é que agradeço as suas palavras
Cumprimentos
José Leite
1914 e não 1919, certo?
Certo.
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