Modelo grande do 1º carro eléctrico de Lisboa (ver post "Transportes de Lisboa do antigamente" de 25-07-2009), cujo aparecimento ocorreu em 1901.Chamados carros pequenos abertos, caixa J.G.Brill, foram 80 carros que entraram em circulação em 1901. Foram progressivamente retirados de circulação entre 1932 e 1937. Contudo 5 deles circularam até aos anos 40.
A foto seguinte reproduz o modelo dos primeiros carros grandes a circular em Lisboa ( 1902 ) alcunhados de "almanjarras" - fabricados pela J.G.Brill, ( EUA ) e saíram de circulação até 1955.
Modelo de 1910 um "São Luiz" série 400-474
Eléctrico com atrelado em 1952
Na foto seguinte outro modelo em 1970 pode ser observado um carro de reparação e manutenção dos cabos eléctricos, fornecedores de energia aos "Eléctricos", na Praça do Comércio.
Ainda hoje este modelo de eléctrico ainda circula em algumas ruas de Lisboa.
A primeira fase da rede de eléctricos desenvolveu-se a partir do que era a rede de "Americanos" do final do século XIX. Ao sucesso da inauguração do serviço das futuras carreiras 15 e 16 entre o Cais do Sodré e Algés e entre o Cais do Sodré e Belém, seguiu-se uma onda de electrificações que em poucos anos abrangia quase toda a cidade de então.
Paralelamente, a rede foi-se expandindo para abranger os novos bairros e arruamentos que iam então sendo construído, nomeadamente a zona das Avenidas Novas (com a inauguração da linha da Avenida da República em 1904), Lapa e Campo de Ourique (1904 – 1905) e Campolide (1905). Nos anos 20 houve uma nova fase de expansão, com o alargamento da rede ao Bairro Andrade (1925), então em construção, e à Boa-Hora e Ajuda (1927). O ramal de Carnide, inaugurado em 1929, marca o fim desta fase de expansão com o início definitivo de serviço regular de passageiros a Carnide (para onde houvera autocarros durante o período da I Guerra Mundial).
Esta fase da rede de eléctricos está dividida em três períodos. Na fase inicial, até cerca de 1906, a evolução é muito rápida, com multiplicação de carreiras e prolongamentos sistemáticos à medida que a cobertura da rede electrificada aumentava. Entre 1906 e 1925 a cobertura da rede é praticamente estável (com alguns ascensores a passarem a eléctricos e correcções de traçado em particular na futura Avenida Almirante Reis, então em construção), havendo no entanto várias alterações e restruturações de carreiras na procura da estabilidade. São particularmente notórias as variantes nas circulações do Príncipe Real (20/21) e São Bento (22/23), que ora ligam à Avenida da Liberdade pela Alexandre Herculano ora pelo Conde Barão.
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