A "Fundação Calouste Gulbenkian" é uma instituição portuguesa de direito privado e utilidade pública, cujos fins estatutários são a Arte, a Beneficência, a Ciência e a Educação. Criada por disposição testamentária de Calouste Sarkis Gulbenkian, os seus estatutos foram aprovados pelo Estado Português a 18 de Julho de 1956.
Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955)
Calouste Sarkis Gulbenkian, nasceu em Istambul em 23 de Março de 1869, e formou-se em Engenharia e Ciências Aplicadas no King's College, em Londres.
Depois de adquirir em 1902 a nacionalidade britânica, cria em 1912 a "Turkish Petroleum Company", e em 1914 obtem a concessão de exploração dos recursos petrolíferos. A nova companhia era composta pelo grupo Royal Dutch - Shell (25%), o Banco Nacional da Turquia (35%), o Deutsche Bank (25%), ficando Calouste Gulbenkian com 15%. Esta companhia serviu de ligação entre as indústrias americanas e russas, tendo sido a percursora da indústria petrolífera na região do Golfo Pérsico. Mais tarde assina o “Red Line Agreement” que permite a compatibilização dos interesses locais e internacionais sobre a exploração petrolífera no ex-Império Otomano. Calouste Gulbenkian mantém 5% do capital da nova "Iraq Petroleum Co. Ltd.". Ao reduzir voluntariamente a sua posição de 15% na "Turkish Petroleum Company", para 5% nesta companhia ficou conhecido pelo «Senhor cinco por cento».
Ao mudar a sua residência permanente para a capital de França, em 1923, fê-lo para um dos bairros mais na moda e mais chiques de Paris: o “Faubourg de l'Etoile”. A artéria escolhida foi a Avenue d'Iéna - uma das 12 que partem da praça onde se ergue o Arco do Triunfo - ao longo da qual se edificaram numerosos “hôtels” particulares durante as últimas duas décadas do século XIX.
A partir de 1927, após um interregno de alguns anos depois do anterior proprietário - Rodolphe Kahn também coleccionador de arte - ter falecido em 1905, e a sua colecção vendida em leilão em 1907 e do edifício ter estado à venda até 1923, o nº 51 da Avenida de Iéna tornou a albergar uma colecção de arte. Comprado em 1923 por Calouste Gulbenkian, o edifício sofreu profundas alterações exteriores e interiores, segundo o programa estabelecido pela vontade e o gosto do seu novo dono, transformando-se no primeiro museu da sua colecção de objectos de Arte, aos quais apelidava, carinhosamente, de “mes enfants”.
L'Hotel Gulbenkian, 51 Avenue d'Iéna em Paris, adquirida em 1923
Vindo de Vichy, onde tinha residido após a ocupação de Paris pelas tropas nazis, Calouste Gulbenkian entrou em Portugal pela primeira vez, em Abril de 1942, com sua mulher Nevarte Essayan, a sua secretária e dama de companhia Mme Theis, seu massagista russo, e seu cozinheiro oriental, a convite do embaixador de Portugal em França. Inicialmente, Lisboa seria apenas uma escala numa viagem a Nova Iorque, mas o empresário adoeceu e acaba ficando mais tempo do que planeara, tendo ficado agradado com a paz que em Portugal se vivia durante o conflito que devastava o resto da Europa. Sentindo-se bem acolhido, estabeleceu residência permanente em Lisboa, no Aviz Hotel, até à sua morte em 20 de Julho de 1955.
O testamento, datado de 18 de Junho de 1953, criou a "Fundação Calouste Gulbenkian" que ficou herdeira do remanescente da sua fortuna, com fins caritativos, artísticos, educativos e científicos, elegendo Portugal para a sua instalação, agradecendo desse modo, postumamente, o acolhimento que teve num momento crítico da história da Europa e sabendo o respeito que em Portugal haveria pelo escrupuloso cumprir da sua vontade.
O primeiro presidente da "Fundação Calouste Gulbenkian" foi o Dr. José Henrique de Azeredo Perdigão.
Em 1942, o Dr. José Henrique de Azeredo Perdigão conheceu Calouste Gulbenkian, o qual, em 1948, decidiu fazer um testamento, para dar destino à colecção de arte, sendo a confiança depositada nele decisiva para a criação da futura fundação em Portugal. De facto, quando o milionário morreu, em 1955 e, após uma batalha jurídica com o advogado e íntimo amigo de Gulbenkian, Lord Cyril Radcliff, Azeredo Perdigão venceu, sendo aprovados os estatutos da "Fundação Calouste Gulbenkian", com sede em Portugal, a 18 de Julho de 1956. Como não queria a interferência de Salazar, conseguiu essa independência, pois o Presidente do Conselho, que não gostava das suas opiniões políticas, também não duvidava do seu patriotismo e acreditava que ele defendia os interesses nacionais. Nomeado presidente vitalício da "Fundação Calouste Gulbenkian" e, desde então, abandonou a actividade de advogado para se lhe dedicar inteiramente, sendo nessa ocasião homenageado pela Ordem dos Advogados Portugueses. Viria a falecer em Lisboa em 10 de Setembro de 1993.
José de Azeredo Perdigão (1886- 1993)
O complexo do edifício-sede “Fundação Calouste Gulbenkian”, prémio Valmor 1975, foi inaugurado em 2 de Outubro de 1969 (amanhã completará 43 anos). Está situado no centro de Lisboa, junto à Praça de Espanha, no interior do "Parque Gulbenkian". Este parque foi o antigo "Parque de Santa Gertrudes", adquirido parte pela Fundação ao Conde de Vilalva, Vasco Maria Eugénio de Almeida, em 1957, tendo hoje uma área aproximada de 7,5 hectares. Foi neste espaço que a 28 de Maio de 1884 o Jardim Zoológico era aberto ao público. Nesta parque a Fundação construiu o conjunto de edifícios que constituem a Sede, Grande Auditório e o "Museu Calouste Gulbenkian", e, mais tarde, o "Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão".
Parque de Santa Gertrudes
Inauguração do complexo da "Fundação Calouste Gulbenkian", em 2 de Outubro de 1969
Complexo da Fundação Calouste Gulbenkian à data da sua inauguração em 2 de Outubro de 1969
Em 1959 é lançado o concurso para o projecto da Sede e Museu da "Fundação Calouste Gulbenkian", que viria a ser ganho pela equipa Alberto J. Pessoa, Pedro Cid e Ruy Jervis d'Athouguia, participando como consultores da equipa os arquitectos paisagistas António Viana Barreto e Gonçalo Ribeiro Telles, para a concepção de um parque que envolvesse o edifício; surgiu, ainda, como consultor Francisco Caetano Keil do Amaral; Frederico Henrique George integrou uma equipa que planeou um projecto para o edifício
Em Dezembro de 1961,é apresentado o anteprojecto do parque, e em 1962 têm início as obras com a adjudicação das terraplanagens e muros de suporte, tendo em 1967 sido adjudicadas as empreitadas de acabamento de interiores. A empreitada geral de construção civil foi adjudicada à já extinta "EMPEC - Empresa de Estudos e Construções, Lda."
Na sua construção, que ocupou uma área de 25.000 m2, e apetrechamento foram adoptadas as técnicas mais modernas, nomeadamente na execução do betão armado e do betão pré-esforçado. Alguns números ilustram o volume destas construções: 150 mil m2 de escavações, 45 mil m2 de betão, 3200 toneladas de aço, 100 km de cabos eléctricos, 50 mil m2 de tubagens de ar condicionado e 3500 kW de potência instalada.
O corpo da Sede, com cerca de 125m de comprimento e 25m de largura, distribui-se por seis pisos (dois dos quais subterrâneos), concebidos para instalar a Administração e os vários Serviços da Fundação e para permitirem a realização de espectáculos, exposições, conferências e congressos. As instalações oficinais e técnicas situam-se no subsolo.
Construção do Edifício Sede Construção do Museu Calouste Gulbenkian
Construção do Grande Auditório
Complexo a ser edificado ainda dentro das muralhas do Parque Gulbenkian
Para grandes espectáculos foi construído um edifício que alberga o "Grande Auditório" cujo concerto inaugural teve lugar no dia 3 Outubro 1969, e contou com a Orquestra de Câmara Gulbenkian e Coro Gulbenkian, interpretando «Te Deum» de João de Sousa Carvalho, sendo a orquestra dirigida pelo maestro italiano Gianfranco Rivoli. Acerca deste Auditório elaborei um post específico no seguinte link: Grande Auditório Gulbenkian
Grande Auditório
Foyer Auditório 2
Calouste Gulbenkian foi um amante da arte, e homem de raro e sensível gosto, além de reunir uma extraordinária colecção de arte, principalmente europeia e asiática. A sua colecção composta por aproximadamente seis mil peças de arte antiga e moderna, das quais apenas mil e trinta se encontram expostas ao público, estão depositadas no "Museu Calouste Gulbenkian" deste complexo.
Na entrada do Museu Calouste Gulbenkian
Vistas do "Museu Calouste Gulbenkian"
Painel "Começar" de Almada Negreiros
Recepção e Hall de entrada do Museu
Na arte europeia, reuniu obras que vão desde os mestres primitivos à pintura impressionista. Uma parte desta colecção esteve exposta por empréstimo, entre 1930 e 1950, na National Gallery em Londres, e à Galeria Nacional de Arte em Washington, DC. Figuram na colecção obras de Carpaccio, Rubens, Van Dyck, Rembrandt, Gainsborough, Romney, Lawrence, Fragonard, Corot, Renoir, Boucher, Manet, Degas, Monet e muitos outros.
Algumas salas do "Museu Calouste Gulbenkian" à época da sua inauguração
Além da pintura, reuniu um importante espólio de escultura do antigo Egipto, cerâmicas orientais, manuscritos, encadernações e livros antigos, artigos de vidro da Síria, mobiliário francês, tapeçarias, têxteis, peças de joalharia de René Lalique, moedas gregas, medalhas italianas do Renascimento etc.
Sistemas de ar condicionado Estacionamento subterrâneo
Sala de leitura da Biblioteca Geral
Sala de Honra com tapeçaria de Abel Manta
Sala Restaurante e sala de convívio
Ainda com o complexo da Fundação a ser construído, seria inaugurada em 1967 pelo Presidente da República Almirante Américo Tomás, a Avenida Calouste Gulbenkian que ligaria a Praça de Espanha aos acessos da "Ponte Salazar" e a Monsanto.
Inauguração da Avenida Calouste Gulbenkian
Em 1958 a "Fundação Calouste Gulbenkian" criou, por sugestão de Branquinho da Fonseca, um serviço de "Biblioteca Itinerante" similar ao de Cascais, mas que almejava abranger todo o território nacional, incluindo mesmo os arquipélagos. Surgiu assim o "SBI - Serviço de Bibliotecas Itinerantes", que Branquinho da Fonseca dirigiu até à sua morte em 1974. Este tinha como objectivos «promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos, assentando a sua prática no princípio do livre acesso às estantes, empréstimo domiciliário e gratuitidade do serviço.» Afigurava-se como tal um serviço de leitura pública moderna.
Inicialmente, em 1958, foram colocadas em circulação 15 bibliotecas itinerantes (sobretudo na região de Lisboa e litoral), mas o seu crescimento inicial foi deveras acentuado, sendo que em 1961 já circulava pelo país (estendendo-se ao interior) um total de 47 veículos de marca "Citröen". O pessoal que assegurava o funcionamento destas unidades móveis, era constituído por dois elementos: o auxiliar e o encarregado, responsável pela biblioteca, a quem competia orientar o leitor nas suas escolhas de leitura. O encarregado não tinha de de ter nenhum curso específico, nem sequer de ser diplomado, apenas precisando de ser alfabetizado, evidenciar alguma cultura geral, gosto pelo livro e predisposição para o contacto com o público. Entre eles incluíram-se grande número de intelectuais reconhecidos como Alexandre O’Neill ou Herberto Hélder.
As bibliotecas itinerantes ou carros-biblioteca levavam a bordo cerca de dois mil volumes arrumados nas estantes. Nas prateleiras de baixo, encontravamm-se os livros para crianças, nas prateleiras do meio a literatura de ficção, de viagens e biografias e, por fim, nas de cima os livros menos procurados, de filosofia, poesia, ciência e técnica. Circulavam por territórios que abrangiam mais do que um concelho, permitindo, após o cumprimento das formalidades de inscrição e requisição, o empréstimo dos livros por períodos de um mês, prorrogáveis, sendo até possível efectuar reservas.
Em 1959 foi sido lançada a revista "Colóquio - Revista de Artes e Letras" editada e publicada pela "Fundação Calouste Gulbenkian", tendo como primeiros directores Reynaldo dos Santos, Hernâni
Cidade e Bernardo Marques. Publicou 61 números até ao final de 1970. Esta revista seria substituída, em 1971 por outras duas: "Colóquio - Letras" e "Colóquio - Artes".
"Colóquio - Artes e Letras" "Colóquio - Artes" "Colóquio - Letras"
Dirigida por Hernâni Cidade e Jacinto do Prado Coelho, secretariada por Luís Amaro, a revista "Colóquio-Letras" estreou-se com periodicidade bimestral, passando a trimestral em 1992. Em 1984 David Mourão-Ferreira assume a sua direcção que, entre 1996 e 2008, é assegurada por Joana Varela. Em 2009, sob a direcção de Nuno Júdice, a revista retoma um ritmo regular com uma periodicidade quadrimestral.
Biblioteca de Arte Sala de Congressos
A concepção do Parque, jardins interiores e terraços ajardinados foi confiada aos arquitectos paisagistas Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, que trabalharam em estreita colaboração com os arquitectos do complexo de edifícios da Fundação, Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Athouguia.
Em 1983, numa das extremidades do parque, foi inaugurado o "Centro de Arte Moderna", construído segundo projecto do arquitecto britânico Sir Leslie Martin. Em 1993, o Centro passou a ser designado como "Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão", em homenagem ao primeiro presidente da Fundação. Além do museu, que exibe parte da colecção de Arte Moderna e Contemporânea, o centro dispõe de uma galeria de exposições temporárias, de uma sala polivalente e de espaços para as actividades do Sector Educativo do Centro.
Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
As actividades desenvolvidas directamente pela "Fundação Calouste Gulbenkian" no campo da investigação científica, nas áreas biomédicas e de ensino pós-graduado, estão concentradas no "Instituto Gulbenkian de Ciência". O Instituto está instalado em Oeiras, num «campus» científico constituído por diversos edifícios, junto ao Palácio dos Marqueses de Pombal. O «campus» inclui outras instituições de investigação científica nas áreas da biologia, biotecnologia e química ITQ- Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, IBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica e a EAN- Estação Agronómica Nacional do Ministério da Agricultura, com interesses e competências complementares: estrutura proteica, síntese e teoria de compostos químicos com interesse biológico, microbiologia molecular, biotecnologia das plantas, fermentação, etc.
Centro de Biologia do "Instituto Gulbenkian de Ciência", nos anos 60 do século XX
Instituto Gulbenkian de Ciência em Oeiras, actualmente
A "Fundação Calouste Gulbenkian" tem ainda uma delegação no Reino Unido, em Londres a "Calouste Gulbenkian Foundation (UK Branch)" e um Centro em Paris, instalado na antiga residência de Calouste Gulbenkian, no L'Hotel Gulbenkian, 51 Avenue d'Iéna e de seu nome "Centre Culturel Calouste Gulbenkian".
Calouste Gulbenkian Foundation (UK Branch) "Centre Culturel Calouste Gulbenkian" em Paris
1969 1971
Em 18 Outubro de 2011 foram inauguradas novas instalações do "Centre Culturel Calouste Gulbenkian". A renovada delegação da "Fundação Calouste Gulbenkian" está situada na margem esquerda do Sena, no número 39 da Boulevard de la Tour Maubourg, num edifício construído em 1869 e que foi objecto de uma intervenção por parte da arquitecta Teresa Nunes da Ponte. A nova casa da fundação acolhe, também, aquela que é considerada uma das mais ricas bibliotecas de língua portuguesa fora de Portugal e do Brasil.
A "Fundação Calouste Gulbenkian" desenvolve uma vasta actividade em Portugal e no estrangeiro no quadro dos seus fins estatutários, através de actividades directas, subsídios e bolsas. Dispõe de uma Orquestra e de um Coro que actuam ao longo do ano no âmbito de uma temporada regular; realiza exposições individuais e colectivas de artistas portugueses e estrangeiros; promove conferências internacionais, colóquios, cursos; distribui subsídios e concede bolsas de estudo para especializações e doutoramentos em Portugal e no estrangeiro; apoia programas e projectos de natureza científica, educacional e artística; desenvolve uma intensa actividade editorial, sobretudo através do seu plano de edições de manuais universitários; promove e estimula projectos de ajuda ao desenvolvimento com os países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste; promove a cultura portuguesa no estrangeiro; desenvolve um programa de preservação dos testemunhos da presença portuguesa no mundo. Paralelamente às suas actividades em Portugal e no estrangeiro, de promoção da cultura portuguesa, a Fundação desenvolve um programa de actividades em prol da Diáspora Arménia para a disseminação da sua língua e cultura.
O actual Presidente do Conselho de Administração da "Fundação Calouste Gulbenkian" é o Dr. Artur Santos Silva que, depois de ter sido eleito em 22 de Dezembro de 2011, tomou posse este ano em 2 de Maio de 2012 em substituição do Dr. Emílio Rui Vilar que terminava o seu mandato nesse dia.
fotos in: Centre Culturel Calouste Gulbenkian, Docomomo Iberico, Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital, Biblioteca Nacional de Portugal, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Arquivo Municipal de Lisboa
4 comentários:
Muito obrigado pela belíssima apresentação da Fundação Gulbenkian... feita em português de lei, sem mutilações, que a própria FCG já não usa.
Parabéns pelo blog "Restos de Colecção"!
Caro E.R.Ferreira
Muito grato pelo seu amável comentário
Os meus cumprimentos
José Leite
Grandes obras grandes feitos. Assim era Portugal
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