As novas instalações das oficinas da francesa "Citröen" representada em Portugal pela "Automoveis Citröen S.A.P.R.,Limitada.". e localizadas na Avenida Praia da Vitória, 9 em Lisboa, foram inauguradas em 13 de Junho de 1932, com a presença do chefe do Estado, general Óscar Fragoso de Carmona.
A inauguração teve lugar durante a "Semana Citröen" que ocorreu entre 12 e 19 de Junho de 1932 no seu stand da Avenida da Liberdade, 46 em Lisboa, e promovida pela firma importadora, para Portugal, a "Automoveis Citröen S.A.P.R.,Limitada.".
A propósito da inauguração o "Diario de Lisbôa" noticiava, no mesmo dia:
O Chefe de Estado foi recebido pelos srs. Conde di Carrodio e Eduardo Roza, respectivamente administrador-delegado e gerente da Casa 'Citröen', tendo em seguida percorrido todas as instalações.
No final, foi servida uma taça de 'champagne' tendo o sr. Eduardo Rosa agradecido ao sr. general Carmona a visita. O chefe do Estado manifestou, por sua vez, o agrado que lhe causaram as excelentes instalações que acabara de visitar.»
A "Citröen"começou a ser representada em Portugal em 1919, pela "Casa Victoria" de "Armando Crespo & C.ª", na Rua do Crucifixo, 10 em Lisboa. Em 1923, é substituída, como agente da marca, pela empresa "Eduardo Roza, Limitada.", que inaugura o seu novo stand de vendas na Avenida da Liberdade, 44 a 48 (anteriormente nos 84 a 90) em 1 de Junho de 1926, mantendo uma filial na Rua Sá da Bandeira, 335 no Porto. Por sua vez, tinha sub-agentes espalhados pelo país.
Por imposição de Andre Citröen, a marca toma a posição e o stand da Avenida da Liberdade a partir de 1 de Outubro de 1927 e passa a ser a "Automoveis Citröen, S.A.P.R.,Limitada", ficando Eduardo Roza como gerente, e o Conde di Carrodio como administrador-delegado. No número 90 da mesma Avenida, abria uma secção de peças, e na Avenida António Serpa são montadas as oficinas "Citröen".
Avenida Liberdade, 44 a 48 em 1926
1 de Novembro de 1927
Os automóveis, carros de entrega e camionetes, eram entregues no depósito e oficinas da marca, para Portugal e Espanha, instalado em Irún (fronteira de Espanha com a França, no País Basco) desde Março de 1927. O anúncio que a seguir publico explica os procedimentos de entrega.
6 comentários:
Bom dia.
Mais uma vez obrigado pelo excelente blog.
Como tudo que diz respeito à Citroën, o Clube Citroën tem muitas vezes mais alguma informação que, julgamos, poderá ajudar e enriquecer a publicação, sobretudo via as pesquisas que fizemos para o centenário 2019.
No caso da Praia da Vitória (e a sua projecção para a Defensores de Chaves), publicámos algumas fotos inéditas, que o arquivo Citroem em França connosco partilhou, e desenhos que recolhemos no projecto de contração consultável no Arquivo Municipal de Lisboa.
Veja aqui : https://www.facebook.com/page/466992353452501/search/?q=praia%20da%20vitória e se podermos ajudar (e sempre que a Citroën esteja "metida ao barulho). Mesmo do Av da Liberdade há mais uma ou outra foto, e das oficinas na António Serpa, ao Campo Pequeno.
Abraço.
Boa tarde
Muito agradeço a gentileza da sua disponibilidade.
Vou aproveitar algumas das fotos publicadas no Clube Citröen, para enriquecer este artigo, se não se importa.
Mais uma vez, os meus sinceros agradecimentos.
Abraço
José Leite
O prazer é todo nosso.
Já agora umas pequenas notas.
Antes do Eduardo Rosa, os Citroën forma vendidos pela Casa Vitória, de Armando Crespo, na Rua do Crucifixo, de que o José Leite já falou (como loja de bicicletas). O Eduardo Rosa em 1923 torna-se representante oficial, na Avenida da Liberdade 44-48. A Citroën toma a posição e o local como Stand (era uma imposição de André Citroën serem centrais) e mais acima no nº 90 abre a secção de peças em 1927. Na António Serpa são abertas as oficinas. Parte deste prédio ainda é uma garagem e posto de abastecimento. Como indica em 1933 inicia a mudança para a Praia da Vitória/Defensores de Chaves onde ficarão até à abertura de Sacavém já no final do século.
Abraço
P.S. para fotos com maior qualidade podemos enviar por mail. o nosso é geral@clubecitroenportugal.com
Caro Pedro Carvalho
Realmente, tinha-me esquecido de mencionar a "Casa Vitoria", da qual já publiquei um artigo acerca da sua história, no qual refri , precisamente, a "Citröen".
Já está reposta a falta, graças ao seu comentário, que muito agradeço.
Abraço
José Leite
Boa tarde
É neste sítio que fica agora o Continente que também tem entrada pela Av. Defensores de Chaves?
Obrigado pelo blog
Cumprimentos
Exatamente.
Cumprimentos
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