A "Aveirense, Lda.- Fábrica de Salsicharia Fina e Conservas de Carne", foi fundada em 1949 com a sede e instalações fabris na Rua da Arrábida, 38 na zona do Rato em Lisboa.
Instalações da “Aveirense, Lda.” na Rua da Arrábida em Lisboa
Viatura de venda de cachorros com salsichas “Aveirense”, na Feira Popular de Lisboa em 1955
Tornou-se famosa, principalmente com as suas "Salsichas de Francfort", além do seu fiambre, mortadela, salame, bacon e pasta de fígado, tudo comercializado sob a sua marca "Corôa". Em 1955 já tinha criação, engorda de gado suíno, e matadouro industrial em Manique de Baixo, perto do Estoril.
Nas embalagens dos produtos “Corôa” (Aveirense) podia-se ler:
- Salsichas: «Retiram-se as salsichas da lata e mergulham-se durante 5 minutos em água quente, mas não a ferver, e estão prontas a servir. Acompanhadas com mostarda são uma delícia.»
- Fiambre: «Produto de delicado aroma e paladar tenro, suculento e nutritivo.»
- Pasta de fígado: «Alimento forte, de sabor apetitoso para recheio.»
Os seus grandes concorrentes, nos anos 60 do século XX eram:
“Izidoro” - fundada pela empresa "Manuel Inácio & Filhos", em Rio Maior e, actualmente, propriedade do Grupo Montalva.
“Tóbom” - Inicialmente propriedade da “Companhia de Criação e Comércio de Gados”, com sede em Lisboa e instalações industriais no Montijo, o seu último proprietário foi a empresa “Socar-Sociedade Agro Pecuária da Quinta do Anjo, Lda” de Palmela. Se não estiver errado, actualmente a sigla “Tóbom” é marca de néctares, comercializada pela empresa “Barvima- Produtos Alimentares, Lda.”
”Nobre” - fundada em 1918 por Marcolino Pereira Nobre, em Rio Maior, e que se transformou na "Industria de Carnes Nobre, Lda.", em 1962 pelos filhos do fundador, e hoje integrada no grupo americano "Smithfield Foods".
Segundo o leitor sr. Manuel Tomaz a “Aveirense”, «Tinha associado algumas lojas de Charcutaria em Lisboa, que me lembre, eram: Charcutaria Brasil, rua Alexandre Herculano; Charcutaria Favorita, rua do Ouro; Charcutaria Tábuas, rua Barros Queiroz e Charcutaria Riviera, avenida da Igreja. A Fábrica fechou mas as lojas continuaram, algumas ainda existem.». Pelo meu lado sei, que a “Charcutaria Riviera” ainda existe na Avenida da Igreja em Alvalade.
Esta empresa já não existe. Não sabendo, ao certo, o ano do seu encerramento, ou se, terá sido adquirida por outra empresa, segundo informação do leitor sr. Pedro Ferreira, ainda em 1965/1966 funcionava, e segundo o leitor sr. Luciano Canelas ainda entre 1968 e 1972 estaria a laborar. Como foi fácil deduzir, a informação acerca desta empresa é muito escassa.
fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Santa Nostalgia
9 comentários:
Ainda me recordo do cheiro enjoativo desta fábrica quando tinha o portão grande (a sul) aberto e se viam as máquinas para a esterilização final das latas.
De certeza, laborou até 1965/66.
O edifício ainda existe, embora já esteja delapidado e fechado com tijolo.
Abraço,
Pedro Ferreira
Caro Pedro Ferreira
Muito grato pela sua informação
Vou acrescentá-la.
Abraço
José leite
Recordo bem da Empresa Aveirense, na rua da Arrábida, em Lisboa. Tinha associado algumas lojas de Charcutaria em Lisboa, que me lembre, eram: Charcutaria Brasil, rua Alexandre Herculano; Charcutaria Favorita, rua do Ouro; Charcutaria Tábuas, rua Barros Queiroz e Charcutaria Riviera, avenida da Igreja. A Fábrica fechou mas as lojas continuaram, algumas ainda existem. Estas lojas, antes de aparecerem os Supermercados, tinham uma oferta de topo em Lisboa.
Caro Manuel Tomaz
Muito grato pela informação adicional.
As informações dos leitores são sempre bem-vindas, e preciosas, porque em alguns temas, por muito que procure ... o ditado "quem muito procura sempre alcança" por vezes não se aplica.
Com os meus renovados agradecimentos, os meus cumprimentos
José Leite
Olá boa tarde, caro José Leite.
Há aqui qualquer coisa que não bate certo, eu andei na Escola Machado de Castro de 68 a 72, na rua Saraiva de Carvalho e lembro-me bem da Aveirense estar a funcionar na Rua da Arrábida.
Estarei enganado?
Boas férias, abraço
Caro Luciano Canelas
Agradeço a sua informação adicional.
Eu talvez me tenha exprimido mal, mas já corrigi o texto e apus a sua preciosa informação.
Desta forma com as sucessivas ajudas, vou chegando, talvez, ao ano exacto do seu encerramento.
Peço desculpa por estas imprecisões, mas como estão bem explicadas, devo estar «perdoado» ... :)
Um abraço
José Leite
Caro José Leite,
e eu como andava na Machado de Castro, lá ia nos idos anos de 1952 ou 1953, pedir uma caderneta para colar os bilhetes de eléctrico que nesse tempo tinham anúncios no verso. A caderneta completa era entregue e sairiam alguns prémios. Desconheço quais, pois nunca me saiu nada. A rapaziada andava de eléctrico e era ver-nos a fazer colecção e trocar bilhetes de eléctrico tal como os "bonecos da bola". Lembro que tal como a "Aveirense", também a "Camisa de Ouro", ali no largo do Rato, anunciava nos ditos bilhetes.
Abraço,
João Celorico
quase de certeza foi na "democracia "
que fechou !
Na Rua do Cabo, perto da Aveirense, havia uma empresa que fazia reclames em Neon, passei horas a vê-los trabalharem o vidro, emblemas, letras, desenhos, todas as formas e cores eram possíveis, grandes artistas que me marcaram a memória.
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