Alfredo da Silva, o maior industrial português do século XX, nasceu em Lisboa a 30 de Junho de 1871, e filho do comerciante Caetano Isidoro da Silva e de Emília Augusta Laymée Ferreira. Foi estudar para França até que a morte do pai, em 1885, o obrigou a regressar a Portugal.
Alfredo da Silva (1871-1942)
Matriculou-se no Curso Superior de Comércio. Em 1890, com apenas 19 anos, Alfredo da Silva tornou-se gestor da herança da família. Três anos mais tarde, já era administrador da "Companhia Aliança Fabril "(CAF) e do "Banco Lusitano".
A “Companhia Aliança Fabril” tinha sido constituída no final de 1880, com sede em Lisboa, por iniciativa do "Banco Lusitano", que tinha nas suas mãos uma fábrica de óleos, sita em Alcântara, cujo proprietário entregara como liquidação de uma dívida. O objecto social preconizado nos estatutos não se restringia à produção de óleos, pretendendo os seus fundadores alargar a actividade ao fabrico de sabão e estearina. Para esse efeito, a companhia aumentou as suas instalações em 1883, passando o complexo fabril a ser posteriormente conhecido por Fábrica Sol. Estas eram as maiores empresas da indústria química da década de 1880.
Em 1894 casa-se com Maria Cristina de Resende Dias de Oliveira, e tiveram apenas uma filha, Amélia de Resende Dias de Oliveira da Silva, que viria a casar com D. Manuel Augusto José de Mello, filho do Conde do Cartaxo.
Aos 26 anos, concebeu um projecto audacioso: a fusão da sua empresa, a CAF, com a CUF. Era uma questão de sobrevivência: ambas as companhias viviam com severas dificuldades. A 22 de Abril de 1898 foi formalizada a constituição da nova CUF, que doravante produzia sabões, velas e óleos vegetais e viria a tornar-se um gigante da indústria, ao iniciar em Portugal a produção de adubos em grande escala.
1907
Três logotipos da CUF ao longo da sua existência
Instalações da CUF no Barreiro em 1929
"Fábrica Sol", na Avenida 24 de Julho, Lisboa
"Fábrica União" no Calvário, Lisboa
A “Companhia União Fabril” (CUF) fundada em 1865, com sede em Lisboa, dedicava-se, principalmente, à produção de sabão, velas de estearina e óleo e massa de purgueira. A sua unidade industrial, localizada em Alcântara, fora montada em 1857 pelo Visconde da Junqueira. Em 1881, a “Fábrica União”, como era conhecido o estabelecimento fabril, empregava 133 trabalhadores, ficando a 6 trabalhadores de integrar a lista das 50 maiores empresas para aquele ano. O valor das suas vendas foi de 211 contos em média para o período entre 1877 e 1880, superior ao valor mínimo verificado entre as empresas pertencentes à lista das 50 maiores. Só se conhece o valor do seu activo para o início da década de 1890, altura em que esse agregado estava valorizado em cerca de 456 contos.
Em 1892, devido à falência do "Banco Lusitano", principal accionista da "CAF - Companhia Aliança Fabril", instalou-se uma crise na referida companhia. Alfredo da Silva, como membro do grupo de novos directores, empossados para gestão da massa falida do referido banco, e como seu pequeno accionista, resolveu investir nesta firma. A coerência da sua actuação valer-lhe-á a eleição, em 1893, para director substituto. Entre várias medidas importantes de modernização e reforma de instalações, ressalte-se a criação em 1893-1894, de um laboratório químico na "Fábrica Sol" para aperfeiçoamento dos fabricos, mediante controlo de qualidade de matérias-primas e produto acabado. Mesmo assim, a acirrada concorrência no mercado afligiu as perspectivas de recuperação para a companhia que se debate com dificuldades. Como em 1898, um violento incêndio provocou danos graves nas instalações da "Fábrica Sol", este facto deixou ainda mais debilitada a situação e precipitou a fusão com a CUF, empresa vizinha e concorrente no sector.
Alfredo da Silva em 1902
A “Companhia União Fabril” estava em plena expansão e era necessário encontrar um local para instalar novas unidades fabris. Alfredo da Silva escolheu o Barreiro e em 1907, compra um lote de terreno à família Bensaúde, na Lezíria - entre a Praia Norte do Barreiro e a Praia dos Moinhos no Lavradio -, para aí começar a construir nesse mesmo ano as fábricas da CUF no Barreiro.
Em 1908 começa a produção de ácidos, com uma unidade de transformação de óleo de bagaço de azeitona para fabrico de sabões, que emprega cerca de 100 operários. No ano seguinte entra em laboração a primeira fábrica de Ácido Sulfúrico e Superfosfatos para produção de adubos. Nos anos seguintes a indústria não pára de crescer, transformando a paisagem ribeirinha e o Barreiro no maior centro fabril do País. No final do anos 50 do século XX trabalhavam na CUF mais de 8.000 operários.
A pequena vila à beira do Tejo nunca mais viria a ser a mesma. De resto a empresa veio a espalhar várias fábricas pelos país, empregando 16 mil empregados ao todo. O lema da CUF era «O que o país não tem, a CUF cria».
Início da CUF no Barreiro
Apercebendo-se de que era necessário sacaria adequada para a comercialização dos adubos decide comprar a "Fábrica de Tecidos Aliança", levando a sua maquinaria para o complexo do Barreiro, iniciando-se assim a CUF no fabrico de tecidos de juta e linho.
Em 1909 a CUF adquire no Porto, a fábrica de sabões e velas "Monteiro Santos e Cª" no Freixo, para desta forma a empresa poder abastecer o norte e o centro do país.
Máquinas de juta
Por volta de 1910, o complexo do Barreiro é já um grande centro fabril: fábrica de ácido sulfúrico, fábrica de adubos e armazenagem de superfosfatos, edifício para laboratórios, escritório técnico, armazém de aparelhos eléctricos e carpintaria; dois edifícios para armazéns de jutas, linhos, tecidos e sacos; fábrica de acido clorídrico, edifício da casa do guarda; edifícios para habitações e posto médico, bairro operário; edifícios para a fábrica de tártaros, armazém de azeite filtros e instalações de aquecimento no armazém respectivo.
Companhia Industrial Portuguesa, na Póvoa de Sta. Iria, integrada na CUF
Em 21 de Fevereiro de 1911, é criado o "Corpo de Bombeiros da Companhia União Fabril", três anos após a entrada em funcionamento da primeira unidade fabril do referido complexo (19 de Setembro de 1908). Este corpo de bombeiros chegou a dispor de dois quartéis equipados com modernos equipamentos para incêndios e saúde.
Quartel dos Bombeiros Final de exercícios
Auto-Maca da CUF em 1940 Auto-Bomba da CUF de 1940
A "Companhia União Fabril", à data da 1ª Guerra Mundial, era a terceira maior empresa industrial portuguesa em termos de força laboral; dava trabalho a mais de 2.000 trabalhadores, ou seja, 16 vezes mais do que empregava no princípio da década de 1880. A companhia era proprietária de seis estabelecimentos fabris, situados predominantemente na zona de Lisboa, outros encontravam-se implantados no Porto e no centro do país, mais concretamente em Abrantes.
"Fisipe - Fibras Sintéticas de Portugal" criada em 1973
Barreiro confundia-se com a CUF e a CUF com o Barreiro. Só nestas instalações trabalharam cerca de 6.000 trabalhadores, os quais tinham habitação em bairros construídos propositadamente para eles pela empresa.
«Alfredo da Silva era tão avaro a aumentar ordenados e melhorar condições de trabalho como pródigo a incrementar a “obra social” que casava os trabalhadores com a CUF, ali trabalhando, ali vivendo, ali abastecendo-se, ali indo ao médico, ali lhes nascendo os filhos que depois ali iriam à escola, ali frequentando o grupo desportivo da empresa, ali desenvolvendo o espírito de casta de pertencerem à “família CUF” membros simbólicos de uma “aristocracia operária” em país de ditadura e trabalho incerto e mal pago.»
Cinema - Ginásio Cooperativa
Escola Primária Refeitório
Estádio de futebol Bairro operário
Em 15 de Julho de 1919 é criada a empresa "Sociedade Geral de Comércio e Transportes" e mantinha as ligações entre o norte da Europa, Portugal e as ex-colónias, para o transporte de matérias primas necessárias e de produtos saídos das unidades fabris da CUF. Foi das mais importantes empresas de navegação de Portugal tendo possuído 57 navios até 1972, além da sua frota de rebocadores.
«Costeiro» (1922-1959)
1953
«Rita Maria» (1952-1978) último navio a ser abatido ao efectivo já pertença da CNN
Neste mesmo ano de 1919 em Novembro Alfredo da Silva sofre um atentado ao entrar no seu automóvel à porta do seu palacete em Santa Catarina. Pode-se ler no texto da página seguinte da revista "Ilustração Portuguesa": «Geralmente os populares não são bolchevistas nem compreendem o crime como um ideal»…
Instalações fabris no Barreiro nos anos 70 do século XX
Em 1937, a CUF entra no ramo da construção e reparação naval, após ter ganho a concessão do estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos, propriedade da Administração Geral do Porto de Lisboa com a designação de "CUF - Estaleiros Navais de Lisboa, SARL" . A partir de 1957 passam-se a designar-se "Navalis - Sociedade de Construção e Reparação Naval, SARL" e que iria estar na génese da grande "Lisnave - Estaleiros Navais de Lisboa SARL" constituída em 11 de Setembro de 1961 e cujos estaleiros na Margueira foram inaugurados em 23 de Junho de 1967.
Estaleiros da CUF na Rocha do Conde de Óbidos
"Navalis" ex- "CUF - Estaleiros Navais de Lisboa", num anúncio de 1962
De seguida fotos da fabricação e montagem do forno rotativo, com 50 metros de comprimento e parte do projecto “Kowa-Seiko” concretizado em 1979, na zona metalomecânica da CUF no Barreiro. Este forno foi totalmente fabricado pela empresa “Equimetal - Empresa Fabril de Equipamentos Metálicos” do grupo CUF desde 1973.
Enrolamento de chapas de 120 mm de espessura que constituiriam o corpo principal do forno
Vista geral da Caldeiraria Sectores do forno já fabricados
Operações de carregamento e transporte para o local de montagem final a 500 metros de distância
Transporte e preparação para a montagem de um dos sectores do forno pela empresa “Mompor”
Este grupo de fotos da construção do forno, foi gentilmente cedidas pelo Sr. Luís Teixeira a quem desde já, mais uma vez, agradeço.
De referir que a “Mompor" - Companhia Portuguesa de Montagens Industrias”, que procedeu á montagem deste forno, tinha ingressado no grupo CUF em 1972.
Edifício sede na Av. 24 de Julho em Lisboa
Na vertente da saúde a CUF inaugura em 1945 o "Hospital da CUF". A escolha da localização recaiu no Palácio Sassetti – construído por Carlos Augusto Bon de Sousa, visconde de Pernes – junto à Avenida Infante Santo, dada a proximidade com a sede administrativa da "Companhia União Fabril", na Avenida 24 de Julho entre o Cais da Rocha e a zona de Alcântara.
"Hospital da Cuf" em 1947
Neste mesmo ano de 1945 é impresso um álbum comemorativo da responsabilidade de Marques da Costa
Lisnave em 1969 Banco Totta & Açores
Loja "CUF - Decoração e Tapeçarias" em 1971, na Praça dos Restauradores no edifício do Cinema Eden
1927 1931
1946 1956
1957 1972
A par desta estratégia económica Alfredo da Silva lança as bases de uma política paternalista, a que chamou Obra Social, com a edificação, no perímetro da fábrica de um Bairro Operário (1908), uma rede de assistência médica, refeitórios, creche, despensa e instalações desportivas. Esta política tinha por objectivo não só ligar o operário cada vez mais à fábrica, mas visava também a pacificação social, numa terra onde as lutas políticas tinham tradição. Este modelo económico perdurou até aos anos 70, do século passado .
Escola D. Manuel de Mello de 1961 Colónia de férias de 1950, em Almoçageme
E já agora, o “Grupo Desportivo da CUF” fundado em 1937, que teve uma grande equipe que chegou a militar na 1ª divisão do campeonato nacional durante 22 épocas e que chegou a terminar uma época em 3º lugar (1964/1965). Outro grande clube da cidade do Barreiro foi o "Barreirense" clube também apoiado pela CUF. Grandes jogadores de futebol iniciaram-se na CUF e no Barreirense, sendo grandes «fornecedores» dos «grandes» do futebol português principalmente do Benfica.
CUF e Barreiro, em 1973
A prática desportiva dos atletas CUF passou do velho campo de Santa Bárbara (implantado em plena zona industrial) para o belíssimo estádio Alfredo da Silva (inaugurado em 1965) e para um excelente pavilhão multiusos que lhe foi anexado posteriormente. O "Grupo Desportivo da CUF" passou a seguir a 1974 a "Grupo Desportivo da Quimigal" e mais tarde mudou novamente de nome para "Grupo Desportivo Fabril".
A "Companhia União Fabril" (CUF) instalada no Barreiro desde o no ano de 1908, transformou uma adormecida vila de pescadores e corticeiros na única aglomeração industrial de um país de resto desesperadamente agrícola e pobre. No auge da sua actividade, o Grupo CUF incluía mais de 60 empresas e empregava directamente 12 mil pessoas. Durante cem anos, a roda dentada com as três letras da CUF foi em Portugal um símbolo de trabalho, progresso industrial e prosperidade.
Universo da "CUF - Companhia União Fabril", ao longo da sua existência:
Banca e Sociedades Financeiras
SOGEFI – Sociedade de Gestão e Financiamento (1964)
International Factors Portugal (1965)
Banco Totta – Standart de Angola (1966)
Banco Standart Totta de Moçambique (1966)
Banco Totta & Açores (1970)
Cobrimpe – Cobranças, Organização e Assistência a Empresas (1972)
SOGESTIL – Sociedade de Gestão de Títulos (Fundo FIDES)
Indústria de Construção
Emaco – Empresa de Gestão e Construções (1964)
Saema – Empreendimentos Financeiros e Comerciais (1964)
Realimo – Estudos e Realizações Imobiliárias (1969)
Fundus – Administração e Participações Financeiras
Imobur
Seguros
Companhia de Seguros Universal (1901)
Sagres - Companhia de Seguros (1917)
Império - Companhia de Seguros (1942)
Transportes Aéreos
CTA - Companhia de Transportes Aéreos (1944)
Engenharia, Estudos e Projectos
Empresa Geral de Fomento, planeamento e coordenação de empresas (1947)
Norma – Sociedade de Estudos para o Desenvolvimento de Empresas (1963)
ENI – Electricidade Naval e Industrial (1969)
Promarinha – Gabinete de Estudos e Projectos (1969)
Penta – Publicidade (1970)
Profabril – Centro de Projectos (ex. centro de projectos C.U.F.)
Sector Químico
Companhia Portuguesa do Cobre (1943)
U.F.A. – União Fabril do Azoto (1948)
Microfabril – Sociedade Industrial de Bioquímica (1961)
Lusofane (1962)
PREVINIL – Empresa Preparadora de Compostos Vinílicos (1969)
Vecom – Sociedade de Limpezas Químicas e Protecções Especiais (1969)
Companhia Industrial Portuguesa
Sector Têxtil
SIGA – Sociedade Industrial de Grossarias de Angola (1951)
Companhia Têxtil do Punguè (1959)
SITENOR – Sociedade de Indústrias Têxteis do Norte (1962)
PROTEXTIL – Promoção da Indústria têxtil (1963)
IPETEX – Sociedade de Indústrias Pesadas Têxteis (1965)
CICOMO – Companhia Industrial de Cordoarias de Moçambique (1966)
FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal (1973)
Sector de Higiene e Alimentação
Floral – Sociedade de Perfumaria e Produtos Químicos (1937)
Sonadel – Sociedade Nacional de Detergentes (1956)
Sovena – Sociedade Vendedora de Glicerinas (1956)
Induve – Industrias Angolanas de Óleos Vegetais (1957)
Sicel – Sociedade Industrial de Cereais (1963)
Compal – Companhia de Conservas Alimentares (adquirida em 1963)
Sovencor – Sociedade Distribuidora de Óleos e Sabões nos Açores (1964)
Sapomar – Sociedade Madeirense de Sabões (1966)
Unisol – Sociedade de Distribuição e Exportação (1967)
Proalimentar – Companhia de Produtos Alimentares do Centro (1968)
Supa – Companhia Portuguesa de Supermercados: Pão de Açúcar (1969)
Restaubar - Bares e Restaurantes (1969)
Uniclar – Internacional de Cosmética (1971)
Gertal – Companhia Geral de Restaurantes e Alimentação (1973)
Restaurantes: Alvalade, Varanda do Chanceler, e Alfredo´s (Alvor)
Sector Metalo-Mecânico
Feruni – Sociedade de Fundição (1969)
Mompor – Companhia Portuguesa de Montagens Industriais (1972)
Equimetal – Empresa Fabril de Equipamentos Metálicos (1973)
Sector Eléctrico
Efacec – Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas (1948)
Jomar – cabos eléctricos e telefónicos (adquirida em 1972)
Petroquímica
Sociedade Portuguesa de Petroquímica (em associação com a SACOR) (1957)
Petrosul – Sociedade Portuguesa de Refinação de Petróleos (em associação com a SONAP) (1972)
Companhia Nacional de Petroquímica (1972)
Minas
ECA – Empresa do Cobre de Angola (1944)
Sociedade Mineira de Santiago (1966)
Pirites Alentejanas (1973)
Celuloses
Celuloses do Guadiana (1956)
CELBI – Celulose Beira Industrial (em associação com a Billerud) 1967
Tabaco
A Tabaqueira (1927)
Estaleiros Navais
Estaleiros Navais de Viana do Castelo (1945)
Navalis – Sociedade de Construção e Reparação Naval (1957)
Lisnave – Estaleiros Navais de Lisboa (1961)
Repropel – Sociedade de Reparação de Hélices Lda. (1971)
Gaslimpo – Sociedade de Gasgasificação de Navios (1967)
Setenave – Estaleiros Navais de Setúbal (1971)
H. Parry & Son (adquirido em 1972)
Navegação Marítima
S.G. - Sociedade Geral de Comércio e Indústria de Transportes (1919)
Soponata – Sociedade Portuguesa de Navios-Tanques (1947)
Sonatra – Sociedade Nacional de Tráfego (1953)
Companhia Nacional de Navegação (1956)
Transfrio – Sociedade Marítima de Transportes Frigoríficos (1964)
Transnavi – Sociedade Portuguesa de Navios Cisternas (1967)
Socamar – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas (1969)
Navetur – Agências de Turismo e Transportes de Moçambique (1969)
Socamar – Sociedade de Cargas e Descargas Marítimas (1969)
Navemar – Agência de Navegação Marítima e Aérea (1970)
Samar – Sociedade de Agências Maritimas (1970)
Empresa Africana de Cargas e Descargas (1970)
Navang – Companhia de Navegação Angola (1970)
Companhia Moçambicana de Navegação (1971)
Navetur – Agências de Turismo e Transportes de Angola (1971)
Nortemar - Agência Maritima do Norte Lda. (1971)
Guinémar – Sociedade de Agências e Transportes da Guiné, Lda.
Portufrete - Fretamentos Marítimos e Aéreos, Lda.
Suprema Compañia Naviera S.A. (Panamá)
Transmineira (1970)
Hotelaria e Turismo
Hotal – Sociedade de Indústria Hoteleira do Sul de Portugal (1962)
Salvor – Sociedade de Investimento Hoteleiro (1963)
- Concessão de Jogo (Algarve)
Sointal - Sociedade de Iniciativas Turísticas Algarvias (1971)
- Aluguer de Veículos
Eurocar – Companhia Nacional de Aluguer de Automóveis (1965)
Sarmentauto - Automóveis de Turismo, Lda. (adquirida em 1973)
- Mercado Externo
Interacid inc. ( Sede na Suiça 1971)
Intercuf - Comércio e Representações de Produtos Quimicos Lda. (Sede no Brasil 1973)
Fertisul (Brasil 1973) (accionista de referência)
ICISA (Brasil 1973) (accionista de referência)
Leal Santos (Brasil 1973) (accionista de referência)
Agrofertil (Brasil 1973) (accionista de referência)
D.C.I. - Desenvolvimento e Comércio Internacional (1974)
Sunexport - Sociedade de Comercialização de Produtos Agricolas (1974)
Empresas Diversas
Companhia Animatógrafica dos Restauradores, (Cinema Éden) 1941
UNIFA - União Fabril Farmacêutica (1951)
Editora Arcádia, publicação de livro (1957)
Tinco - Sociedade Fabril de Tintas de Construção (em associação com a ICI) 1958
Isu - Estabelecimentos de Saúde e Assistência (1971)
Blanchard Portuguesa (1974)
Companhia da Ilha do Príncipe
Empresa António Silva Gouvêa
Socajú
Comfabril - Companhia Fabril e Comercial do Ultramar
CPIN - Companhia Portuguesa de Industrias Nucleares (parceria com várias empresas)
Navelink S.A. – Gestão de Investimentos e Projectos da Lisnave fora do país (Sede na Suiça, Janeiro de 1975)
Centro informático da CUF / Quimigal no Barreiro (Computador Univac 90/30) em 1983
Alfredo da Silva faleceu, na sua casa de Sintra, em 1942 - no ano em que tinha sido criada a “Companhia de Seguros Império”, para dar cobertura aos riscos do grupo CUF. O funeral contou com a presença de milhares de operários. O empresário viveu e morreu como um industrial. O seu dinamismo contrastava com o ritmo lento de Portugal. Era um homem de decisão rápida e sem medo de arriscar. A sua visão criou um colosso na indústria que marcou definitivamente o País.
Os sucessores da Alfredo da Silva no comando da "CUF - Companhia União Fabril" foram D. Manuel de Mello (1895 - 1966) por ter casado com a única filha de Allfredo da Silva, D. Amélia da Silva (1896 - 1958), e os filhos, homens, deste casal Dr. José Manuel de Mello (1922 - 2009) e Jorge de Mello (1927 – ).
Em 1975, o maior grupo empresarial privado em Portugal, a CUF, é nacionalizado e extinto. Só em 1997, já pertença do grupo “José de Mello”, voltaria a usar o nome CUF.
No final dos anos 70, em 1979, é criada a empresa holding “José de Mello”, tendo com accionistas alguns dos antigos proprietários da CUF. A reentrada do grupo no sector químico acontece com a compra da Uniteca, uma indústria de produção de cloro e alcális.
Em 1997 O grupo “José de Mello” adquire o controlo da “Quimigal - Químicos de Portugal, S.A.”, procede a uma reestruturação profunda deste grupo industrial químico e volta a adoptar o nome CUF.
Seguindo o lema do sogro Alfredo da Silva, Manuel de Mello, seus filhos - Jorge de Mello e José Manuel de Mello - e seus descendentes, prosseguiram o caminho, diversificando as actividades da CUF e dando origem a um dos conglomerados nacionais mais poderosos do País: o Grupo Mello. Sem nunca esquecer a velha máxima de Alfredo da Silva: “Os líderes, apesar de naturais, só sobrevivem apoiados.”
Nota: Para a elaboração deste artigo foi, também, consultado o blogue: O Grupo CUF - Elementos para a sua História donde foram retirados algumas fotos e elementos históricos, que desde já agradeço.
Fotos in: Galeria João Martins, O Grupo CUF - Elementos para a sua História, Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital, Navios e Navegadores, Ordem dos Engenheiros
39 comentários:
boa tarde
gostaria de deixar uma correção a uma legenda que diz: barreiro no início do século xx. é que o local não é barreiro.
no barreiro nunca existiu um esteiro com ponte, de pedra e cal, como se vê na imagem.
talvez montijo? seixal?...
rc
Caro Anónimo
De onde retirei esse postal a legenda dizia Barreiro, mas pelo sim ou pelo não, e baseado na sua informação, retirei a foto para não induzir em erro.
Grato pela sua chamada de atenção
Cumprimentos
«Alfredo da Silva era tão avaro a aumentar ordenados e melhorar condições de trabalho como pródigo a incrementar a “obra social” que casava os trabalhadores com a CUF, ali trabalhando, ali vivendo, ali abastecendo-se, ali indo ao médico, ali lhes nascendo os filhos que depois ali iriam à escola, ali frequentando o grupo desportivo da empresa, ali desenvolvendo o espírito de casta de pertencerem à “família CUF” membros simbólicos de uma “aristocracia operária” em país de ditadura e trabalho incerto e mal pago.»
Sendo esta parte uma opinião que contrasta com a obra do sr. Alfredo da Silva será que pode dizer qual a sua fonte e o ano da declaração ?era importante saber de onde vem esta afirmação do bota abaixo , já sabemos que não podemos agradar a gregos e troianos , pretendia perceber se a afirmação tem algum valor , cumprimentos .
Caro Anónimo
Sinceramente já não sei onde fui buscar essa citação, mas foi de uma tese de mestrado ou doutoramento em algum repositório universitário online.
Posso informá-lo que não transcrevi toda a citação já que a parte final essa sim era bota-abaixo.
Transcrevia-a apenas para dar uma imagem da «cidade» autêntica que eram as instalações da CUF no Barreiro e que cheguei a conhecer nos anos 60. Partes desta citação não o deveria cortar por respeito a quem o escreveu e alem disso não se afiguraram nada de ofensivo no meu entender.
Só elaboro artigos que me digam algo e dos quais eu tenha respeito ou admiração histórica e que tenham contribuído, ou tentado, para o engrandecimento do nosso país ao longo da nossa história, com todos os defeitos e virtudes.
Foco os assuntos largamente em temas de antes de 1974, como já deve ter reparado, pois a seguir a 1974 infelizmente pouco se construíu ... alem de estradas ...
Os meus cumprimentos
Nasci no posto médico cuf Barreiro, fiz a 4ª classe nas escolas cuf com o prof. França, trabalhei 11/12 anos na cuf Barreiro, trabalhei no banco Totta até ser reformado. Como se vê sou um produto CUF.
Caro Carlos Santos
Grato pelo seu comentário.
Não gostaria de o apelidar de "um produto CUF" como referiu, mas que nasceu e fez a sua carreira profissional no grupo CUF, e que com um certo orgulho, que denoto do seu comentário, julgo ser uma realidade.
Ainda bem, e decerto que existirão e existiram muitos outros.
Os meus cumprimentos
José Leite
Trabalhei e iniciei a minha actividade informática, exactamente neste Centro, mais conhecido por CTI, Centro de Tratamento de Informação, que funcionava no edifício da Direcção de Fábricas, por cima do Serviço de Pessoal. Por engraçado que pareça, trablhei neste centro como operador e não fiquei com nenhuma foto como recordação. A partir de agora já tenho esta, onde está o Op. e meu amigo Falcão a mudar uma banda magnética. Bem haja.
João Carlos Soares
Sou um produto CUF - Nasci no posto médico da CUF frequentei a creche e a escola primária até a 4ª classe trabalhei nas fabricas da CUF desde os 18 anos até aos 29 altura em que fui trabalhar para o Banco Totta tambem do grupo CUF onde permaneci até ser reformado.
bela historia da industria do nosso Pais edo nosso povo.Obrigada
Saudaçoes de Paris
Caro Anónimo(a)
Eu é que agradeço as suas simpáticas palavras, vindas de Paris.
Os meus cumprimentos
José Leite
É bom recordar as nossas origens e ver caras conhecidas da nossa juventude. Tal como todos vós "produtos CUF", também eu ainda cá estou, vivinho da Silva - o Silva, bom ou mau, foi quem facultou aos nossos pais o progresso na vida. Cumprimentos a todos os colegas da CUF/Quimigal e paragens a este belo blog.
A Navelink S.A foi uma companhia criada na Suiça para gerir os investimentos e projectos em carteira fora de Portugal da Lisnave logo a seguir ao 25 de Abril para poder estar longe das grandes convulções do chamado Prec de esquerda .Portanto não é uma companhia de turismo.
obrigado a todos-tambem sou um produto da CUF(Lisnave) desde os meus 16 anos de idade.
João Marques
Caro João Marques
Grato pela sua rectificação e pela informação adicional.
Os meus cumprimentso
José Leite
Encontrei um lapso nas datas que escreveu em relação ais sucessores de Alfredo da Silva. O Sr. José de Mello é que morreu em 2009, não o irmão, que creio ainda ser vivo.
D. Rute Pereira
Muito grato pela sua correcção
Os meus cumprimentos
José Leite
Boa tarde
Também me considero filha da CUF, pois nasci no posto médico, andei na creche, na escola até á 4ª classe e frequentei a colonia de ferias até aos 12 anos. Só não trabalhei lá. E muitas saudades tenho, porque podiam pagar mal, mas davam condições extras aos operários pois o posto médico tinha todas as especialidades médicas e não se pagava nada,os infantários eram de graça, os filhos tinham 3 semanas de férias... e agora?Há alguma empresa que faça isso? Nem a pagar muito nem pouco o que existe agora é falta de trabalho e falta de condições para quem trabalha.
Ainda o sr anonimo se sente incomodado pela palavras de Alfredo da Silva?
Concordo com o Jose Leite só se têm construindo estradas atras de estradas e portagens,para pagar
os meus cumprimentos
D. Cristina Domingos
É raro encontrar pessoas, como a Sra. que escrevam com orgulho acerca de empresas onde trabalharam antes de 1974. Umas por medo de serem mal interpretadas, outras talvez por acanhamento.
Felizmente Portugal teve uma indústria, comércio, banca, seguros, transportes marítimos, etc, de que nos podemos orgulhar.
Infelizmente tudo ou quase tudo foi desmantelado em poucos anos o que demorou décadas a construir ...
Como disse, em sua substituição construímos estradas, e pouco mais, que vamos demorar décadas a pagar.
Os meus cumprimentos e grato pelo seu testemunho.
José Leite
Saudações de Cabo Verde, Ilha do Fogo, umas das ilhas produtoras no passado da semente de purgueira, obrigado pelas informações, quando cheguei a Lisboa teve inicio a demolição da fabrica de Alcantara, pela área que ocupava sempre percebi que era algo importante na história de Portugal. um abraço
Já por várias vezes visitei o seu blog que acho muito importante para fazer conhecer a história, do que foi e do que significou a CUF.
Será que nas suas pesquisas me consegue informar de quem foi o autor do projecto do edifício do posto médico da CUF no Barreiro?
Parabens pelo seu excelente trabalho.
Caro(a) Anonimo(a)
Muito grato pelas suas amáveis palavras.
Em relação à sua questão não lhe sei responder, mas aconselhava-o a contactar o autor do blog: "CUF-Elementos para a sua História".
http://industriacuf.blogspot.pt/
Esse blog é dedicado exclusivamente à CUF.
Cumprimentos
José Leite
Bom trabalho.
Só não vejo relação entre a legenda que refere a FISIPE e a foto a que se refere.
Luís Luz
Boa Tarde
José Leite
O seu trabalho de pesquisa e apresentação é de grande qualidade, com, 40 anos e não tendo recordação de muito do que aqui leio e vejo entristece-me imenso pensar no que éramos e o que somos ???
Bom trabalho e claro OBRIGADO
Luis Mota
Caro Luís Mota
Eu é que agradeço a gentilez das suas palavras.
Os meus cumprimentos
José Leite
Boa Tarde,
Gostei muito deste artigo. O meu bisavô materno José Martinho, foi operário na fábrica de sabão em Alcântara. Pena, não haver fotos dos operários a trabalhar no local. Mesmo, assim queria desde já, deixar aqui o meu mais sincero obrigado por este artigo.
As mais sinceras saudações,
Rute Pedro
D. Rute Andreia
Muito grato pelo seu amável comentário.
Os meus cumprimentos
José Leite
Creio que não resta qualquer duvida da grandeza e nobreza de Alfredo da Silva, eu desde os 15 anos que fui operário da CUF, para que se possa analisar o quanto representava para a CUF investir nos jovens e futuros quadros eu e não só fomos admitidos em 1955 e 1956 com o nome de aprendizes, estudávamos á noite na ESCOLA ALFREDO DA SILVA, mas durante o período de trabalho , estudávamos, tinha-mos actividades de de formação na área das artes, educação musical, ginástica, e preparação prática nas oficinas, destas duas fornadas saíram grandes homens, que tiveram um futuro brilhante dentro da empresa, muito mais havia para dizer mas ficamos por aqui , tenho muito orgulho de ter trabalhado nesta empresa de 1956 a 1990.
Eu sou um produto Cuf, nasci, estive na creche, fiz a quarta classe, mais tarde trabalhei em toda a Cuf, até que fui para o Banco Totta e Açores, hoje Santander Totta onde fui reformado aos 65 anos.
Adorei este texto sobre a Companhia Aliança Fabril e usei a sua sabedoria para catalogar o relatório e contas que tenho em mãos, de 1896, dessa empresa, nomeadamente as datas de nascimento e morte do seu administrador e da própria empresa! Muito obrigado! Adriano Silva (BPMP)
Eu trabalhei na construção da UFA no Lavradio em 1963.
Boa tarde,
Também me considero um produto CUF, com muito orgulho!
Trabalhei desde 1972 e ainda trabalho na FISIPE e conheço perfeitamente a biografia do Alfredo da Silva e toda a sua história de vida. Guardo comigo algumas recordações da CUF, tive o privilégio de conhecer todo o universo da CUF a nível nacional, desde o Algarve até Trás-os-Montes.
Na minha opinião, o Engenheiro Alfredo da Silva é o maior industrial de todos os tempos no nosso país, tendo contribuído para o desenvolvimento industrial de Portugal de forma significativa.
Ainda me recordo dos nomes de todos os colegas com quem trabalhei na CUF, eramos uma família.
A única mágoa que tenho é que a maior parte da documentação referente à CUF que tinha guardado com toda a estima, uma determinada pessoa que trabalhava comigo e que se denominava como um grande amigo da família Mello, destruiu essa documentação, incluindo todos os boletins informativos internos até 1993.
É pena que não seja transmitida à nova geração o que realmente foi Alfredo da Silva no contexto do desenvolvimento do nosso país.
Cumprimentos.
Fernando Catarino
Pois é, foi uma grande empresa, grande orgulho nacional. Pouco adiantou ao país, o 25/4/1974 , os sindicatos e as suas greves foram acabando com a CUF a pouco e pouco. O mesmo aconteceu com a Lisnave e muitas outras grandes empresas portuguesas.
Outro pormenor e desculpe contradizê-lo sr Catarino, mas o sr Alfredo da Silva não era engenheiro. Executava bem as suas funções, sempre sob as ordens dos Burnay e dos Empis, sócios maioritários da CUF. Todo o desenvolvimento e grandeza da CUF se deve aos 3 e não apenas a um elemento. Alfredo da Silva, empregado de confiança de há longa data de August Constant Burnay, nunca teria o capital necessário para começar tal empresa. Veio do sr. A.Burnay e do sr. Empis. Dar o mérito da CUF apenas a A. Silva é errado, basta ver os documentos oficiais de registo da empresa. Há que ser justo.
Por favor eliminar o comentário anterior porque falatava alguma informação... Obrigado.
Registo oficial da marca C.U.F.
http://industriacuf.blogspot.pt/2011/07/registo-de-uma-marca-da-cuf.html
Como poderá consultar no link que deixo em baixo, para ser preciosista, o Sr Alfredo da Silva era dono da CAF (Companhi Aliança Fabril) que se fundiu com a CUF. O administrador-Gerente era Alfredo da Silva e os outros administradores eram Constant Burnay, Martin Weinstein e Gabriel de Freitas.
Qualquer dúvida que possa ainda restar, poderá ser tirada consultando a página da Ordem dos Engenheiros.
http://www.ordemengenheiros.pt/pt/centro-de-informacao/dossiers/historias-da-engenharia/no-centenario-da-cuf-o-grande-industrial-alfredo-da-silva-1871-1942-i/
Muito interessante comparar a iniciativa empresarial da primeira metade do Sec XX, com a que começou a aparecer na segunda metade. Da Indústria para o Comércio e Serviços, da mão de obra intensiva, para a mão de obra não intensiva, da criação de riqueza material, para a criação de riqueza imaterial. Cumprimentos.
Olá :) O meu bisavô, trabalhou na CUF durante largos anos e até hoje a minha tia-avó fala bastante disso e mostra sempre a medalha que ele recebeu enquanto trabalhou lá !!~ Obrigada pelo seu post
O testemunho do Sr Augusto Rodrigues da Silva(25-06-2015) que partilho na totalidade, algumas achegas embora tardiamente(mea-culpa) serão a continuidade do orgulho da Empresa onde traba- lhamos. Frequentamos a Escola Industrial e Comercial Alfredo da Silva inaugurada em 1946 (fundadores e primeiros finalistas) e assim alem do tempo para a deslocação (aulas diárias) oferta do material para estudo, prémios para notas com pontos acima de 10.
Pessoalmente orgulho-me de trabalhar na CUF algum tempo após a reestruturação período de 1946-1990.
Uma vida profissional interna-externamente foi o corolário da grande escola profissional que apreendemos e servimos a outrem num período diverso da minha vida.
09-12-2019
Eu nasci nas fábricas da CUF em 1960, a minha mãe grávida trabalhou na CUF, andei na escola da CUF, fiz ginástica no ginásio da CUF, andei na escola Alfredo da Silva, trabalhei na Quimigal. O Barreiro foi um "estado nação", mas o 25 de Abril acabou com tudo...
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Boa tarde,
Escrevo do Brasil, estado de São Paulo, cidade de Ytu.
A tempos acompanho e leio sobre a CUF, já comprei livros em Lisboa sobre a Cia.
Parabéns pelo Blog. Penso que o Sr. Alfredo da Silva, além de amar sua Pátria era um homem à frente do seu tempo.
Existe um vídeo muito interessante que conta a historia da CUF, em uma parte dele é possível entender que quando nacionalizada, existiam pessoas que não sabiam nada de administração.
Espero que logo tenha a mesma grandiosidade do passado.
Parabéns.
José Luiz Germano
Economista e Empresário
JLG@JLG1.com.br
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