Os rostos das primeiras edições da obra poética de Luís Vaz de Camões "Os Lusíadas", em diversas línguas. Esta epopeia provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
A primeira edição de 1572 teve duas edições e ambas impressas por António Gonçalves. A primeira edição data, como se vê, do ano de 1572, em que houve duas, atribuindo-se as alterações da segunda ao próprio poeta, o que é duvidoso. O que é certo é terem sido ambas publicadas em sua vida. Tem por título: "Os Lusiadas de Luis de Camões. Com privilegio real. Impressos em Lisboa, com licença da Santa Inquisição, e do Ordinario; em casa de Antonio Gonçalves, impressor, 1572".
O alvará de privilégio real constava no seguinte: «Eu el-rei faço saber aos que este alvará virem que eu hei por bem e me praz dar licença a Luiz de Camões para que possa fazer imprimir, nesta cidade de Lisboa, uma obra em oitava rima chamada Os Lusiadas, que contém dez cantos perfeitos, na qual por ordem poetica em versos se declaram os principaes feitos dos portuguezes nas partes da India depois que se descobriu a navegação para ellas por mandado de el-rei D. Manuel, meu visavô, que santa gloria haja, e isto com privilegio para que em tempo de dez annos, que se começarão do dia que se a dita obra acabar de imprimir em deante, se não possa imprimir nem vender em meus reinos e senhorios nem trazer a elles de fóra, nem levar ás ditas partes da India para se vender sem licença do dito Luiz de Camões ou da pessoa que para isso seu poder tiver, sob pena de quem o contrario fizer pagar cincoenta cruzados e perder os volumes que imprimir, ou vender, a metade para o dito Luiz de Camões, e a outra metade para quem os accusar. E antes de se a dita obra vender lhe será posto o preço na rneza do despacho dos meus Desembargadores do paço, o qual se declará e porá impresso na primeira folha da dita obra para ser a todos notorio, e antes de se imprimir será vista e examinada na meza do conselho geral do santo officio da lnquisição, para com sua licença se haver de imprimir, e se o dito Luiz de Camões tiver accrescentados mais alguns cantos, tambem se imprimirão havendo para isso licença do santo officio, como acima é dito. E este meu alvará se imprimirá outrosim no principio da dita obra, o qual hei por bem que valha e tenha força e vigor, como se fosse carta feita em meu nome, por mim assignada, e passada por minha Chancellaria, sem embargo da ordenação do segundo livro, titulo XX, que diz que as cousas cujo effeito houver de durar mais que um anno, passem por cartas, e passando por alvarás não valham. Gaspar de Seixas o fiz em Lisboa a 24 dias do mez de setembro de MDLXXI.» (1571).
As duas edições de 1572 são raríssimas e distinguem-se, entre outras minudências, pelo frontispício da segunda, aqui reproduzida, ter o pelicano voltado para a direita, e o da primeira tê-lo voltado para a esquerda.
Este poema excitou um grande entusiasmo tanto em Portugal como no estrangeiro. Era o primeiro poema regular que aparecia na época da Renascença, a as suas imitações de Homero e de Virgílio bastavam para lhe granjear o favor dos eruditos, assim como o sopro patriótico que o anima, as descrições magníficas das cenas do mar e das cenas de combates bastavam para lhe alcançar imensa popularidade.
Espanhol, em 1580 Inglês, em 1655
Italiano, em 1658 Latim, em 1662 Francês, em 1735
Holandês, em 1777 Polaco, em 1790 Alemão, entre 1806-1807
Dinamarquês, entre 1828-1829 Sueco, em 1839 Húngaro, em 1865
Em 1972 e por ocasião do IV Centenário de "Os Lusíadas"
fotos in Biblioteca Nacional de Portugal
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