A decisão de construir o Palácio de Justiça de Lisboa datava já de 1958, mas só em 1962 os arquitectos Januário Godinho de Almeida , João Henrique de Melo Breyner Andresen foram encarregues de o desenhar. As obras começaram em 1967 a cargo da “Edifer - Construções Pires Coelho & Fernandes” (fundada em 1966) sendo os arquitectos responsáveis: Raul Lino (coordenador artístico) e José Luís da Cruz Amorim (mobiliário e estacionamento).
Maqueta do projecto inicial
Em 30 Setembro de 1970 foi inaugurado o Palácio de Justiça de Lisboa, tendo sido concluído seis meses antes da data prevista. O seu custo total ascendeu a 240 mil contos. 180 mil o dos tribunais cíveis ocupando uma área coberta de 4.215 m2, e 60 mil contos os dos Tribunais de Polícia e Execução de Penas que possui uma área coberta de 2.050 m2.
Exteriores do Palácio de Justiça de Lisboa ( Edifício do Tribunal Cível )
Do projecto inicial, concebido como um conjunto de 4 edifícios dispostos em torno de uma praça, sugerindo um amplo "Forum", constavam: os tribunais cíveis e criminais, os tribunais superiores e os tribunais de polícia e de execução de penas. Deste plano construiram-se apenas os edifícios do Tribunal Cível e dos Tribunais de Polícia e de Execução de Penas. A execução do projecto dependia da demolição do actual "Estabelecimento Prisional de Lisboa"; tal não foi efectuado.
Edifício do Tribunal de Polícia e de Execução de Penas Cantina e Bar na cobertura do Tribunal de Polícia
Entrada para o Tribunal Cível
Do plano original foram construídos apenas os edifícios do Tribunal Cível e dos Tribunais de Polícia. Nesta data foram instalados no Tribunal Cível os serviços de 15 juízos cíveis e 7 varas cíveis, constituindo 22 núcleos. Começou logo a funcionar no dia seguinte, exceptuando o Tribunal de Polícia que só na 2ª feira seguinte.
Em 1971 foram executados diversos trabalhos no restaurante situado nos tribunais de Polícia e de execução de penas.
Neste Tribunal podem-se observar várias obras de arte que o equipam tais como: 4 painéis da autoria de Jorge Barradas, executados em 1969, intitulados "A Justiça", "O Juíz de Fora", "O Código" e "A Balança"; 6 painéis da autoria de Júlio Resende alusivos "Sapiência", "Verdade", "Fortaleza", "Serenidade", "Temperança" e "Prudência". 6 painéis da autoria de Querubim Lapa, intitulados "Adão e Eva expulsos do Paraíso", "o Direito que possibilita a Paz entre os Homens e a suas glórias", "Criação de um Código", "a prática da Justiça apoiada no Direito", "Espírito da Ordem" e "Temperança".
Em 1971 procedeu-se à colocação, no topo central da Sala de Audiências da 4ª vara cível, de uma tapeçaria da autoria de Amândio Silva, alusiva a "João das Regras e a revivescência do direito".
Amândio Silva, e a tapeçaria "João das Regras e a revivescência do Direito"
Querubim Lapa, e “Adão e Eva expulsos do Paraíso” Júlio Resende, e “Prudência”
fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Ministério da Justiça
Actualmente o Tribunal Cível é constituiído por 17 varas e 10 juízos.
5 comentários:
"Este edifício foi concluído seis meses antes da data prevista"
agora é comparar com o tempo actual
E acrescento mais, sem derrapagens orçamentais
Cumprimentos
Gostei muito!
Queri apaenas dizer que acho este site um tesouro com investigalções fantasticas! Autenticas reportagens historicas ilustradas com interessantes fotografias! Ta optimo!
Caro Anónimo
Muito grato pelas suas simpáticas palavras.
Os meus cumprimentos
J.Leite
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