A “Exposição Universal e Internacional de Bruxelas”, de seu nome oficial “Exposition Universelle et Internationale de Bruxelles”, decorreu entre 17 de Abril a 19 de Outubro, em 1958. Foi a primeira grande Exposição Mundial depois da Segunda Guerra Mundial. Bruxelas já tinha acolhido este tipo de evento internacional em 1897 e em 1910. Foi a trigésima Exposição Universal realizada a nível mundial tendo sido a primeira em Londres no ano de 1851.
Vista da Exposição Universal e Internacional de Bruxelas
Perto de 15 000 trabalhadores passaram três anos a construir nos 2 km² o que constituiram o recinto da Exposição situado em Heysel, a 7 km de Bruxelas, na Bélgica. O local é, hoje, sobretudo conhecido devido ao enorme modelo de um átomo denominado «Atomium» que ainda hoje continua a ser um dos pontos de referência na capital belga. Mais de 42 milhões de pessoas visitaram esta Exposição em que participaram 47 países.
O símbolo desta exposição, sobrepôs-se a tudo o resto na sua grandeza - o «Atomium» - uma reunião de nove grandes esferas de alumínio, colocadas como os protões e os neutrões num só átomo de ferro ampliado 130 milhões de vezes.
«Atomium»
O «Atomium» ainda hoje existente, tem 103 metros de altura e pesa mais de 2.300 toneladas, e cada uma das esferas é ligada por corredores tubulares. Em cada um dos globos expunham-se exemplos das várias possibilidades do emprego da energia atómica com fins pacíficos. A esfera mais alta foi destinada ao restaurante da feira.
Cartazes promocionais
Guia oficial
Portugal esteve mais uma vez presente neste tipo de evento internacional com um pavilhão projectado pelo arquitecto Pedro Cid. A presença portuguesa teve como comissário geral o Comandante de Penha Garcia. A última vez que Portugal tinha participado numa Exposição Universal foi em 1937, na “Exposição Internacional de Paris” a última a ter lugar antes da II Grande Guerra Mundial. Consultar post intitulado: “Portugal na Exposição Internacional de Paris”
O pavilhão de Portugal e os respectivos jardins ocuparam uma área de cerca de 2.870 m2, e ficou enquadrado pelo pavilhão da Suíça, da Grã-Bretanha e da Alemanha. Os quatro países combinaram deixar passagem livre entre os jardins de cada um deles, formando assim um dos mais bonitos recantos ajardinados de toda a Exposição.
Pavilhão de Portugal numa vista diurna
Cartaz português alusivo à presença no evento
Pavilhão de Portugal numa vista nocturna
A mensagem de apresentação da representação portuguesa nesta Exposição era a seguinte: «A representação de Portugal é uma síntese do humanismo português e um resumo das riquezas espirituais e materiais da Nação. Baseado no tema da Exposição, esta representação dá a conhecer aos visitantes a revelação das aspirações dum povo ao trabalho, para elevar o seu nível de vida e desenvolver os recursos de todo o seu vasto território, constituído pelo conjunto das províncias europeias, situadas na Península Ibérica, onde se encontra a capital (Lisboa), e as províncias d' Além- mar dispersas pelo mundo.»
Desdobrável, guia do pavilhão de Portugal
O Pavilhão de Portugal era composto por dois blocos (pavilhão e anexo) e seis sectores assim distribuídos:
I - Introdução
II - Riquezas Espirituais da Nação
III - Riquezas Materiais da Nação
IV - Aspirações do Povo Português
V - Províncias d’ Além-mar
VI - Anexo exterior (Restaurante e Bar)
Vistas gerais do pavilhão de Portugal
No edifício anexo ao pavilhão, o Restaurante e Bar para provas de “Vinho do Porto”
O jornal inglês "Daily Mail" publicava no dia da inauguração da Exposição na sua página editorial, um cartaz ilustrado no qual se via o interior de um «pub» onde todos os clientes bebiam vinho do Porto e no qual se podia ler o seguinte anúncio: «O vinho do Porto dar-lhe-á forças».
Quanto a obras de arte, o Pavilhão de Portugal foi enriquecido com as obras de:
- Estátua no exterior, em bronze, do Infante D. Henrique obra do escultor Barata Feyo.
- Esculturas de: António de Paiva, António Duarte e Jorge Vieira.
- Pinturas de: Câmara Leme, Jùlio Resende.
- Cerâmica de: Querubim Lapa e Menz
Estátua do Infante D. Henrique Tapeçaria de Marcelo de Moraes
fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Ephemera
5 comentários:
A tapeçaria, que foi "Grand Prix" não é de João da Câmara Leme, mas sim de Marcelo de Moraes adquirida pela SACOR encontra-se hoje no património da GALP.
Caro António Fernandes
Peço desculpa pelo erro e vou proceder à devida alteração.
Grato pela sua chamada de atenção e e os meus cumprimentos
José leite
Ex.mo José Leite,
muito obrigada pelas informações que poe no seu site. Estava na procura de informações sobre a partecipação de Portugal na Expo de Bruxelas do 1935, o Sr. Leite, sabe nada sobre isso?
obrigada
annarita gori
D. Annarita Gori
Não tenho elementos sobre a participação de Portugal na Expo Brussels 1935
Os meus cumprimentos
José Leite
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