Com a mudança definitiva para o “Parque das Laranjeiras” do “Jardim Zoológico de Lisboa”, foi inaugurado em 14 de Maio de 1905, no mesmo local, o “Velódromo de Palhavã”. Recinto chic da Lisboa dos últimos anos da monarquia.
Tribuna Real, com a presença do Rei D. Carlos I em 1905
A construção deste velódromo ficou a dever-se à iniciativa privada e à vontade de três entusiastas da velocipedia, José Eduardo d'Abreu Loureiro, Fernando Belard da Fonseca e Frederico Carlos Rego.
Tinha a pista revestida de cimento, com um perímetro de 333,33 metros e as curvas estavam estabelecidas de modo que permitiam a velocidade de 80 Km/h. Possuía tribunas nas curvas, além da tribuna real, ampla e elegante. Coreto de música foi instalado em frente da tribuna real. O relvado nivelado com as rectas da pista. Camarotes e bancadas. Os espectadores de pé (peões) tinham lugar num plano inclinado que permitia a todos disfrutar das corridas do mesmo modo, tanto aos da frente como aos da rectaguarda. Foi construído um restaurante com terraço, onde o espectador sentado na sua mesa podia disfrutar do espectáculo.
Rei D. Manuel II
Corridas promovidas pela União Velocipédica, em 9 de Julho de 1905
Este “Velódromo de Palhavã” estava ao nível dos melhores da Europa. Durante cerca de duas décadas conheceu os mais falados concursos hípicos, os mais assombrosos recordes do ciclismo (no tempo do ciclismo aristocrático), provas de motos, e, também, as primeiras e ruidosas experiências de um novo desporto, então reservado aos ricos: o automobilismo.
Gincana automóvel em 1925 (Citroen 5CV Type C3 Torpedo)
Publicidade em 1908
fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital
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