A pintora Maria de Lourdes Ribeiro mais conhecida por Maluda, nasceu em 1934 em Pangim no Estado de Goa na, então, Índia Portuguesa. Viveu desde 1948 em Lourenço Marques (Maputo) em Moçambique, onde começou a pintar e se formou. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, viveu em Paris entre 1964 e 1967, e Suiça e Londres entre 1976 e 1978.
Auto-retrato
A sua obra abraça vários géneros, incluindo retratos, serigrafias, tapeçarias, painéis murais, ilustrações e selos de correio, mas o principal da pintura de Maluda está muito voltado para a síntese da paisagem urbana e rural. Em 1989 recebeu o prémio mundial para o melhor selo.
Selos das Fortalezas da Madeira
Depois de, em 1967 instalar-se definitivamente em Lisboa, três anos mais tarde instala a sua casa-atelier na Rua das Praças, em Lisboa, onde viveria até à data da sua morte.
Em 1969 inaugura a primeira exposição individual na Galeria do Diário de Notícias, em Lisboa, então considerada local de grande prestígio, onde expõe vários óleos sobre Lisboa.
Cabo Espichel Évora
A partir de 1978 dedicou-se ao tema das “Janelas”, e pinta 39, iniciando pela Janela I de Évora.
Janela I de Évora Janela XXXVIII (Elevador da Bica)
Em 1994 recebe o "Prémio Bordalo Pinheiro” atribuído pela Casa da Imprensa, e no âmbito da “Lisboa Capital da Cultura”, realiza uma grande exposição individual no Centro Cultural de Belém em Lisboa.
Durante a sua vida efectuou 24 exposições individuais, e as suas obras estão na posse, por exemplo, da Fundação Calouste Gulbenkian, passando por colecções particulares, instituições do Estado, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Morre em 10 de Fevereiro de 1999.
“Vim do Oriente, onde nasce a luz; passei por África, onde aprendi a amar a vida; cheguei à Europa, onde estudei pintura na cidade das luzes; depois fixei-me em Lisboa. Gradualmente refiz o percurso labiríntico em direcção à luz. Cada passo revela, à sua maneira, esse jogo de sombras e de luz que é a vida e a morte, a sabedoria e a ignorância. Eu pinto. É uma aventura que não troco por nenhuma outra.”
Maluda na revista “Galeria de Arte” nº 5 de Julho/Agosto de 1996
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