Assim como a zona oriental de Lisboa foi radicalmente transformada, e reabilitada por ocasião da “Expo 98”, a zona ocidental de Lisboa - mais concretamente a zona de Belém - também o foi, por altura da “Exposição do Mundo Português” em 1940.
Recordo o que escrevi no post dedicado à “Exposição do Mundo Português de 1940”:
Para a efectiva execução deste projecto, o "MOPC -Ministério das Obras Públicas e Comunicações" alterou o curso da linha férrea na Avenida da Índia, expropriou terrenos, desalojou habitantes e demoliu considerável número de construções e, em 11 meses, construiu uma cidade histórica feita de estuque, madeira, gesso e papel.
Situada entre a margem direita do rio Tejo e o Mosteiro dos Jerónimos, ocupava cerca de 560 mil metros quadrados. Na sua construção trabalharam durante 11 meses, 15 engenheiros, 13 arquitectos, 1.000 estucadores, 5.000 operários e 129 serventes. Centrada no grande quadrilátero da Praça do Império, esta era definida lateralmente por dois grandes pavilhões, longitudinais e perpendiculares ao Mosteiro: o "Pavilhão da Honra e da Cidade de Lisboa" (arq. Luís Cristiano da Silva), e do outro lado, o "Pavilhão dos Portugueses no Mundo" (arq. Cottinelli Telmo).
O evento levou a uma completa renovação urbana da zona ocidental de Lisboa. A sua praça central deu origem à Praça do Império, uma das maiores da Europa. A maioria das edificações da exposição foi demolida ao seu término, restando apenas algumas como o actual "Museu de Arte Popular" e o "Monumento aos Descobrimentos" (reconstrução com base no original de madeira).
Sem comentários:
Enviar um comentário