A composição “ML 7” foi a primeira série de material circulante utilizado pela “Sociedade Metropolitano de Lisboa, SARL”, fundada em 26-01-1948, e inicialmente fabricada pela empresa alemã “Linke Hofmann Busch GMBH”, tendo sido as primeiras unidades importadas. Esta composição entrou em circulação logo aquando da inauguração do “Metropolitano de Lisboa”, a 29 de Dezembro de 1959, nas linhas entre Sete-Rios-Restauradores e Entre-Campos-Restauradores.
Chegada das primeiras unidades ainda importadas da empresa alemã “Linke Hofmann Busch GMBH”
Quando a empresa gestora do “Metropolitano de Lisboa” quis dar continuidade ao uso de carruagens na sua frota, inicialmente adquiridas à casa alemã “Linke Hofmann Busch GMBH”, encomendou várias unidades deste tipo à “Sorefame - Sociedades Reunidas de Fabricações Metálicas, Lda.” na Amadora. Estas foram, assim, as primeiras carruagens em de carbono-18 fabricadas por esta empresa, sob licença do fabricante original. Posteriormente, o Metropolitano optou pelo aço inox para o seu material circulante.
13 de Julho de 1957
A frota inicial de 24 carruagens foi sendo progressivamente aumentada entre 1959 e 1975, já sendo produzidas na fábrica da “Sorefame” na Amadora, tendo sido adquiridas um total de 84 unidades, com numeração de “A-1” a “A-84”. Tinham uma lotação de 173 pessoas e atingiam uma velocidade máxima de 60 km/h. Possuíam carroçaria exterior branca, vermelha e prateada; o interior era em tons de madeira e branco, e os assentos eram azuis.
Composições “ML 7” na linha de fabrico na “Sorefame” em 1958/1959
Estação de Entre-Campos Estação do Saldanha
No dia 21 de Maio de 1976 um incêndio numa composição junto à estação Arroios resultou na destruição de quatro carruagens ML7, tendo as restantes 80 sido retiradas de circulação no dia 31 de Janeiro de 2000 e vendidas para sucata.
As composições “ML 79” entraram ao serviço em 1983 com 12 carruagens, e terminaram o serviço em 2001 quando contavam com 56 carruagens. Com 6 carruagens entrava em 1993 a “ML 90”, e em 2012 ainda se encontravam ao serviço na rede de metro. Em 2012 encontravam-se também no activo as séries “ML 95” com 114 carruagens, a “ML 97” com 54, e ao “ML 99” com 113 carruagens. Apresentado um número total de carruagens nesse ano de 338. Em 1959 eram 24.
Exterior e Interior de uma composição actual do “Metropolitano de Lisboa”
Vários tipos de composições do “Metropolitano de Lisboa” no terminal PMO3 da Pontinha
No entanto, duas carruagens da série “ML 7”,numeradas “A-1” e “A-2”, foram guardadas e posteriormente restauradas, circulando esporadicamente em ocasiões especiais. Um exemplo desse uso episódico foi a sua deslocação para Alvalade em 2009, para albergar uma exposição alusiva ao 50.º aniversário do “Metropolitano de Lisboa”.
Características das composições “ML 7” :
Número Total de Carruagens : 80
Fabricante : Linke-Hofman-Busch
Entrada ao Serviço :
1959 - 24 Unidades, 1964 - 14 Unidades, 1972 - 12 Unidades, 1975 - 10 Unidades
Data de Retirada do Serviço :
31/01/2000 (Unidade A-1 e A-2 restauradas e preservadas para ocasiões especiais)
Dados genéricos
Anos de entrada em serviço :1959/1975
Unidade de tração : MM
Composição máxima (nº de carruagens ): 4
Dimensões principais
Comprimento (entre travessas de topo) :16000 mm
Largura máxima : 2700 mm
Altura máxima : 3450 mm
Bitola : 1435 mm
Capacidade
Passageiros sentados :36
Total de passageiros sentados e de pé : 173
Peso :
Em tara (1 carruagem) : 35 toneladas
Carga normal máxima (6 passageiros/m2) : 47,1 t
Performances
Aceleração inicial (máxima) : 0,9 m/s2
Desaceleração média de serviço : 0,9 m/s2
Desaceleração de emergência : 1,27 m/s2
Velocidade máxima de serviço : 60 km/h
Caraterísticas elétricas
Tensão de alimentação : 750 Vcc
Potência instalada unihorária (1 carruagem) : 4×100 kW
Sistema de tração
Tipo convencional.
Motores de corrente contínua de excitação série.
Freios
Normal de serviço - reostático.
Freio de paragem /substituição - pneumático de cepos.
Travagem de emergência - freio pneumático + eletromagnético.
Freio de estacionamento - mecânico, acionado por manivela.
fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Clube de Entusiastas do Caminho de Ferro, TrainLogistics.com
1 comentário:
Em 1975(?) houve um descarrilamento entre as estações dos Restauradores e do Rossio.
Tem pormenores?
Obrigado
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