A “Estação Elevatória dos Barbadinhos”, juntamente com o “Canal do Alviela”, foi inaugurada em 3 de Outubro de 1880, com a presença de el- Rei D. Fernando II (regente do reino), el-Rei D. Luiz I e o Infante D. Augusto.
Gravuras da inauguração na revista “Occidente”
Notícia no “Diario Illustrado”
Em 1869 a “Companhia das Águas de Lisboa”, tinha adquirido os terrenos do desafectado convento dos Barbadinhos italianos, tendo a construção do Depósito do Alviela (Estação elevatória e 1º dos reservatórios da rede da cidade) entre 1871 e 1880, adaptando parte do antigo convento.
Nesta Estação terminava o “Canal do Alviela”, que trazia a água para Lisboa, a uma distância de 114 kms, das nascentes dos Olhos de Água a 10 Km de Pernes e a 2 km do sítio de Amiais. Esta água era conduzida para o reservatório da “Verónica” e para a cisterna do ”Monte”, no bairro da Penha de França, permitindo abastecer as zonas altas e baixas da cidade através de um sistema de sifões.
A primeira fase da “Estação Elevatória dos Barbadinhos”, era composta por três máquinas a vapor verticais do sistema «Woolf», fabricadas em Rouen (Normandia, França) pela empresa “E.W. Windsor & Fils” de 104 c/v e 100 c/v. O contrato entre a “Companhia das Águas” e a firma francesa realizaram-se em 1876. Uns anos depois da inauguração, em 1889 a empresa “E.W. Windsor & Fils”, ainda fornece mais duas máquinas do mesmo tipo, completando-se o equipamento motriz que garantiu a completa remodelação do abastecimento de água à cidade. O vapor que alimentava as máquinas cujo vapor era produzido por cinco caldeiras com êmbolos verticais de dois cilindros cada, e camisas de vapor (sistema «Woolf» ) de expansão variável e de condensação. As máquinas podiam elevar 300 metros metros cúbicos de água à altura de 70 metros e uma delas 500 metros metros cúbicos a 43 metros, servindo os reservatórios do “Monte” (Penha de França) e da “Verónica” (S. Vicente de Fora) respectivamente.
A estação funcionou de forma ininterrupta até 1928, tendo sido substituída por uma estação elevatória eléctrica. A montagem da nova central data de 1928. Foi construída uma casa com vários grupos de bombas eléctricas, servida por uma porta central na qual foi colocado um painel de azulejos com o tema da água, executado na “Fábrica de Loiça de Sacavém” nesse mesmo ano.
Depois de transformado em Museu em 1951, actualmente funciona neste espaço o “Museu da Água”, inaugurado em 1 de Outubro de 1987. Este Museu estando sediado na Estação dos Barbadinhos engloba também o Aqueduto das Águas Livres, a Mãe de Água nas Amoreiras e o Reservatório da Patriarcal.
Bibliografia: Blog “Ruas de Lisboa com Alguma História”, Igespar
fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Águas de Portugal
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