Restos de Colecção: Casa de Fados “O Faia”

19 de fevereiro de 2016

Casa de Fados “O Faia”

O restaurante típico e casa de fados “O Faia”, abriu as suas portas, na Rua da Barroca, ao Bairro Alto, como “Adega da Lucília” em 21 de Dezembro de 1946, dia do 7º aniversário de Carlos do Carmo. A “Adega da Lucília” era propriedade da fadista Lucília Nunes de Ascensão do Carmo (1919-1980), mãe do fadista Carlos do Carmo (1939-2021), e de seu marido o livreiro Alfredo de Almeida.

                   Lucília do Carmo e seu filho Carlos do Carmo                     Alfredo Marceneiro à porta de “O Faia”

    

               20 de Dezembro de 1947                                                         20 de Dezembro de 1950

      

  

Com a morte de Alfredo de Almeida, "homem da casa" é Carlos do Carmo, que tinha ido estudar para a Suíça línguas e hotelaria. Toma a gerência da casa de fados e muda-lhe o nome para "O Faia", começando a cantar o fado, iniciando deste modo a sua carreira de fadista.

                 20 de Dezembro de 1952 (5º aniversário)                                              30 de Dezembro de 1952

 

Lucília do Carmo em 1963

Lucília e Carlos do Carmo com a nadadora Suzana Abreu do Grupo Desportivo de Lourenço Marques, em 1972

Depois de nos anos 60 do século XX terem-se procedido às primeiras grandes beneficiações no restaurante “O Faia”, este manteve-se na propriedade de Carlos do Carmo até aos anos 80 do século XX, altura que vende esta casa de fados. Os novos proprietários, procederam a nova renovação,  ganhando um Bar, instalando novos equipamentos e foi completamente redecorado, tendo sido a última grande intervenção que sofreu.

 

Janeiro de 1963

 

   
    factura gentilmente cedida por Carlos Caria

No restaurante “O Faia”, cantaram nomes como Alfredo Marceneiro, Carlos Ramos, Berta Cardoso, Tristão da Silva, Fernando Maurício, Ada de Castro, Beatriz da Conceição, Vasco Rafael, Camané, entre outros. Atualmente, as presenças de Lenita Gentil, Anita Guerreiro, Ricardo Ribeiro e António Rocha, acompanhados porFernando Silva na guitarra portuguesa e Paulo Ramos na viola, dão continuidade a essa tradição.

Alfredo Marceneiro, Lucília do Carmo, Maria Tereza de Noronha e José António de Sabrosa

Linhares Barbosa, Berta Cardoso e Alfredo Marceneiro

1954

Em 2012, ano em que completou 65 anos de existência, “O Faia” renova-se de novo com um projeto do arquitecto Luís Candeias, Apostados em continuar e melhorar a qualidade da sua oferta, aperfeiçoaram as condições ao nível da higiene e segurança alimentar, instalações de pessoal e armazenagem, criaram uma garrafeira climatizada. Mais visíveis são as novas cores utilizadas, a nova decoração, a climatização que aumenta o nível de conforto, a iluminação pensada para cada uma das mesas, que diminui de intensidade para criar o ambiente de «Fado».

“O Faia”, actualmente

 

fotos in: Museu do Fado, Hemeroteca Digital, Arquivo Municipal de Lisboa

1 comentário:

Anónimo disse...

Belos Tempos!