Restos de Colecção: Igreja dos Santos Doze Apóstolos

6 de setembro de 2013

Igreja dos Santos Doze Apóstolos

A “Igreja dos Santos Doze Apóstolos”, situada na Rua Barão de Sabrosa, em Lisboa, foi projectada pelo arquitecto Raul Tojal, por encomenda do benemérito Raúl Alves Fernandes (1888-1961).

“Igreja dos Santos Doze Apóstolos”

Enquadramento da Igreja na Rua Barão de Sabrosa à esquerda alta da Alameda Afonso Henriques

 

Este benemérito fundou o Grupo de Beneficência “A Caridade”, que em 1928 construiu o  Asilo “a Caridade” em 1928, que era um orfanato feminino e contíguo a esta Igreja. Estas instalações hoje estão ocupadas pelo “Colégio O Pelicano”

Asilo d’ “A Caridade”

 

Os doze Apóstolos expostos no interior da Igreja

Raúl Alves Fernandes foi comandante da Marinha Mercante portuguesa durante a I Guerra Mundial (1914-1918). E foi nessa qualidade que, em 1917, foi registado o seu feito heroico, assim descrito no blog “Bic Laranja”:

«Em 1917 o navio que comandava o vapor Tungue - diz que dos melhores da nossa marinha - foi atingido por um torpedo alemão. Com coragem e sangue frio, Raul Alves Fernandes conseguiu salvar todos os que tinha a bordo e salvar-se a si mais os valiosos haveres que lhe haviam sido confiados. O feito mereceu-lhe honras da marinha francesa, inglesa, italiana e japonesa, que escoltavam o Tungue. De temperamento despojado, as altas condecorações que recebeu nunca as usou.»

Raúl Alves Fernandes (1888-1961)

Raul Fernandes

Raúl Alves Fernandes, ainda viria a ser gerente da Parceria Geral de Pescarias, adjunto da administração da Empresa Insulana de Navegação”, vogal da Comissão Reguladora do Comércio do Bacalhau e  Presidente da Direcção do Grémio dos Amadores de Navios de Pesca do Bacalhau, em cuja qualidade integrou a Câmara Corporativa.

Foi, também, obra deste benemérito, em 1957 o preventório São José, também contíguo à Igreja.

“Igreja dos Santos Doze Apóstolos” actualmente

                                              
                                               foto de Luís Boléo in Flickr

fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian

1 comentário:

Filipe Ondas disse...

Como neto, foi com orgulho e satisfação que verifico perdurar no tempo a memória e a grandiosidade de meu avô.