Restos de Colecção: Fábrica de Massas «Leões»

14 de dezembro de 2011

Fábrica de Massas «Leões»

A “SAM - Sociedade Alentejana de Moagem, Lda.” criada em 1916 por iniciativa de um grupo de proprietários e lavradores, inaugura em 1917 uma das mais importantes fábricas existentes na região do Alentejo a “Fábrica dos Leões”. Foi a maior empresa industrial eborense, e depois de ter sido adquirida pelos industriais espanhóis radicados em Lisboa, Eugénio Alvarez e Manuel Alvarez y Rivera aumenta o seu capital social de 120 contos para 800 contos. Nesta altura a “Fábrica dos Leões”, já dava emprego a 137 operários.

Duas perspectivas do complexo fabril

Panorâmica geral da Fábrica Leões.2

Empacotamento

  

1927

Este conjunto industrial constitui uma das primeiras centrais termoeléctricas da moagem alentejana, representando um primeiro passo, provavelmente tardio, da industrialização do Alentejo. Anterior à «Campanha do Trigo», a fábrica constitui uma importante referência na indústria moageira nacional e detém um papel de relevo na história da região. Em termos de dimensão tratava-se da maior unidade industrial do Distrito de Évora, seguindo-se-lhe a “Empresa Industrial de Cortiças Eborense” que empregava 80 trabalhadores.

Plataforma de cargas e descargas de comboios

A “Fábrica dos Leões” dispunha de uma central termoeléctrica privativa, instalada em 1942 com 40 kW de potência, em 1947 passa a receber energia da Câmara Municipal de Évora e a partir de 1949 é fornecida pela “UEP - União Eléctrica Portuguesa”. Dispunha igualmente do seu próprio cais de carga e descarga de comboios.

                                                    Fabrico de esparguete e massas alimentícias

 

Maquinaria

 

Outras secções de empacotamento e armazenagem

 

Secção de Padaria

 

     Na década de 70 do século XX a “Fábrica dos Leões” passa a designar-se “Fábrica de Massas Leões”

A “Fábrica de Massas Leões” encerrou em 1993 tendo sido adquirida pela Universidade de Évora em 1998. Os edifícios em parte recuperados, e no restante erguido de raiz com o projecto de Inês Lobo e Carrilho da Graça acolhe o “Complexo de Arquitectura e Artes Visuais” desde 2 de Novembro de 2008. Neste complexo foram instalados os cursos do Departamento de Artes Visuais, Escultura, Multimédia, Pintura e Design e o Curso de Arquitectura da Universidade de Évora.

                                  “Complexo de Arquitectura e Artes Visuais” da Universidade de Évora

fotos in: Viver Évora, Reconversão de Espaços Industriais, Leões - Projecto Geogare

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