1827
O "Teatro Bernardim Ribeiro", foi inaugurado em 22 de Julho de 1922, na Av. Miguel Bombarda na vila de Estremoz. A sua construção foi iniciada em 1916, depois da tomada de consciência por parte de um grupo de notáveis estremocenses da necessidade de construir uma sala de espectáculos com as devidas condições. A sua inauguração contou com a representação da peça "Marinela" (adaptação dos Irmãos Quintero da peça de Pérez Galdós) pela "Companhia Amélia Rey Colaço - Robles Monteiro".
Seguindo a tipologia de teatros de inspiração italiana, o projecto foi da autoria de Ernesto da Maia e as pinturas decorativas foram da responsabilidade do pintor Benvindo Ceia. Em frente aos camarotes, alternam pinturas a óleo, onde figuram grandes nomes da dramaturgia nacional de finais do séc. XIX e inícios do séc. XX. Em 1991 sofreu obras profundas de remodelação e restauro e em 2003, após um incêndio situado na área do palco, teve a recuperação integral daquela zona.
Com a sua construção a ter início em 1 de Maio de 1916 (as dificuldades financeiras que as diversas subscrições públicas não conseguiram colmatar apenas viriam a permitir a sua conclusão no ano de 1922), teve como principais responsáveis:
1947 1948
Este Teatro está vocacionado como espaço nobre de serviço público, no qual se visa promover e divulgar actividades no âmbito da cultura e das artes. Nomeadamente, pretende-se incentivar, através da dinamização do Teatro, o cinema experimental e/ou de qualidade, o teatro, de origem nacional ou estrangeira, as manifestações teatrais ou para-teatrais de raiz popular e tradicional, a música erudita e/ou tradicional, a dança e o bailado, a ópera, leituras ou recitais poéticos, conferências, debates e colóquios sobre temas científicos ou artísticos e exposições.»
Nos finais dos anos 80 do século XX
1974
Classificado com Imóvel de Interesse Municipal desde 1997, o "Teatro Bernardim Ribeiro" é uma dos ex-libris da cidade de Estremoz é a principal sala de espectáculos do concelho.
Nota: texto baseado no publicado no site "Estremoz tem mais encanto" da Câmara Municipal de Estremoz.
fotos in: Delcampe.net Cartazes: retirados do catálogo da exposição organizada pela Câmara Municipal de Estremoz de 15 a 29 de Julho de 2014
A "Antiga Ervanária" localizada no Largo da Anunciada, em Lisboa, e actualmente propriedade da firma "Alfredo Augusto Tavares, Sucessores, Lda.", foi fundada, em 1793 no antigo Passeio Público (actual Avenida da Liberdade) com a designação de "Botica do Passeio Publico".
Em 1924, um dos seus filhos, Alfredo Augusto Tavares, alterou o nome comercial de "Botica do Passeio Publico" para "Antiga Ervanária", nome por que ainda é conhecida nacional e internacionalmente.
Excertos dum artigo do jornal "A Capital"
«Foi no extinto Passeio Público, onde hoje se ergue a Avenida da Liberdade, qua a Antiga Ervanária, teve a sua primeira sede, sendo fundada no ano de 1793. Deve-se a instalação da casa a um ascendente de Augusto Tavares que veio a falecer em 1880, legando a sua propriedade a sua viuva D. Joaquina dos Santos Pereira, a qual exerceu a administração até 1924, ano em que morreu com a veneranda idade de setenta e cinco anos.
Já nessa época colaborava com esta senhora, sendo um cooperador valioso, seu filho Alfredo Augusto Tavares, que lhe sucedeu. Se até aí a Antiga Ervanária havia granjeado a melhor reputação, com a gerência de Alfredo Augusto Tavares tomou um incremento notável, tornando-se conhecida em todo o país como a melhor casa especializada no comércio de plantas medicinais.
Morto Alfredo Augusto Tavares em 1938, passou o estabelecimento à posse da sua filha D. Laura Tavares Rodrigues e de seu genro Abel Artur Rodrigues, dedicadamente auxiliado por sua esposa, há anos que vem demonstrando as suas excepcionais qualidade de iniciativa ao serviço da mais sólida autoridade técnica. Dispondo de um grande armazém na Avenida 24 de Julho, a Antiga Ervanária daí fornece vários países estrangeiros, especialmente os Estados Unidos da América, Inglaterra, Brasil, etc. »
Em 1990, esta sociedade passou a ser gerida por Américo Paixão e Maria Celeste Santos, principais fornecedores de plantas medicinais da "Antiga Ervanária" há várias décadas, «os quais têm levado a cabo inúmeras iniciativas, garantindo produtos seguros e sãos e a resposta às necessidades do consumidor: instalações modernizadas; novos moldes no âmbito do comércio a grosso e a retalho, conhecimentos aprofundados sobre a colheita e seleção das espécies botânicas; importação, exportação, armazenamento e distribuição por ervanárias, centros dietéticos, farmácias e supermercados; implementação do sistema HACCP, baseado no Codex Alimentarius e nos Códigos de Boas Práticas de Fabrico e Higiene.
Esta casa com 223 anos de existência (!), «além do emprego das plantas medicinais sob a forma de infusões, decocções e cozimentos, simples e em fórmulas, estas também são comercializadas sob formas farmacêuticas mais elaboradas: comprimidos, cápsulas, soluções orais, extratos, cremes, entre outros, fabricados em laboratórios creditados. »
Já em 1945 ... «Tudo nesta remota emprêsa recorda o passado, sem que o presente desmereça do esfôrço e norma empreendedora de sempre.»
fotos in: Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital de Lisboa
A papelaria "Araújo & Sobrinho", é considerada a papelaria mais antiga do Mundo, ainda em actividade, e foi fundada, em 1829, como "Armazém de Papel do Murinho de S. Domingos". por António Ribeiro de Faria - capitalista e sócio-fundador da "Associação Comercial do Porto" - no recém-remodelado Largo de S. Domingos, 50 mesmo no início da Rua das Flores, na cidade do Porto.
Para melhor se entender os primeiros cem anos desta Papelaria, transcrevo um texto publicado no "Livro de Ouro do Comércio e Indústria do Porto", organizado por Carlos Bastos ed. 1943.
A vigência do Estado Novo, a II Guerra Mundial, a Guerra do Ultramar e a revolução do 25 abril de 1974, encontram na "Araujo & Sobrinho, Sucessores" as 3ª e 4ª gerações de Araújos. Jaime e Henrique Araújo (3ª geração) e os seus sobrinhos Nuno Araújo e Fernando d'Araújo Jorge (4ª geração), acompanhados pouco depois por três dos filhos deste ultimo, Paulo (1970) Manuel e Fernando (1975), estes últimos já da 5ª geração. Fernando d'Araújo Jorge trabalhou na "Araújo & Sobrinho" desde a adolescência até ao fim da vida, durante quase 70 anos, sendo assim o “Araújo” que mais anos dedicou à centenária papelaria.
Largo de S. Domingos, em 1948
1954
Atualmente, a responsabilidade do legado da papelaria "Araújo & Sobrinho" às próximas gerações, cabe a Miguel Araújo, da 5ª geração da família, com a colaboração de uma cunhada Maria José Fontes e de uma prima, Joana Araújo Jorge, já da sexta geração.
Miguel Araújo relançou a marca "Araújo & Sobrinho", assumindo grandes mudanças quer na gestão do edifício, que sempre foi a sua sede e agora é também o "Hotel A&S 1829" e o "Restaurante Galeria do Largo", quer na diversificação dos produtos que propõe na loja: à papelaria de alta qualidade e artigos de design e belas artes juntou prestigiadas marcas nacionais e internacionais de objetos de uso pessoal para a fiel clientela portuense e o crescente numero de turistas encantados com a autenticidade da centenária loja. Quem espreitar a montra ficará também surpreendido: à primeira vista, tem, de facto, instrumentos de pintura e de papelaria. Porque ainda é uma verdadeira papelaria, a "Araújo e Sobrinho", e é também o átrio deste hotel de charme e quatro estrelas que a mesma família abriu – em colaboração com os "Hotéis Lux", sediados em Fátima, em meados de 2015.