Ambulância Dodge M-43 de 1953
Autocarro Ford de 1940
Viatura de combate a incêndios American LaFrance
Viatura de transporte AEC Matador
fotos in: Viaturas Militares Portuguesas
Ambulância Dodge M-43 de 1953
Autocarro Ford de 1940
Viatura de combate a incêndios American LaFrance
Viatura de transporte AEC Matador
fotos in: Viaturas Militares Portuguesas
A pulverização agroquímica é um importantíssimo auxiliar dos agricultores, na pulverização de fertilizantes, no combate às plantas daninhas, insectos, pragas, etc.
O primeiro pesticida moderno foi o DDT que foi sintetizado pela primeira vez em 1874 por Othmar Zeildler. Só em 1939, as suas propriedades insecticidas foram descobertas pelo suíço Paul Hermann Müller da “Geigy Pharmaceutical”, que foi galardoado, em 1948, com o prémio Nobel da medicina, por descobrir a eficácia do DDT como veneno de contacto contra vários tipos de artrópodes. Esta descoberta foi muito importante pelo seu potencial no uso da erradicação de insectos que provocavam doenças e que destruíam as colheitas na agricultura.
Primeiras pulverizações com DDT
Quanto à utilização de produtos químicos na agricultura, a história regista há cerca de 3.000 anos atrás o uso de produtos químicos, como o cobre e o enxofre, no controle de doenças e pragas. Até antes da II Grande Guerra Mundial eram insignificantes as quantidades desses produtos utilizadas no mundo todo, e os equipamentos de aplicação eram extremamente rudimentares
Durante a II Guerra Mundial começaram as pesquisas de desenvolvimento de armas químicas. Com o fim da Guerra alguns países tomaram conhecimento de todo o desenvolvimento dessa tecnologia, modificaram e utilizaram os produtos químicos para o controle de doenças e plantas daninhas na proteção de culturas.
Ferramentas rudimentares de pulverização agrícola nos USA
O grande desenvolvimento da agricultura nos Estados Unidos, após o final da Segunda Guerra e a grande quantidade de produtos químicos fabricados, favoreceu para que muitos pilotos de aviões-caça desempregados tornarem-se pilotos agrícolas. Nessa época aconteceu a explosão da aviação agrícola nos Estados Unidos. Os aviões de treinamento e combate foram modificados para aviões pulverizadores.
Primeiros meios aéreos utilizados na pulverização nos USA
Rudimentares adaptações de tambores e mangueiras instaladas em aviões eram os equipamentos com que realizavam as pulverizações, nessa época.
As fotos seguintes retratam os métodos empregues na pulverização agroquímica em Portugal nos finais dos anos 50 e princípio dos anos 60 do século XX.
Agroquímica em Portugal
Exemplo da pulverização aérea em Portugal foi a “Agran - Agroquímica de Angola SARL”, fundada em 1960. Era uma empresa, da província ultramarina de Angola que, juntamente com a Angol, Moçacor, Siol, CIdla e Nitratos de Portugal pertencia ao grupo “SACOR”.
Avião para pulverização aérea da “Agran - Agroquímica de Angola SARL” em 1961
A “Agran - Agroquímica de Angola SA”, ainda existe continuando sediada em Luanda. Foi detida a 99% pela subsidiária da “Galp Energia SGPS, S.A.”, a “Petrogal Angola, Lda.”. Em em 2006, a “Petrogal Angola, Lda.” alienou esta participação ao grupo angolano “Comfabril”, pelo que a Agran está actualmente inserida neste grupo.
fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital
Antiga “Companhia Nacional de Conservas”. Sensivelmente no mesmo lugar viria a ser construído o “Hotel Espadarte”
Praia da lota, Fortaleza de Santiago e ao fundo antiga fábrica de conservas
Praia do Porto de Abrigo, e ao fundo “Porto de Abrigo” e o Forte de São Teodósio com o Farol da Ponta do Cavalo
Cartazes publicados pela Câmara Municipal de Sesimbra
Campo de jogos “Vila Amália”
Praia junto ao terreno onde viria a ser construído o “Hotel do Mar”, inaugurado em 1963
Fotos in: Sesimbra, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Arquivo Universidade de Aveiro
A empresa de lacticínios “Martins & Rebello, Lda.” foi fundada em Lisboa a 30 de Janeiro de 1906, por António Cardoso Rebelo e Alfredo Martins. Esta sociedade começou em Lisboa com a comercialização da “Manteiga União" e nesta altura já eram detentores de uma unidade de produção em Sátão.
Carro da “Manteiga União” no Carnaval de 1913 Embalagem da “Manteiga União”
Ainda em 1906 iria mudar as suas instalações fabris da manteiga "União" para Pinheiro Manso no concelho de Vale de Cambra, no distrito de Aveiro.
Em 1920 Serafim Figueiredo entra na sociedade "Martins & Rebello, Lda." e afirma:
«Primeiro trabalhava-se com as carroças, depois vieram as camionetas, a folha de flandres para a embalagem da manteiga, a embalagem de madeira, o vasilhame adequado e as máquinas para as fábricas; já durante a guerra não se poderia recorrer à assistência e ao recurso ao equipamento de origem estrangeira. Daí que o sector de laticínios tivesse que se espevitar e exigisse a criação de outras industrias em vale de Cambra (madeiras, embalagens, máquinas e equipamentos).»
A seguir fotos de 1937
Panorâmicas exteriores das instalações da “Martins & Rebello, Lda.”
Na zona da "Lomba da Vaca" a "Martins & Rebello, Lda." possuía uma considerável área de exploração pecuária, onde ainda hoje estão instalados vários edifícios utilizados para a criação e manutenção de gado bovino, bem como a cura e embalagem do queijo para posterior embarque por via marítima.
Cuba para corte de queijo Cuba para queijo e desnatadeira de leite
Embalamento do queijo Armazém de leite em pó
Laboratório Lavagem do queijo
Pasteurização do leite Presssagem do queijo
Fabrico de manteiga
Quadro eléctrico
A "Martins & Rebello, Lda." foi crescendo devido ao mercado conquistado em África e pela diversidade dos produtos que produzia. Tal facto levou à natural ampliação das suas instalações em Vale de Cambra, sob projecto do arquitecto Filipe Nobre de Figueiredo tendo sido inauguradas oficialmente a 8 de Junho de 1952.
Instalações inauguradas em 1952
Para além do queijo "Pinheiro Manso", a empresa diversifica a sua oferta com a produção de outros tipos de queijo: queijo “Castelões”, queijo fundido em barra e o queijo triangular também fundido. A manteiga agora produzida era a manteiga da marca "Primor". Leites condensado, evaporado e achocolatado todos com a marca "Primor", e produtos dietéticos como o “Primolacto” o “Saulacto” e o “Acilacto”, todos para crianças. Produziram ainda leite em pó gordo, meio-gordo e magro e ainda o reconstituinte com o nome "Vigormalte".
No início dos anos 50 do século XX, as principais empresas de laticínios eram: “Martins & Rebello” e “Lacto-Lusa” em Vale de Cambra, “Nestlé” em Avanca, “Lacticínios MAF” em Vila da Feira, “Lacticínios Aveiro” em Aveiro e “Lacticínios SUIL” em Vila da Feira.
Nas décadas de 50 e 60 do século XX a “Martins & Rebello, Lda.” chegou a empregar 700 funcionários, tornado-se na maior empresa de laticínios do país.
1944
1949 1958
1962
Em finais da década de 70 do século XX, viria a entrar em declínio, processo iniciado após 1974, e após a venda de algumas das suas unidades de produção, e de sucessivas restruturações, viria abrir falência em 2001.
A marca "Martins & Rebello" pertencente actualmente à empresa "Indulac - Indústrias Lácteas, S.A.", e localizada na freguesia de Ossela, no concelho de Oliveira de Azeméis.
Pelo seu significado, reproduzo aqui excerto do comentário que a D. Mariana Rebello , neta do fundador António Cardoso Rebello, fez o favor de me enviar:
«A Indulac foi fundada pelo meu pai,e é de facto a continuação da Martins&Rebello (tanto que agora, até temos a marca original, como se pode ver em algumas fotografias), não se tratando assim de um roubo de nomes, mas sim de uma continuação da herança da família Rebello, de que tanto nos orgulhamos e que tanto lutamos para manter 'viva'!
O meu pai, como já veio publicado no jornal de notícias, comprou (há cerca de 3 ou 4 anos atrás) a fábrica Martins&Rebello (a de Pinheiro Manso, Vale de Cambra), o que significa que ainda está na família original .»
Instalações da “Martins & Rebello (M&R) / Indulac” em Ossela
Consultando o site da “Bloomberg Businessweek”, cheguei à conclusão que a empresa "Indulac - Indústrias Lácteas, S.A.", foi fundada em Ossela em 1988. Pelo que deduzo que deve ter adquirido a marca “Martins & Rebello” posteriormente a 2001.
fotos in: Arquivo Municipal de Vale de Cambra, Hemeroteca Digital, Martins & Rebello (M&R)/Indulac