Restos de Colecção: agosto 2016

28 de agosto de 2016

Arquitecto Manuel Norte Júnior

O arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962) nasceu em Lisboa em 24 de Dezembro de 1878. Em 1891, ingressa no curso preparatório da “Escola de Belas-Artes de Lisboa”, entrado depois para o curso de Arquitectura Civil, que é concluído em 1900. Durante este período, recebeu ensinamentos da escola francesa, por parte do Mestre Monteiro, o que o leva depois a partir para Paris, como pensionista do Estado no estrangeiro, para frequentar a “École des Beaux-Arts” e o “Atelier Pascal Amblart”. Regressa a Lisboa, leccionando um curso livre de arquitectura.

Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962)

    

Norte Júnior no seu atelier e décadas mais tarde na sua casa de Sintra

 

Em 1904 a sua primeira grande obra: Casa Malhoa”, na, então Avenida Antonio Jose d’Avellar (actual Avenida 5 de Outubro), em Lisboa. Esta obra marca a inauguração da sua notável participação na arquitectura das “Avenidas Novas” ganhando o seu primeiro “Prémio Valmor de Arquitectura” no ano seguinte em 1905 ano em que se casa com Mariana Godinho,fixando residência em Sintra e trabalhando no seu atelier em Lisboa.

Casa Malhoa”, na Avenida Antonio Jose d’Avellar (actual Avenida 5 de Outubro)

A intervenção de Manuel Joaquim Norte Júnior na zona das "Avenidas Novas", em Lisboa, e, por extensão, nos novos espaços qualificados da cidade, constitui uma amostra significativa da sua obra. A sua anáilise permite verificar o percurso estilístico e as incidências ao nível da tipologia dos edifícios, ao longo das décadas em que o seu trabalho exprimiu uma autêntica "euforia" criadora expressa nas décadas de 1900, 1910 e 1920, principalmente nas duas últimas.

O "Prémio Valmor de Arquitectura", atribuído a partir de 1902 pela Câmara Municipal de Lisboa, com o intuito de estimular a qualidade da ornamentação do edificado. Manuel Joaquim Norte Júnior, viria a ser o recordista deste prémio, tendo sido premiado pelos seguintes projectos: "Casa Malhoa" do pintor José Malhoa na Avenida António Maria d’Avellar (actual Avenida 5 de Outubro) em 1905; “Vila Souza” de José Carreira de Souza na Alameda das Linhas de Torres em 1912;  casa de José Marques na Avenida Fontes Pereira de Melo em 1914; edifício para Domingos da Silva, visconde de Salreu, na Avenida da Liberdade em 1915; edifício de José Souza Braz (futura “Pensão Tivoli”) na Avenida da Liberdade em 1927. Ganharia mais duas “Menções Honrosas” do “Prémio Valmor de Arquitectura” : casa de José Cândido Rodrigues na Avenida da República em 1908; casa de  Nuno Pereira de Oliveira na Praça Duque de Saldanha, em 1912. Recebendo também uma medalha de Ouro no Rio de Janeiro.

Prémios Valmor e Menções Honrosas concedidos ao arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior

“Vila Souza” de José Carreira de Souza na Alameda das Linhas de Torres em 1912, e casa de José Maria Moreira Marques na Avenida Fontes Pereira de Melo em 1914

 

Edifício de Domingos Joaquim da Silva, 1º Visconde de Salreu, na Avenida da Liberdade em 1915, e edifício de José Souza Braz (futura “Pensão Tivoli”) na Avenida da Liberdade em 1927

       

Casa de José Cândido Rodrigues na Avenida Ressano Garcia em 1908, e casa de Nuno Pereira de Oliveira na Praça Duque de Saldanha em 1912

 

Na revista “A Architectura Portugueza” de 1913

Outras obras de relevo, na cidade de Lisboa com o risco do arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior: casas de D. Amélia Augusta Pereira Leite e de Mário de Artagão ambas na Avenida da República, edifício da “Soc. Com. Abel Pereira da Fonsecaem Marvila em 1917, edifício da Pastelaria “Versailles” mandado construir por João Antunes Lopes em 1919 e a própria “Versaillesna Avenida da República em 1922, “Escola de Arte Aplicada de Lisboa”  (actual “Escola Artística António Arroio”) em 1919, “A Voz do Operáriona Rua Voz do Operário em 1923, Royal Cine em 1929,  fachadas do Café “Nicola” e de A Brasileira no Chiado.

Casas de D. Amélia Augusta Pereira Leite de Mário de Artagão na actual Avenida da República

 

Localização destas casas na actual Avenida da República esquina com a actual Avenida de Berna

Na revista “ Construcção Moderna”

Edifício da “Soc. Com. Abel Pereira da Fonseca” em Marvila e “A Voz do Operário”  na Rua Voz do Operário

 

“Companhia Geral do Crédito Predial Português” na Rua Augusta e “Escola Industrial de António Arroio”

  

Fachadas dos cafés “A Brasileira” no Chiado e do Café “Nicola” no Rossio

 

Depois de sofrer a influência da capital Lisboa e dos seus modelos de edificação, também a sua obra se estenderia a fora de Lisboa como a Sintra donde se destacam o Casino de Sintrade 1924  e oCine-Teatro Carlos Manuelde 1948, a Cascais donde se destaca o “Palacete Seixas” junto à baía de Cascais, “Grande Hotel” no Monte Estoril e moradias em São João do Estoril, onde surgiram tipologias específicas ligadas ao veraneio praticado por uma alta burguesia, quase na sua totalidade radicada em Lisboa.

Casino de Sintrae oCine-Teatro Carlos Manuel”  ambos em Sintra

 

 

“Grande Hotel” no Monte Estoril

“Palácio Seixas”  de Henrique Maufroy de Seixas em Cascais

Também fora e de Lisboa, Manuel Joaquim Norte Júnior foi também responsável pela construção do “Pavilhão de Caça” , para o Rei D. Carlos I, junto ao, então “Grand Hotel” (desde 1917, Palace Hotel do Bussaco) no Bussaco, do Palace-Hotel da Curia, do “Palácio Fialho” do industrial conserveiro João Júdice Fialho em 1925 e do “Palácio Belmarço”  do comerciante Manuel Jesus Belmarço em 1912 e em ambos em Faro, da “Sociedade Amor da Patria” na cidade da Horta nos Açores, Hospital de Salreu.

               “Pavilhão de Caça” no Bussaco                                                       “Palace Hotel” da Curia

 

“Palácio Fialho” do industrial conserveiro João Júdice Fialho e do “Palácio Belmarço” ambos em Faro

 

Manuel Joaquim Norte Júnior, considerado o maior arquitecto do início do século XX em Portugal, faleceria na sua residência em 1962 com 84 anos de idade. Com a destruição do atelier do Manuel Joaquim Norte Júnior, localizado desde os anos 10 do século XX, na Praça Ilha do Faial, em Lisboa,nos anos 70 do século XX, perdeu-se um conjunto documental deveras valioso.

Casa e atelier de Manuel Joaquim Norte Júnior em Lisboa

Fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais),  Hemeroteca Digital, Cidadania Lx, O Traço do Arquitecto na Paisagem Sintrense, Delcampe.net

23 de agosto de 2016

“A Brasileira”

A história do café “A Brasileira” e seus estabelecimentos, começa quando em 1903, Adriano Soares Telles do Vale (1859-1932), nascido em Alvarenga, concelho de Arouca, regressa a esta povoação, pelo facto de sua primeira mulher estar doente dos pulmões e na serra poder encontrar bons ares, tendo acabado por falecer um ano e meio depois, vindo do Brasil para onde tinha foi ter com o pai acabando por lá se estabelecer. Esta 1ª mulher era filha do seu sócio no Brasil. Adriano Telles, abre a sua primeira loja em Alvarenga, ainda antes de ir ter com o pai. Actualmente este estabelecimento é uma padaria e café designada por “Brasileira”.


Adriano Telles (1859-1932)

No Brasil, Adriano Telles tinha-se dedicado ao negócio do café, com o que enriqueceu nos finais do século XIX. Casou no Brasil com uma filha de fazendeiros do Estado de Minas Gerais, onde abriu uma loja inicialmente chamada "Ao Preço Fixo", que incluía também casa de câmbios, e dedicou-se à produção agrícola, em particular de café, que importou para Portugal.

“A Brazileira” na Rua de Santa Catarina, no Porto. com Adriano Telles à porta


Adriano Telles além de ter montado uma torrefação criou uma rede de pontos de venda do café que produzia e importava do Brasil: as famosas "Brasileiras", espalhadas pelo país. Tendo necessidade de ir para núcleos urbanos maiores para assim poder continuar a expandir os seus volumosos negócios que tinha no Brasil e que a esta data, 1903, acabava de transferir para Portugal, escolheu em primeiro lugar o Porto, por ser a grande cidade mais perta de Alvarenga.

A primeira loja foi no Porto, “A Brazileira”, propriedade da recém formada “Telles & Cº.”, constituída por Adriano Telles em sociedade com Félix de Mello e Cândido Alves, avô materno do marido da escritora Agustina de Bessa Luís. e abriu em 4 de Maio de 1903, Rua Sá da Bandeira, em plena baixa portuense, para servir café à chávena. Como os portueneses, nessa altura, não tinham o hábito de tomar café em estabelecimentos públicos, Adriano Telles, para promover o seu produto ofereceu, durante os primeiros treze anos de "A Brazileira", o café à chávena de graça no seu estabelecimento a quem comprasse um saquinho de grãos de café.


1903



1905

Com uma visão comercial avançada, Adriano Telles manda pintar em várias paredes da cidade do Porto o slogan que se tornaria famoso - «O melhor café é o d'A Brasileira» - e abre as lojas "A Brasileira" de Lisboa, no Chiado, em 4 de Novembro de 1905 e "A Brasileira" de Coimbra em 1928. Quanto à “a Brasileira” de Braga foi criada em regime do que se chama hoje de “franchising” fundada por Adolfo Azevedo, consul ou vice-consul (?) do Brasil no Porto. Além destas ainda abriria em Aveiro e Sevilha. De referir que Adriano Telles foi também um homem de cultura, com interesse pela música e pela pintura. Fundou a “Banda Filármónica de Alvarenga”, financiando a compra dos seus primeiros instrumentos, e fez, da Brasileira do Chiado, o primeiro museu de arte moderna em Lisboa. No Brasil, ainda no séc. XIX, teve ainda passagem pela imprensa e pela política, tendo sido Vereador da Câmara da cidade onde casara e se estabelecera.


1961




“A Brasileira” de Braga actualmente

Entretando  “A Brazileira” do Porto, sofre profundas obras de ampliação e remodelação do seu interior em 1916. De acordo com um projecto do arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira (1884-1957), "A Brazileira" passa a ter uma notável fachada, com o magnífico pára-sol de ferro e vidro, e um interior deslumbrante, em que sobressaem os cristais, os mármores e o mobiliário de couro gravado.

 

Loja da Rua Sá da Bandeira em obras no ano de 1916 com Adriano Telles sentado e seu sócio Félix de Mello de pé


Interior de “A Brazileira” na Rua Sá da Bandeira no Porto depois das obras em 1916

Café A Brasileira (1)     Café A Brasileira (2)

“A Brasileira” do Porto, propriedade do antigo jogador do “F.C. do Porto”, e seleccionador nacional,  António Oliveira, viveu dias difíceis. A chamada "sala pequena" foi mais tarde separada e explorada pela multinacional “Caffè di Roma”. O restante espaço depois de vários anos encerrado, reabriu como restaurante tendo encerrou de novo.

                                               1941                                                                                       1960

 


1961



“A Brazileira” do Porto na Rua Sá da Bandeira após as obras de 1916

 

Como restaurante e a “sala pequena” com o “Caffè di Roma”

Actualmente, o espaço comercial encontra-se encerrado desde o início de 2013, quando se encontrava arrendado ao "Caffé di Roma" e foi reclamado pelo BPI por causa de uma dívida do proprietário do edifício. Em Março de 2015, quando se encontrava encerrado, o café foi assaltado, tendo os ladrões levado os caixilhos e revestimentos em cobre, puxadores das portas, espelhos de alabastro, candeeiros originais e rodapés arrancados da sala principal.

“A Brazileira” Casa Especial de Café do Brazil, no Chiado, em Lisboa, casa de comércio de cafés importados do Brasil, abriu as suas portas em 4 de Novembro de 1905, no edifício do Grande Hotel Borges”, ocupando uma loja anteriormente camisaria. “A Brasileira” do Chiado, e as outras, já não tinham nada a ver com os sócios da inicial no Porto. A sociedade era somente com pessoas da família. Tinha sede no Largo de São Domingos, em Lisboa, no “Palácio da Regaleira”, ao lado do Palácio da Independência. Inicialmente apenas dedicada à venda a retalho, viria a inaugurar a sua ampliação e a sala de café 15 de Novembro de 1908, oferecendo aos lisboetas um espaço social que rapidamente se tornou num dos mais importantes centros culturais da cidade.


15 de Novembro de 1908


Registo da marca em 1908



“A Brazileira” do Chiado na Rua Garrett, após a ampliação e em foto de 1911

                                    
                                       1906                                                                               1907

 


1910


1961


O chalet “Souvenir de Portugal” mencionado no anúncio anterior e arrendado à “A Brazileira” visto do interior do “Posto Marítimo de Desinfecção”

Em 1922 a firma “A Brazileira, Lda.” requeria à Câmara Municipal de Lisboa, autorização para «transformar a fachada atual do seu estabelecimento». O projeto da emblemática fachada teve o risco do arquiteto Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962). O modelo do café lisboeta, luxuoso e ao gosto parisiense, tem a marca distintiva do seu autor, presente nas estátuas que guardam a entrada do espaço, nas elegantes grinaldas que substituem estruturas arquitetónicas, nas características máscaras ou no cuidado trabalho de ferro forjado.


Carro alegórico de “A Brazileira” no Carnaval de 1929, em Lisboa


Semana dos Artistas” de 22 a 29 de Janeiro de 1928. Na foto e no papel de empregados de mesa: Estevão Amarante, Samwell Diniz, Joaquim Almada, António Silva, Seixas Pereira, João Silva, José Alves e Salvador Costa

Mas como nem tudo são críticas favoráveis, eis que no «semanário republicano de combate e de critica à vida nacional»"A Choldra" de 17 de Abril de 1926 ...

«Entrêmona na Brasileira, do Chiado. Estamos no café dos intelectuais. Antigamente a Brasileira era um cubiculo imundo com uma população que almoçava e jantava café com leite e bolos de arroz. Afonso de Bragança foi dêste tempo. Depois vieram as obras. E com as obras, os quadros dos artistas da geração nova. 
A Brasileira é um café de jornalistas. Quem faz vida pelos jornais com todos os vícios e as falsas concepções da grande imprensa facilmente se deixa envolver num baixo criterio de conveniencias e de erros. Ha excepções. Mas a maior parte dos nossos jornalistas tem uma noção mesquinha e estreita da realidade. Deformam a propria vida. Existem, como a gente de teatro, dentro dum mundo convencional.
Os quadros da Brasileira que são também a vida deformada, teem pois uma grande razão de ser. Estão de acôrdo com os frequentadores do café. Isto ninguem o tinha dito ainda mas é necessario fixa-lo definitivamente. O destrambelhamento das telas, a sua desconexão, o seu ar falso, a sua falta de sinceridade e até a sua desproporção, tudo se casa e comunga em absoluto com os habitués do café. Ha quadros que chegam a parecer retratos.
Digam me se aquelas arvores emaranhadas do Eduardo Viana, nao se assemelham a certas paginas de 5." feira, do Norberto d'Araujo, onde o fio da logica se perde e confunde numa inverosimel teia de palavras?
E os bonecos do Almada não nos sugerem a prosa dura e aspera de muitos escrevinhadores de jornais? Aquelas pombas escarrapachadas pelo José Pacheco não nos lembram logo o sr. Manuel de Sousa Pinto? Os saloios do Barradas não nos evocam . Basta. E' melhor não prosseguir .
A Brasileira é um café de intrigas e de scenas de pugilato. Os despeitos de redacção vão ali todos parar. Ali, se as facadas da má lingua deixassem cicatriz, êstes homens da Brasileira estavam todos irreconheciveis!
Este café com a sua prosapia intelectual, com as suas obras de talha, os seus frequentadores e os seus mamarrachos pendurados nas paredes- é uma hecatombe suspensa. E' um cataclismo que todas as manhãs se transforma na realidade triste de meia duzia de maus jornais.»


Cartaz de José Rocha exibido na exposição da “Estúdio Técnico de Publicidade” no “Teatro da Trindade” em 1938


Descarga e colocação dos quadros n' "A Brasileira" do Chiado





1966




Enquadramento de “A Brasileira” na Rua Garrett com a “Casa Havaneza” à esquerda na foto em 1959

Bolo Rei da Brasileira


Frequentadores habituais em foto de 1928. Da esquerda para a direita, Teixeira de Pascoaes, Cristóvão Aires Filho, Matos Sequeira, António Soares, Jorge Barradas, Joshua Benoliel, Augusto Ferreira Gomes, o célebre empregado João Franco e Adolfo Castañe

Entretanto poucos anos depois da abertura de “A Brazileira” do Chiado, Adriano Telles abre a “Brasileira” do Rossio em 1911.

 Café A Brasileira do Rossio.1


Exterior da “Brasileira” do Rossio em 1944 e seu interior nos anos 50 do século XX


“A Brasileira” do Rossio e a “Semana dos Artistas” de 22 a 29 de Janeiro de 1928

A “Brasileira” do Rossio viria a encerrar definitivamente em 4 de Maio de 1959, para dar lugar a uma agência bancária do “Banco Português do Atlântico”.

Quando da intervenção os jovens artistas que então frequentavam as tertúlias do café pintaram um conjunto de telas que passaram a decorar o espaço. Entre estas estavam obras de Jorge Barradas, Stuart Carvalhais, Eduardo Viana e Almada Negreiros. Durante os anos 50 e 60 do século XX, "A Brasileira" esteve na eminência de ser encerrado em definitivo e em 1969 as telas dos pintores modernistas são vendidas a um particular.


Tela do pintor contemporâneo Carlos Calvet intitulado “Alegoria à Brasileira”

Em 1971 o café sofre melhoramentos, recebendo, inclusivamente, outras telas de pintores contemporâneos a ocupar o espaço das anteriores, e em 1993 e no âmbito do programa “Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura”, o café "A Brasileira" é beneficiado com obras de remodelação e manutenção tendo edifício de “A Brasileira” ocupado pelo Hotel Borges sido classificado como “Imóvel de Interesse Público” em 1997, devido ao programa arquitetónico exterior e ao importante lugar simbólico que o espaço ocupa na história cultural e social da cidade de Lisboa.

 


 

“A Brasileira” do Chiado actualmente