Restos de Colecção: Feira da Estrela

16 de janeiro de 2021

Feira da Estrela

Em 12 de Junho de 1960, e integrada nas "Comemorações Henriquinas", foi inaugurada no "Jardim da Estrela", em Lisboa, a "Feira de Beneficência da Estrela". Promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, não era mais que um a variante mais reduzida da "Feira Popular de Lisboa" que se tinha realizado no "Parque da Palhavã".




 

Lembro que o "Jardim da Estrela" foi inaugurado em 03 de Abril de 1852, com a designação de "Passeio da Estrela", tendo a sua construção sido financiada pelo Barão de Barcelinhos e Joaquim Manuel Monteiro. Era, então, Presidente do Ministério e Ministro do Reino o Marechal Duque de Saldanha, e Presidente da Câmara de Lisboa o Dr. Alberto António de Morais Carvalho.

A "Feira de Beneficência da Estrela", vinha no seguimento de outras duas anteriores: a "Feira Portugal" que se realizou em 1958; a "Feira-Parque" que se realizou em 1959. Quanto a essas duas Feiras publico a seguir excertos dos respectivos artigos publicados na Revista Municipal e algumas fotos.

Em 1958 ...


 

Em 1959 ...





Documentos gentilmente cedidos por Carlos Caria


E viajando até 1911 ...



Hora do chá no "Jardim da Estrela"


"Teatro da Natureza" em 24 de Julho de 1911


Voltando a 1960, à "Feira de Beneficência da Estrela" ...










"Teatro da Estrela"

 
"Teatro da Estrela"


                                                                     "Teatro da Estrela" num folheto de 1955

Folhetos gentilmente cedidos por Carlos Caria

1960


                                                                               Cinema ao ar livre






Em 24 de Junho de 1961 viria a ser inaugurada a "Feira Popular de Lisboa", em Entre-Campos.

fotos in: Arquivo Municipal de LisboaHemeroteca Digital

8 comentários:

manuel cardoso disse...

Muito interessante, como todos neste blogue, este post sobre o Jardim da Estrela e a vida ndeste recanto ímpar da capital. Muito obrigado. Bom confinamento!!!

Majo Dutra disse...

Gostei muito de ver, especialmente o chá das cinco.

E lembrei-me do Eça, o que diria ele?!; ))

Saúde e que tudo lhe suceda bem...
~~~~~~~~~~~~~

Majo Dutra disse...

Demorou a publicar...
Se nunca leu o Eça de Queirós com atenção, aconselho-o a fazê-lo.
Vai gostar...
Tudo pelo melhor.
~~~~~~~~

leunam disse...

Bem explícito no "Stand" da UCAL:

LEITE É SAÚDE.

É o que lhe desejo, Sr. José Leite

Belo trabalho, como sempre.

João Celorico disse...

Caro José Leite,

No anúncio que se segue a “ Voltando a 1960, à Feira de Beneficência da Estrela…”, ou estarei muito enganado ou onde se refere APRESENTAÇÃO DO CONJUNTO ANGOLANO “FOGO NEGRO”, deve tratar-se dum lapso e devia dizer-se “OURO NEGRO” pois foi aí apresentado o que era então um trio e não o que depois ficou conhecido por “DUO OURO NEGRO”.

Melhores cumprimentos,
João Celorico

João Celorico disse...

Caro José Leite,

No anúncio que se segue a “ Voltando a 1960, à Feira de Beneficência da Estrela…”, ou estarei muito enganado ou onde se refere APRESENTAÇÃO DO CONJUNTO ANGOLANO “FOGO NEGRO”, deve tratar-se dum lapso e devia dizer-se “OURO NEGRO” pois foi aí apresentado o que era então um trio e não o que depois ficou conhecido por “DUO OURO NEGRO”.

Melhores cumprimentos,
João Celorico

José Leite disse...

Caro João Celorico

Já há muito não o "via" por estas bandas. Seja bem aparecido

Grato pelo reparo, realmente penso que tenha razão.

Cumprimentos

José Leite

Artur Cravo disse...

Sou quase filho do Jardim da Estrela, nasci em 1940 e vivi perto, Travessa Santa Quitéria, mesmo antes de andar na Escola Primaria, eu ia para o Jardim da Estrela , havia uma pequena piscina, « tinha dias que havia mais pernas dentro da piscina que água» não se podia pisar a relva, ou jogar á bola, ou de arco e gancheta, ou os guardas do Jardim levavam-nos para a casinha, uma pequena arrecadação, onde ficávamos de castigo o tempo que os carrascos queriam, mexer em alguma flor era impensável, tempos difíceis para os miúdos, Mas os putos da Travessa levavam a BOLA DE TRAPOS, depois era ver quem tinha pernas para fugir como eu. em 1948 entrei na Escola Primaria, na Rua do Jardim á Estrela, obrigatoriamente tinha de atravessar o jardim, entrava pela Av. Alvares Cabral, ás quinta-feira havia concerto, pela GNR, tinham uma pequenina biblioteca, levando a cédula pessoal, emprestavam o livro ou a revista, poucos do meu tempo sabiam ler. em 1960 casei, á noite fomos lá jantar, no jardim da estrela, onde se realizava lá uma feira popular, foi mais um momento no Jardim, há muitos anos que lá não vou, Talvez nunca mais irei. Fica a saudade