Restos de Colecção: junho 2010

30 de junho de 2010

Cidade de Braga (1)

Por ordem do Imperador Augusto de Roma, foi fundada a cidade Bracara Augusta, entre o ano 20 a 10 antes de Cristo ,sobre um possível povoado indígena local. A finalidade da fundação foi de carácter religioso e difusão cultural do império sobre os povoados nas proximidades. Também é provável que a cidade desde o início teria importantes funções jurídicas e económicas.

Braga é a primeira cidade de Portugal e por consequência a mais antiga. No ano de 1070, a Diocese é reorganizada desenvolvendo-se a urbe em volta da Sé Catedral,  ficando restringida ao perímetro amuralhado.

No século XVI, o arcebispo de Braga D. Diogo de Sousa inicia uma profunda alteração na cidade. Entre os século XVI e XVIII, os edifícios de traça romana vão sendo progressivamente substituídos por edifícios de arquitectura religiosa.

                             Avenida Central                                                     Theatro Circo inaugurado em 1915                         

 

             Praça da República (Arcada da Lapa)                                              Arco da Porta Nova

 

           Sé de Braga, e um carro de bombeiros                                          Hospital de S. Marcos

 

                          Santuário do Sameiro                                            Avenida principal do Santuário do Sameiro

 

Num próximo “post” debruçar-me- ei, além de outras imagens da cidade, particularmente no Bom - Jesus de Braga, e tudo à sua volta …. santuário, hotéis, elevador, etc.

Iates em Lisboa

                         Iate “Amélia” do Rei D. Carlos I em 1901 …                                     …  e o Rei no seu iate

                                            Iate do Rei Eduardo VII de Inglaterra, em 1902

                            

                                                  Iate “Erin” de Sir Thomas Lipton, em 1911

                             

Cidade da Guarda e Personalidades Históricas

A 18 de Maio de 1907, foi inaugurado o Sanatório Sousa Martins, o primeiro Sanatório da Assistência Nacional aos Tuberculosos, cuja cerimónia contará com a presença do Rei D. Carlos I e a Rainha D. Amélia.

       

Professor Dr. José Tomás de Sousa Martins (1843-1897) chegou a todas as camadas da sociedade. Era inigualável no trato com os seus doentes. Foi um grande professor de faculdade, muito amigo e afável com os seus alunos, e estudioso e combatente contra a tuberculose, acabando por se suicidar para não sucumbir à doença. Tornou-se uma figura venerada pelo meio académico mas, sobretudo, pela população. “Ao deixar o mundo, chorou-o toda a terra que o conheceu. Foi uma perda irreparável, uma perda nacional, apagando-se com ele a maior luz do meu reino”, disse, sobre ele, o rei D. Carlos. Lisboa homenageou-o com uma estátua em frente da Faculdade de Medicina no Campo de Santana.

                                  O consultório do Doutor Fausto Lopo de Carvalho

           

Professor Dr. Fausto Lopo de Carvalho (1890-1970), foi pofessor de Medicina e que desenvolveu a angiopneumografia, com Egas Moniz e Almeida Lima, e dirigiu a Assistência Nacional aos Tuberculosos. Foi presidente da Comissão Executiva da Assistência Nacional aos Tuberculosos (ANT) desde Janeiro de 1931 até 1938. Desde 1934 passou a dirigir a clínica de doenças infecciosas, onde se manteve até se jubilar em 15-5-1960.

                                                                    Largo Serpa Pinto

                

Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto (1846-1900), nascido no concelho de Cinfães em Castelo de Poldras, foi um explorador do sudoeste africano .Depois de ter participado em várias expedições, Serpa Pinto foi nomeado para fazer parte, conjuntamente com Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, da expedição portuguesa ao centro de África em 1877, tendo por missão estudar as relações hidrográficas do Congo, do Zambeze e do Cuango. Foi também administrador Colonial.

                     Largo João d’Almeida                                                          Rua Marquez de Pombal

                       Grande Hotel Egitanense                                             e a Sociedade de Transportes, Lda.

                                               Publicidade ao Hotel Egitanense, em 1935

                                 

29 de junho de 2010

Arnaldo Matos e o MRPP

Arnaldo Matos foi um dos quatro fundadores do “MRPP - Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado”. Começou por ser conhecido pelas camadas de jovens operários e estudantes militantes e simpatizantes do Partido do pós-25 de Abril por “delegado do Comité Lenine”, que era o Comité Central do MRPP.

                               nas eleições de 1979                                            e em tempos mais recentes

                    

O MRPP de inspiração maoísta foi fundado em 18 de Setembro de 1970, numa casa da Estrada do Poço do Chão, em Benfica, Lisboa. Os fundadores foram Arnaldo Matos, Fernando Rosas e João Machado (funcionário dos TLP). Em 1969, Arnaldo Matos ganhou a Associação de Estudantes da Faculdade de Direito, à frente da lista da Esquerda Democrática Estudantil: derrotou então uma lista inspirada pelo PCP e encabeçada por Alberto Costa, antigo ministro da Justiça do PS de 2005 a 2009.

                                                        Dois exemplares, dos livros de Arnaldo Matos

                                

O seu órgão central foi sempre o "Luta Popular", cuja primeira edição foi lançada em 1971 (ainda no tempo da ditadura). O MRPP foi um partido muito activo antes do 25 de Abril de 1974, especialmente entre estudantes e jovens operários de Lisboa e sofreu a repressão das forças policiais, reivindicando como mártir Ribeiro Santos, um estudante assassinado pela polícia política durante uma manifestação ilegal em 12 de Outubro de 1972. Arnaldo Matos era o seu Secretário Geral

                        

O MRPP teve o 1º preso político depois do 25 de Abril de 1974: José Luís Saldanha Sanches , recentemente falecido a 14 de Maio de 2010. O motivo foi o artigo com o título “Nem mais um embarque”  no “Luta Popular” na foto acima, em que apelava à deserção em massa. Clique no jornal para ampliar.

Após a legalização do MRPP a 18 de Fevereiro de 1975, o Conselho de Revolução, numa reunião em 27 de Maio de 1975, decidiu calar o MRPP. Forças militares do COPCON, comandado por Otelo Saraiva de Carvalho atacam o MRPP: em 28 de Maio, foram presos 400 militantes do MRPP, na sua maioria estudantes, em Lisboa. Entre os detidos, Arnaldo Matos preso em Mirandela. Surgiu então, pintada nas paredes da capital, a célebre frase: “Libertação imediata do camarada Arnaldo Matos - o Grande Educador da classe operária”.

                                          Antes da libertação ….                                                   e depois …

                      

A partir de 26 de Dezembro de 1976, o MRPP, após Congresso, passou a designar-se Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, com a sigla PCTP/MRPP. O seu líder histórico é Arnaldo Matos. O primeiro director do "Luta Popular", na fase legal, foi Saldanha Sanches, a quem sucedeu Fernando Rosas. O jornal chegou a ser diário, durante um curto período.

                       O MRPP e o PCTP  ficaram célebres pelas suas pinturas murais … e a Livraria do MRPP

                        

Hoje o secretário geral do PCTP/MRPP é Luís Franco e seu líder é o advogado Garcia Pereira.

Antigos Hotéis do Porto

                                    Grande Hotel do Porto                                                                    1895                      

    

Hotel Universal em 1907

Hotel Universal

                       Grande Hotel da Batalha num postal alusivo ao Raid Lisboa-Macau 1924, e Peninsular Hotel

                     

Grande Hotel do Império

                                        
3 Fotos anteriores in: APHORT    
     

                                                     1923                                                                              1958

           

28 de junho de 2010

Constituição Portuguesa de 1933

O golpe de 28 de Maio de 1926 veio originar o Estado Novo, um sistema político autoritário,  anticomunista, nacionalista e corporativista, no contexto de uma lógica formalmente republicana que era concretizada, no dizer do manifesto da União Nacional de 1930, na ideia de uma República Nacional e Corporativa.

A transição completou-se com a aprovação da Constituição de 1933, elaborada por um grupo de professores de Direito convidados pelo Presidente do Conselho Dr. Oliveira Salazar, a qual institucionalizou o Estado Novo, o herdeiro natural de Revolução Nacional, nome pelo qual o golpe de Estado do 28 de Maio de 1926 foi rebaptizado. Foi promulgada a 22 de Fevereiro de 1933 e plebiscitada em 19 de Março de 1933.

            Diário de Lisboa em 22-02-1933                              Capa do Diário de Lisboa a 19-03-1933


    

Para incentivar os portugueses a votar neste plebiscito o regime do Estado Novo promoveu uma campanha política com cartazes e folhetos.

 
 

Os principais pontos da Constituição eram:
  • Depor os Governadores-Gerais e unificar todas as Colónias em uma só Nação e assim, expandir o território nacional;
  • Estabelecer um Governo de ideologia nacionalista, e centralizar o poder nacional nas Forças Armadas;
  • Criar uma Assembleia Nacional de partido único em moldes nacionalistas para haver igualdade dos poderes e para promover uma representação popular maior nas Leis;
  • Juntar a Presidência com o Conselho de Ministros dando ao Poder Executivo uma "força gigantesca";
  • Dar à Presidência da República o poder de legislar por força de Decretos-lei;
  • Militarizar os órgãos públicos, fixando as Forças Armadas no poder do controlo nacional;
  • Criar uma Câmara Corporativa para fixar as ideologias nacionais.
Estatística no Diário de Lisboa, também no dia 19 de Março de 1933 , dia do Plebiscito … e um panfleto de … ” um prêso que enlouquece…”


  

panfletos e cartazes in: Ephemera

Assim, o tipo de Estado era uma República Corporativa de forma unitária regional, incorporando as "províncias ultramarinas", ou seja, as colónias portuguesas, consagrando o ideal de Salazar de preservar o império português "do Minho a Timor". Na revisão de 1951 foi incorporado na Constituição o Acto Colonial.

27 de junho de 2010

Hotéis ao longo da Av. Marginal

Desde Algés até Cascais estende-se a Avenida Marginal da Costa do Sol. Neste trajecto, perto da mesma, se ergueram muitos hotéis de que dou nota de alguns, exceptuando outros de que já falei noutros “posts”.

    Em Carcavelos, “Hotel Praia-Mar” em 1967 …                              … e o  “Hotel S. Julião” em 1961

 

   no Estoril, o “Hotel de Paris” (1º hotel do Estoril)                         …. e  mais recentemente, “Hotel Paris” … 

 

         “Hotel do Parque” também no Estoril.                                   No Monte Estoril, o “Grande Hotel D’Itália” …

 

        no Monte Estoril o “Hotel Londres” ….                                         …. e o  “Monte Estoril Hotel”

  Monte Estoril Hotel.1

      em Cascais, o Hotel Estoril-Sol …. de 1965                                            …. e o Hotel Baía