Integrada nas comemorações do 25º aniversário do “Instituto Superior de Agronomia” de Lisboa, na Tapada da Ajuda, o Chefe de Estado, General Óscar Carmona, inaugurou no “Palácio da Independência”, no Largo de São Domingos, a "Exposição Bibliográfica, Agronómica e Florestal”, promovida pela “Sociedade de Ciências Agronómicas de Portugal”.
“Palácio da Independência” no Largo de São Domingos
“Instituto Superior de Agronomia” de Lisboa na Tapada da Ajuda em 1943
No mesmo dia tiveram início os trabalhos finais do I Congresso de Ciências Agrárias, que teve lugar no “Instituto Superior de Agronomia”, e promovida pela "Sociedade de Ciências Agronómicas de Portugal” que, neste ano de 1943, comemorava o seu 40º aniversário.
A "Exposição Bibliográfica, Agronómica e Florestal”, foi dividida em dois locais. A mostra bibliografica ficou instalada no Palácio da Independência, no Largo de S. Domingos, e a mostra agronómica e florestal, nas instalações da “Feira Popular” no Parque da Palhavã.
Sector agronómico e florestal exposto na “Feira Popular” no Parque da Palhavã
Este Congresso tinha sido inaugurado em 12 de Dezembro, e a propósito dele a “Gazeta dos Caminhos de Ferro” escrevia:
"Na sala da Câmara Corporativa do Palácio da Assembleia Nacional inaugurou-se, com a maior solenidade, na noite de 12 do corrente, o I Congresso Nacional das Ciências Agrárias.
Ambiente de rara distinção. Aos congressistas portugueses vieram juntar-se os congressistas estrangeiros, de diversos países, em sinal do que Portugal não era, apenas, uma zona de paz, mas um país simpático e amigo. A presença do venerando Chefe da Nação deu à cerimónia um especial relevo.
É-nos grato registar que, em Portugal, os problemas da paz preocupam e seduzem os nossos melhores espíritos. Os problemas agrícolas não podiam deixar de ficar á cabeça de todos porque sendo, efectivamente, da paz não deixam de pertencer também á economia da guerra.(...)
O sr. dr. Rafael Duque, ilustre ministro da Economia, que falou em seguida, disse que «se a terra não aumenta e a população cresce, é preciso que aumente a sua capacidade de produção, o seu rendimento». Em outro passo da sua notável oração, afirmou: «o Governo não pode esquecer a relação entre os dois termos - independência política e independência económica»".
Sector bibliográfico exposto no “Palácio da Independência”
Também, neste ano de 1943, se comemorou o centenário do mais antigo periódico agrícola, "O Agricultor Micaelense", de que foi redactor o escritor António Feliciano de Castilho.
Alguns posters utilizados nesta exposição