Estação de Bragança Estação de Espinho
Estação das Caldas da Rainha Estação de S. João da Madeira
Estação da Régua Estação de Vila Nova de Gaia
Estação de Bragança Estação de Espinho
Estação das Caldas da Rainha Estação de S. João da Madeira
Estação da Régua Estação de Vila Nova de Gaia
Em 1917 é criado o Serviço Aeronáutico Naval. Ao mesmo tempo foi criada a base aérea naval na o Centro Marítimo Naval na doca do Bom Sucesso em Lisboa. Em 1918 mudou o seu nome para Serviços da Aeronáutica Naval e mais tarde em 1931 para Forças Aéreas da Armada. Em 1918 tinha sido criada a Escola Militar de Aeronáutica.
Até 27 de Junho de 1952, o ramo aéreo das forças armadas portuguesas estava dividido em dois ramos:
Aeronáutica do Exército
1914 - 1918: Serviço Aeronáutico Militar
1918 - 1924: Serviço da Aeronáutica Militar
1924 - 1952: Arma de Aeronáutica Militar
Aeronáutica Naval
1917 - 1918: Serviço de Aviação da Armada
1918 - 1931: Serviços da Aeronáutica Naval
1931 - 1952: Forças Aéreas da Armada
1952 - Força Aérea Portuguesa (fusão das Forças Aéreas da Armada e da Arma de Aeronáutica Militar)
Em 1918 é fundada a Escola Militar de Aeronáutica e foram construídas em Alverca o “Parque de Material Aeronáutico”, futuras ”OGMA – Oficinas Gerais de Material Aeronáutico” ao mesmo tempo que era criado o 1º esquadrão aeronáutico.
Em 1950 é criado o Subscretariado de Estado da Aeronáuticana na directa dependência do Ministro da Defesa Nacional com o objectivo de passar a tutelar toda a aviação militar portuguesa.
Finalmente, através da lei nº 2055 de 27 de junho de 1952 a Aeronáutica Militar é organizada como ramo independente das Forças Armadas, sendo composta por forças aéreas independentes e por forças aéreas de cooperação com o Exército e com a Marinha. A Aeronáutica Militar é administrada, no plano governamental, pelo subsecretário de Estado da Aeronáutica e comandada superiormente pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea. Na nova Aeronáutica Militar são integradas as anteriores Arma de Aeronáutica Militar e as Forças Aéreas da Armada, mantendo-se esta última à disposição da Marinha para efeitos de instrução e de emprego operacional. Considera-se este o marco da criação da "FAP - Força Aérea Portuguesa".
De 1924: Potez 25 - A 2 De 1933: Vickers Valparaiso III
De 1943: Miles Martinett PP De 1943: Supermarine Spitfire
De 1950: Beech T-11 Kansan De 1953 : Republic F-84G Thunderjet
Foto in: Força Aérea Portuguesa
A 1 de Julho deste ano a Força Aérea Portuguesa comemora o seu 58º aniversário. A Base Aérea nº 5 de Monte Real, comemorou o seu 51º aniversário no passado dia 23 de Maio.
O “Banco de Portugal” foi criado por decreto régio em 19 de Novembro de 1846, tendo a função de banco comercial e de banco emissor. Surgiu da fusão do “Banco de Lisboa” e da “Companhia Confiança Nacional” (consultar Banco de Lisboa e Companhia Confiança Nacional), uma sociedade de investimento especializada no financiamento da dívida pública.
Este banco recém criado não era mais que uma sociedade de investimentos, especializado no financiamento da dívida pública, que começou por ser apenas mais um banco, sem o monopólio da emissão de notas, continuando apenas as emissões do Banco de Lisboa, impressas a uma só cor sobre fundo branco. Para aproveitar o papel existente em armazém no Banco de Lisboa, o Banco de Portugal imprimiu até 1875, durante mais de 28 anos, as suas notas com a marca de água do extinto Banco de Lisboa.
1º Governador do Banco de Portugal
Primeiro edifício-sede no Largo do Pelourinho
O 1º Governador do “Banco de Portugal”, António Augusto Pereira de Miranda ( aqui numa pintura de João Reis de 1969 ) exerceu funções no período 1887-1891. Foi comerciante, político, deputado, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Presidente do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro, Par do Reino e Ministro da Fazenda.
Na foto a seguir o último formato de cheque do “Banco de Portugal” de 1974, enquanto banco comercial
Sede do Banco de Portugal na Rua do Ouro, em Lisboa
1891 1902
Entre 1957 e 1960, foram aprovadas leis que obrigaram os bancos a constituir reservas mínimas de caixa e que conferiam ao Banco de Portugal grandes responsabilidades, permitindo-lhe maior intervenção nas áreas de controlo do crédito e na fixação das taxas de juro.
O Banco de Portugal possuía nas capitais de distrito e Ilhas, agências em edifícios próprios apalaçados. Dos quais dou 4 exemplos.
Agência de Braga Agência de Coimbra
Agência de Évora Agência de Faro
Depois da sua nacionalização, em Setembro de 1974, as funções e estatutos do Banco de Portugal foram redefinidos através da Lei Orgânica publicada em 15 de Novembro de 1975, que lhe atribuía o estatuto de banco central e incluía, pela primeira vez, a função de supervisão do sistema bancário.
Devido às alterações sociais, a política monetária tornou-se mais activa e o Banco de Portugal assumiu importantes responsabilidades nas áreas do controlo monetário e do crédito e na organização e regulamentação dos mercados monetários, principalmente após a adesão de Portugal à Comunidade Europeia, em 1986.
A emissão de notas pelo Banco de Portugal era só para o Continente e Açores e Madeira. Para Angola era o Banco de Angola, e para as restantes colónias era o BNU - Banco Nacional Ultramarino.
Outros bancos houve que emitiram notas, como por exemplo, o Banco Comercial do Porto, Banco Aliança, Banco do Minho, Banco de Guimarães, Banco Comercial de Braga e Banco de Barcelos.
Das primeiras notas emitidas em Réis pelo Banco de Portugal. 500 Réis de 1 de Julho de 1891
Quanto ao papel-moeda, encontravam-se em circulação, no momento da Proclamação da República, notas de 500, 1 000, 2 500, 5 000, 10 000, 20 000, 50 000 e 100 000 réis que o Banco de Portugal alterou, apondo-lhes sobre a coroa a sobrecarga República, tendo desta forma continuado em circulação até 1929. Contudo, a primeira nota emitida em escudos data de 1913 e resultou da alteração da chapa já gravada destinada à nota de 5 000 réis, que passou assim a apresentar o valor facial de 5 escudos/ouro chapa I. Nela figurava Alexandre Herculano.
Na foto seguinte nota de 5$00. Esta foi a 1ª nota emitida, em escudos, pelo Banco de Portugal, em 13 de Julho de 1913
O escudo foi criado em 22 de Maio de 1911, cinco meses após a Proclamação da República, por decreto do Governo Provisório. O ministro das Finanças era, então, José Relvas. A nova moeda renovou o sistema monetário português, colocou a unidade monetária portuguesa ao nível das dos outros países e evitou as desvantagens práticas do real (moeda da monarquia), cujo valor era muito pequeno, o que obrigava ao emprego de grande número de algarismos para representar na escrita uma quantia.
A taxa de conversão foi estabelecida em 1.000 Réis = 1 Escudo. Entre 1913 e 1920, o Banco de Portugal emitiu notas de 50 centavos, 1$00, 2$50, 5$00, 10$00, 20$00, 50$00. Até 1974 a nota de maior valor emitida foi de 1.000$00.
O “Túnel do Rossio” permite a ligação ferroviária entre a Estação do Rossio e a vila de Sintra através da “Linha de Sintra”.
O túnel tem via dupla com 2613 m de comprimento e com um perfil abobadado de 8 m de largura por 6 m de altura até ao fecho da abóbada. O túnel tem um declive de aproximadamente 1%, descendo 24,26m desde a boca do túnel em Campolide.
A sua construção teve lugar no período 1887-1890. Esta obra do túnel e estação do Rossio, considerada a maior obra de engenharia portuguesa do século XIX, e que custou no seu conjunto a quantia de 730 mil Reis, teve o seu início a 21 de Maio de 1887 quando um operário começou a escavar do lado de Campolide, e outro na zona do Rossio. Encontraram-se na noite de 23 para 24 de Maio de 1888.
Construção do Túnel do Rossio, numa gravura de 1887
Nesta foto o Túnel do lado de Campolide …
… e do lado da construção da Estação do Rossio
As locomotivas a vapor na Estação do Rossio
Em 8 de Abril de 1889 um comboio atravessa pela primeira vez o Túnel do Rossio. Esta viagem demorou cerca de 27 minutos. As locomotivas a vapor, alimentadas a hulha, circulavam a seis quilómetros/hora.
Inaugurado oficialmente pela Companhia Real dos Caminhos-de-ferro Portugueses a 11 de Junho de 1890. A viagem inaugural demorou cerca de 27 minutos. As locomotivas a vapor, alimentadas a hulha, circulavam a seis quilómetros/hora. Os 200 000 m³ de terrenos escavados foram encaminhados para o aterro do Porto de Lisboa, então a ser construído entre o Cais do Sodré e Santos.
A Estação de Rossio teve início em 1886 .Foi autor do projecto o arquitecto José Luís Monteiro, por encomenda da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, tendo sido construída por uma empresa belga, e incluiu, além da construção da estação, a escavação do túnel ferroviário, a ligação rodoviária à Calçada do Carmo e a construção do Hotel Avenida Palace.
Na foto seguinte do início do século XX, (1902-1905) podem-se observar além da Estação do Rossio, o Hotel Avenida Palace à sua esquerda, um dos primeiros eléctricos de Lisboa e à sua esquerda um “Americano” (carros em carris puxados por cavalos).
Estação do Rossio
Foi inaugurada em 11 de Junho de 1890 , com o nome de Estação da Avenida. Esta estação apesar de se chamar do Rossio, encontra-se na Praça D. João da Câmara.
Apesar de durante muitos anos o Rossio ter sido a estação central de Lisboa, e estação terminal de comboios nacionais e internacionais, que a ela chegavam pelas Linha de Cintura e Linha do Oeste, não é a Estação ferroviária mais antiga de Lisboa. A mais antiga é a Estação de Santa Apolónia inaugurada em 1de Maio de 1865 construída no local onde existiu o Convento de Santa Apolónia.
Acidente em 1922
Emissão especial de selos comemorativos do 1º Centenário da Estação do Rossio
fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital
O “BIP - Banco Intercontinental Português” foi propriedade de Jorge de Brito (que mais tarde viria a ser presidente do Benfica) e foi fundado em 1972.
O ‘Team BIP’ financiado pelo Banco Intercontinental Português, foi um dos visionários do automobilismo acreditando, em 1972, a 100% no automobilismos português, na sua capacidade representativa, nos seus pilotos e no impacto mediático. Esteve envolvida no Campeonato Nacional de Velocidade, no Mundial de Marcas e no Europeu de Sport 2 litros.
Lola T 292 em Spa Francorchamps na Bélgica, em 1973
Em Maio de 1973, a equipa deslocou-se a SPA-Francorchamps na Bélgica para correr os 1000 Km a contar para o Mundial. Aí iria acontecer um grande sucesso internacional: a dupla Carlos Santos e António Santos Mendonça (que entretanto substituiu Nicha Cabral na equipa) obteve um excelente 6º lugar da Geral e a vitória na Classe 2 litros. Uma curiosidade : o champanhe foi aberto e bebido, o hino nacional foi tocado mas ... a bandeira nacional de Portugal não foi hasteada pois os organizadores da prova não a tinham porque pensaram que não viesse a ser necessária ...
Em provas tipo “sprint”, como a do Circuito de Vila Real, apenas era utilizado um piloto por carro, ocupando o “cockpit” dos Lola T-292 os consagrados pilotos Carlos Gaspar e Carlos Santos. O primeiro possuía um impressionante palmarés, quer a nível nacional (2 títulos), quer a nível internacional (1 título em F3).
O Team BIP já não chegou a patrocinar em 1974 o que poderia ter sido o 1º carro de Fórmula 1 português cuja publicação retrato de seguida
Foto in: "F1 Portugal.com"
O Team BPI já tinha garantido o patrocínio deste arrojado projecto. A equipe que se dedicou a este projecto era constituída por 3 pessoas : O engº José Megre que em conjunto com o técnico João Pereira se ocuparam da parte mecânica do projecto, e Bravo Marinho o projectista e desenhador do monolugar. Este F1 português seria equipado com um motor Ford Cosworth V8 com potência entre 480 HP e os 700 HP.
Apesar de alguns novos patrocínios assegurados como a Magnetti Marelli e Speedline, e não tendo conseguido apoios mais significativos (como do Vinho do Porto), este projecto foi abandonado.
Já agora o ‘BIP Banco Intercontinental Português’ foi, em Outubro de 1974, intervencionado pelo estado que nomeia dois administradores um deles Dr. Medina Carreira. Foi extinto oficialmente em 01/04/1977 e os seus activos transferidos para o Banco Pinto & Sotto Mayor também extinto e adquirido a António Champalimaud pelo BCP.
O "Banco de Lisboa" (1821-1846) foi o primeiro banco que existiu no nosso país, tendo sido fundado em 31 de Dezembro de 1821 por iniciativa do parlamento constituinte, saído da revolução liberal do Porto, ocorrida em Agosto do ano anterior e de um grupo de capitalistas portugueses. Este grupo era liderado por Henrique Teixeira de Sampaio (o maior accionista, com 400 acções) e Jacinto Fernandes Bandeira, 1.º Barão de Porto Covo da Bandeira (o primeiro barão financeiro português, com 100 acções).
Barão de Porto Covo da Bandeira Presidente da Direcção do Banco de Lisboa
O Banco de Lisboa, criado sob a protecção da corte de D. João VI , tinha funções comerciais e emissoras de papel-moeda, decretado pelas Cortes Gerais em 29 de Dezembro de 1821. Iniciou a sua actividade com 5 mil contos de capital, tendo aberto ao público a 21 de Agosto de 1822. O Banco estava aberto da 9 h da manhã até às 3 h da tarde todos os dias excepto Domingos e dias santos.
«Repartição de compra, e venda do papel moeda, oiro, prata, moedas estrangeiras, e papeis de crédito da nação, estará no pavimento baixo do edifício. No primeiro andar, a do expediente, e averbação dos títulos dos accionistas; desconto de letras, e empréstimos sobre penhores; depozitos de particulares e Thesouraria.
As letras de cambio, e bilhetes das casa de Arrecadação, se admitirão diariamente a desconto. As letras da terra, serão admissíveis nas terças, e sextas-deiras de cada semana; sendo estes dias impedidos, a admissão se fará na véspera. Os que pretenderam fazer depozitos no banco, solicitarão o beneplacito da Direcção, para lhe ser aberta a sua conta.»
Os depósitos públicos, que se efectuavam na Real Junta do Comércio, Casa da Índia, Alfândega das Sete Casas e Administrações de Falidos, passaram a fazer-se no "Banco de Lisboa", em conta aberta no nome da Junta do Depósito Público. A Câmara Municipal de Lisboa, em Maio de 1834, tomava a resolução do mesmo teor: «Fez depositar no Banco de Lisboa a maior parte do numerário existente nos cofres da Municipalidade, e determinou que assim para o futuro se continuasse a praticar, prevenindo-se deste modo qualquer caso de incêndio, ou algum incidente desastroso». Foi neste banco que foram depositadas as chamadas «joias de D. Miguel».
Edifício do Banco de Lisboa, no Largo do Pelourinho em 1862
O "Banco de Lisboa" instalou-se nos paços do Concelho, a título gratuito até 12 de Abril de 1836, pois nem o Governo, com o qual foram estabelecidas todas as combinações, nem o Senado da Câmara, exigiram daquele estabelecimento o pagamento de qualquer renda. A partir de 1 de Julho de 1837 passaria pagar uma renda anual de 1150$000 réis à Câmara Municipal de Lisboa.
Além do "Banco de Lisboa", e também do "Banco de Portugal", mais tarde, foram inquilinos da Domus Municipalis: a Junta do Depósito Público ou dos Depósitos da Corte e da Cidade, a Inspecção Fiscal da Fazenda Militar, a Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda Militar, a Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, a Junta dos Juros dos Reais Empréstimos (antecessora da Junta do Crédito Público), a Junta do Comércio, a Casa dos Vinte e Quatro, a Repartição do Selo, a Secretaria do Concelho Ultramarino, a Companhia Confiança Nacional, a Companhia das Obras Públicas de Portugal, a Companhia das Lezírias do Tejo e Sado, a Companhia mercantil, a Contadoria Geral do Distrito, a Companhia Nacional de navegação do Tejo e sado, a Administração do Contrato do Tabaco, a Companhia de Seguros Fidelidade, a Companhia de Seguros Firmeza e a Associação Mercantil Lisbonense que saiu em 1856. Para este edifício também se mudos em 1836 , no dia seguinte ao incêndio do Palácio do Tesouro, antigo Palácio dos Estaus, a Repartição do Tesouro Público.
Este edifício ardeu em 19 de Novembro de 1863 já como Paços do Concelho de Lisboa, e foi construído outro no seu lugar entre 1865-1880 que é o actual edifício da Câmara Municipal de Lisboa, no Largo do Pelourinho (hoje Praça do Município).
Em Fevereiro de 1821, tropas portuguesas dos quartéis do Rio de Janeiro amotinaram-se, exigindo que D. João VI retornasse a Portugal. Houve conflitos e mortes e só o rei poderia evitar uma guerra civil. Assim, nomeou Regente seu filho primogênito Pedro de Bragança (D. Pedro I do Brasil e mais tarde D.Pedro IV de Portugal ) em 22 de Abril de 1821 e 4 dias depois embarcou para Lisboa. Ao chegar, jurou a Constituição. No mesmo ano reabilita o "Banco de Lisboa", e o toma debaixo da sua real e imediata protecção cujo acto é reconstituído na seguinte litografia …
D. João VI entregando a Carta de Lei autorizando o Banco de Lisboa
A 1ª nota emitida por este "Banco de Lisboa" e que viria a ser a 1ª nota Portugal. Uma nota de 19$200 reis (Dezanove mil e duzentos reis) de 1822….
… porque o 1º papel-moeda a ser emitido em Portugal foi 2$400 reis (Dois mil e quatrocentos reis) de 1798 (data manuscrita) c/c D. Miguel I , com o nome de “Apolice”
Por Decreto de 25 de Setembro de 1844, é aprovada a criação de uma Companhia, denominada Confiança Nacional (1844-1846) , e confirmados os seus estatutos. A “Companhia Confiança Nacional” surge por ocasião da arrematação do Contrato do Tabaco, Sabão e Pólvora, à qual o Governo associou um empréstimo de 4 000 contos, tendo havido um acordo prévio entre os fundadores da Companhia e os arrematantes do Contrato relativamente ao empréstimo.
A 27 de Novembro de 1844 a Companhia celebra um contrato com o Governo, aprovado pela Lei de 12 de Março de 1845, pelo qual aquela se obriga a fundar Caixas Económicas em Lisboa e no Porto e depois sucessivamente em todas as capitais de distrito. Os seus estatutos são aprovados por Decreto de 20 de Março. A Companhia abre a "Caixa Económica de Lisboa" a 20 de Abril e a do Porto a 15 de Setembro, mas não chega a abrir mais nenhuma.
A "Companhia Confiança Nacional" instalou-se no 3º andar do edifício, incluído no arrendamento do "Banco de Lisboa" e que servira já às Companhias de Crédito Nacional, União e Auxiliar, então em liquidação. Em 1848 já lá estava quando foi deliberado que a mesma passasse a pagar renda ao "Banco de Lisboa", pelos compartimentos cedidos. Os serviços da sua Caixa Económica, fundada em 20 de Abril de 1845, também aí funcionaram, assim como os do Contrato do Tabaco.
Em Setembro de 1845, por ocasião da abertura da "Caixa Económica do Porto", estabelece aí uma Agência que recebia todo o dinheiro proveniente dos depósitos na Caixa Económica.
Os sucessivos empréstimos feitos ao Governo e a falta de pagamento por parte deste levam a Companhia a uma situação difícil, que conduzirá à assinatura do Decreto de 19 de Novembro de 1846, pelo qual o activo e o passivo da Companhia são integrados no activo e no passivo do "Banco de Lisboa", passando este a designar-se Banco de Portugal.
Este Banco recém criado não era mais que uma sociedade de investimentos, especializado no financiamento da dívida pública, que começou por ser apenas mais um banco, sem o monopólio da emissão de notas, continuando apenas as emissões do "Banco de Lisboa", impressas a uma só cor sobre fundo branco. Para aproveitar o papel existente em armazém no "Banco de Lisboa", o "Banco de Portugal" imprimiu até 1875, durante mais de 28 anos, as suas notas com a marca de água do extinto "Banco de Lisboa".